Choveu forte em São Paulo ontem, não?
E, apesar disso, o nível dos reservatórios do Jaguari-Jacareí, que respondem por 82% da capacidade do Sistema Cantareira continuou seu inexorável esvaziamento, num inalterável ritmo de 0,18% por dia.
10,10%, segunda-feita; 9,92%, na terça; 9,73%,ontem; 9,55% nesta quinta-feira, como um macabro relógio rumo aos 5% a partir dos quais seu funcionamento estará comprometido.
Deixa de ser uma cisterna e passa a ser uma caixa-d’água, que depende de “quanta água vai cair hoje”.
Hoje, finalmente, a Folha começou a dar atenção ao assunto.
E mostrou que o aviso dos técnicos ao Governo paulista foi dado em 2009.
Só no mês passado começaram a ser feitos os preparativos para trazer mais água para o sistema, retirada do Rio Juquiá, no Vale do Ribeira.
Não é uma surpresa nem um acidente o que está se passando.
Todo o pessoal do setor sabia o que estava acontecendo e sabem oque está acontecendo agora.
O bombeamento da duvidora água do “volume morto” dos reservatórios adia, mas não resolve o que terá de ser feito.
O que for retirado, cedo ou tarde, terá de ser reposto.
E o que terá de ser feito é reduzir a saída de água a níveis muito mais severos que os atuais 27 m³ por segundo.
Isso foi o que se fez no verão de 2013, em condições menos graves.
Mesmo que as chuvas voltem à media imediatamente, isso apenas vai adiar uma seca total para um sistema que atende 13 milhões de pessoas.
Ou será que Alckmin quer preparar um jogo político impensável, porque a autoridade sobre as águas é, em última instância, federal e obrigar a decretação unilateral da redução da captaçao do sistema e, consequentemente, ao colapso do fornecimento?
PS. Para a informação de quem está acompanhando o problema, os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste subiram no mesmo ritmo de ontem: + 0,1%. O nível chegou a 37,8% do máximo e a afluência chegou a 61% da normal.
PS2. O post, por probelams técnicos, “desapareceu” por algum tempo. Recuperei o texto, mas temo que não consiga reorganizar os comentários.
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Hoje na fila de um supermercado em Campinas, perdi meu tempo ao levantar essa questão e ao citar a Sabesp, pois logo recebi como argumento que a culpa era do "Governo Federal" - é mole?
No meio da conversa o indivíduo ainda teve a audácia de me perguntar se eu LEIO A VEJA!!!
Aí eu parei de vez.
Infelizmente essa "elite" Paulista é CEGA, SURDA e MUDA quando se trata de responsabilidade do PSDB.
A culpa "é" e "sempre" será do Lula, Dilma e até do Papa Francisco caso ele resolva se filiar ao PT.
Vão morrer de sede mas não darão o braço a torcer...
Aécim fez pajelança - sei lá, talvez até contratou o Cacique Cobra Coral - pra secar o Brasil.
Grande secador esse Aécim. Mas como todo homem de bem, Aécim deve mostrar arrependimento. Sabe ele que depois do Carnaval vem a celebração da Quarta-Feira de Cinzas. E a lembrança da mensagem: - Tu és pó e ao pó retornarás.
Aécim queria acabar com as águas dos reservatórios, de energia elétrica. Só esqueceu de combinar que no contrato para não deixar de chover no Cantareira. O reservatório está cheio de terra rachada, é uma poeira só. Enfim, é pó puro. Pois é. Agora nem com chuva o Cantareira enche mais.
Está chegando a hora de reciclar a água do banho em Sumpaulo. E Marina estará achando o máximo, afinal está na hora de otimizar os recursos naturais.
A próxima medida do Governador Aidemim será mudar Sumpaulo pra Região Norte, às margens do Rio Purus.
E o slogan pra 2014 está prontim: Ruim por ruim, vote em Aidimim, vote em Aecim. Sumpaulo merece... O Brasil merece...
Assim segue a locomotiva do Brasil em direção a lugar nenhum, por falta d'água. E depois FFHH diz que o Brasil está sem rumo. Na verdade, Sumpaulo é que está sem água.
E a culpa, claro, será do PT, de Lula e de Dilma.
O importante, mesmo, pro PIG, é dar importância ao Eduardo Cunha. O que seria do PIG sem o Eduardo Cunha, hein? Afinal, o mensalão do Barbosa acabou agora é a hora do mentirão se revelar, e isso não interessa ao PIG.
Vou para por aqui, pois minha boca está ficando seca...
Alckimin tem que correr atrás do prejuízo e pedir emprestado ao Serra um pouco dos canos que ele instalaria do sudeste ao nordeste do país.