“Aos bárbaros, injustos vencedores/Atormentam remorsos, e cuidados;/Nem descansam seguros/ Nos palácios, cercados/ De tropa e de altos muros.”
Esse trecho da Lira XXVII de Tomás Antônio Gonzaga, publicada em Lisboa no mesmo ano em que o autor, condenado por participar da Inconfidência Mineira, partia em degredo para Moçambique, é uma espécie de refrão em nossa História.
Tiradentes nos representa porque somos um país de portentosos mártires e eternos resistentes: vencemos, sempre, ao superar cada derrota. Das raras conquistas, temos memória breve; a volta por cima é o impulso que nos move.
Já no teatro grego o herói trágico é aquele que ultrapassa o desfecho inevitável e renasce na forma de mito. Não importa o quanto tentem fazer definitivo o sacrifício; não o farão melhor do que os governantes portugueses na cerimônia de que se comemora hoje o 226° aniversário.
O Rio de Janeiro amanheceu enfeitado em 21 de abril de 1792: assim determinara o vice-rei. Tiradentes vestia a longa camisola branca — a alva dos condenados — e, sereno, rezava sempre. As tropas formavam ao longo das Ruas da Cadeia (Assembleia) e do Piolho (Carioca) até a entrada do Campo de São Domingos (a Praça Tiradentes): soldados dos regimentos de Moura, Bragança e de Estremoz e até mesmo a guarda do vice-rei, comandada por um de seus filhos. Autoridades: o Juiz de Fora, Baltazar da Silva Lisboa, representando o Senado da Câmara; o Desembargador Francisco Luís Álvares da Rocha, a quem caberia atestar a execução. O condenado chegou com um crucifixo entre as mãos amarradas, seguido pelos irmãos da Misericórdia Frei José Jesus Maria do Desterro, guardião do Convento de Santo Antônio, fez longo sermão, louvando a rainha.
O carrasco da Capitania cobriu a cabeça de Tiradentes, empurrou-o, rufaram os tambores. Por três dias as fachadas ostentaram luminárias, no Rio e em Vila Rica. A 25, na Igreja do Carmo, Rio, e na Matriz do Pilar, em Vila Rica, houve celebrações religiosas. Documento da época especifica que a finalidade do Te Deum solene do Carmo era “persuadir os povos à fidelidade a uma soberana, que por felicidade temos, tão amável, tão pia, tão clemente; e rogar a Deus que lhe conserve a vida e a saúde”. Duzentas velas ardiam no templo.
Historiadores mecanicistas, que buscam o motor da História nos fatos crús e não na maneira como os homens os representam, tentam sempre provar que Joaquim José da Silva Xavier, ativista político , dentista, tropeiro, minerador e comerciante, não era nada extraordinário. Todavia, o que o torna especial é ter sido exatamente um homem comum, do tipo admirável daqueles que não traem, e perseveram – a encarnação dos mais nobres ideais de nosso povo.
A terra em que Tiradentes viveu já não era posse de elite diminuta dos senhores de terras, mas uma sociedade nova, fisica e culturalmente mestiça, no entorno das minas. Ali se construíram cidades – Vila Rica (Ouro Preto), Tijuco (Diamantina); o isolamento geográfico estimulou contatos estreitos entre as classes sociais e propiciou a criação de uma arte diferenciada que, como escreveu Mário de Andrade sobre as igrejas, “não se acomoda com o apelativo belo”: “são dum sublime pequenino, dum equilíbrio, duma pureza tão bem arranjadinha e sossegada que são feitas para querer bem e acarinhar”
As igrejas estão lá – e, numa delas, em Ouro Preto os profetas barrocos. Eles têm muito, hoje, a nos dizer.
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O Brasil e a América Latina requisitam novas inconfidências! Lembrar também da Inconfidência Baiana.
