De Leonel Brizola para Temer: “a política ama a traição e abomina o traidor”

O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional

Mais, uma unanimidade nacional.

Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.

A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.

E foi-lhe impiedosa.

Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.

Todo golpe é um crime contra a democracia.

O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.

É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.

É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.

Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.

Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.

Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Fernando Brito:

View Comments (19)

  • Se serve para os partidos, deve servir para aliados na eleição. Para o Mimi, com descarinho especial:
    Fidelidade Partidária
    (Wilson Moreira – Nei Lopes)

    Minha tia-avó Rosária, partideira centenária,
    Perguntou pra mim: “Meu neto,
    O que é fidelidade partidária?”.
    Pergunta assim tão sumária
    Tem que ter a necessária resposta
    E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.

    Por verde-amarelo na indumentária
    (É fidelidade partidária...)
    Feijão com arroz na sua culinária
    Ajudar quem tem situação precária
    Não fazer acordo com a parte contrária
    Nem demagogia com a classe operária
    Gritar que tem gringo pintando na área
    Gostar de partido igual tia Rosária
    Isso é fidelidade partidária...

    Rejeitar propina na conta bancária
    (É fidelidade partidária...)
    Não ter filial nem subsidiária
    Amar a patroa mais que a secretária
    Só fazer amor na sua faixa etária
    Mas dar uma força pras celibatárias
    Que tenham bons dentes na arcada dentária
    Gostar de partido igual tia Rosária
    Isso é fidelidade partidária...

  • Acho que a carta do Temer foi o "canto do cisne" dele. Está sendo ridicularizada até pelos seus aliados peemedebistas. Aliás, demorou para pôr as castas na mesa do golpismo.

  • E de novo... quem vem há meses chamando Temer de conspirador?

    O meu voto de 2018!

  • Cadê os rola bostas do judiciário que não enquadrou esses dois bandidos? Nessa hora acovardam-se os Moros e Janots.

  • Aliança com PMDB sempre foi uma mentira, o Governo Federal sempre soube disso. Mas insistiu no que nunca teve nem futuro. Então merece o que está passando.

  • não tenho rede social virtual. tomara análise de que o vice é visto como piada seja maior do que o tom que o PIG vem dando, aliás, como sempre, ao lado de golpistas. tomara o povo tenha uma visão outra que a doutrinação da grande imprensa quer impor.

  • As palavras e delongas para nominar o senho Temer são perda de tempo. TRAIDOR ele é. Fez bem a Dilma de nunca confiar nele.

  • Acho que faltou ressaltar um detalhe da cartinha de coração partido do vice decorativo. O fato de que, vários dos motivos para ele se sentir magoado com a Dilma envolvem cargos para amigos, e os trabalhos dos amigos nos cargos que eles ocupavam por sua indicação. Temer mostrou o retrato que sempre teve: o de agente do fisiologismo do PMDB no governo. A própria revolta do vice agora mostra o quanto isso é verdade.

  • O que leva um sujeito a jogar na lata de lixo toda sua história na política?

    O que será que o Ciro Gomes quis dizer quando afirmou que o Michel Temer é sócio do Eduardo Cunha em tudo o que se pode pensar?

    O tempo mostrou que o CID Gomes tinha razão quando acusou o Eduardo Cunha de achacador.

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