Se a morte de Tiradentes tivesse desencadeado uma ação revolucionária que resultasse na independência desse país, talvez não estivéssemos vivendo essa época, onde novamente um político inconformado com a colonização do país mofa no cárcere após um julgamento fraudulento.
A luta de Tiradentes se compara a de Lula e a independência um sonho distante, com a proliferação de silvérios dos reis "made in usa" que infestam nossa sociedade.
Esquivel disse que a sociedade possível é construída por luta constante. Estivemos acomodados.
Belíssimos textos. O do Brito e o de Tomás Antonio Gonzaga. Sim, vamos em frente porque somos resistentes por natureza. Pouquíssimas conquistas, muitas derrotas e muita vontade de viver. O Brasil de hoje, como o foi em 1792, está em plena transformação. Os fósseis de uma sociedade podre, que hoje vivem e reinam por aqui, também estão em fase de extinção como estava a monarquia imperial de então. Seus esbirros, vestidos de toga, terão tristíssimo fim. E Lula, triste porém sereno e tranquilo, sobreviverá como herói e mito do povo brasileiro, enquanto seus carcereiros e carrascos, que hoje comemoram em seus pequenos palácios, virarão pó de sujeira ao longo da história.
Pagou para o Marketeiro , ele te transforma em qualquer coisa que vc acredita . E temer acreditou , agora falta a gente fazer a nossa parte , o resto da história todo mundo já sabe, e , ele se tornará um santo . " O protetor dos Portos " .
Mais um 21 de abril e os silvérios colocando a forca e se intitulando de Tiradentes.
O Tiradentes preso e os sivérios empoderados e felizes, comemorando. As igrejas repicando sinos, antecipavam-se à globo.
Libertas Quae Sera Tamen = Liberdade ainda que Tardia
Dificuldades = Caminho para alcançar a Paz
Lula Livre
SENSACIONAL!
"Recebam", 'coxinhas' abilolados &$ colonizados, incluindo os(as) servidores(as) públicos(as) federais que foram bater panelas imundas, paramentados(as) com a camisa escrota da CBF do Ricardo 'Peixeira' da Globo Organizações MafioCriminosas a serviço sórdido da destruição da nação brasileira...
Além da categoria dos professores(as), estão incluídas na Lista da Morte do "Tiradentes mimiSHELL", militares [Boas Novas (Risos) para o (general) Villas Bôas], auditores da Receita Federal e peritos do INSS
Mais um 'presentaço' do ['presiMENTE' LADRÃO] "Tiradentes mimiSHELL"!
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Governo diz que terá de adiar reajuste de servidor para fechar contas em 2019
Segundo o ministro da Fazenda, congelamento deve gerar economia de R$ 5 bilhões
Por jornalistas Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli Brasília 21/04/201811h38
(...)
FONTE: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2018/04/21/governo-diz-que-tera-de-adiar-reajuste-de-servidor-para-fechar-contas-em-2019.htm?cmpid=copiaecola
"MELHOR AINDA"!
Cumpre lembrar: para anular o que foi acordado em 2016 (!) entre "o governo" nazigolpista e as diversas categorias dos funcionários públicos federais, é exigido por Lei a supressão do reajuste ["reajuste"!] concedido a partir de janeiro de 2018.
Ou seja, o que foi pago desde o início deste ano aos servidores terá que ser devolvido aos "cofres públicos"!
"Cofres públicos"!
'Capiche' como as máfias atuam?...
EM TEMPOS NAZIGOLPISTAS:
Só ficaram de fora da tesoura do vampirão decorativo mimiSHELL, os(as) togados(as) nazigolpistas!
Com o criminoso auxílio-'MOROdia' e todos os demais penduricalhos dentro!
Viva!
Tem gente aguerrida no serviço público. O problema é que, muitos coxinhas entraram pensando somente no próprio bolso, sem nenhum senso de servir a seu público alvo, a população. Muitos playboyzinhos que não tem nenhum perfil pra servir, pra ser humilde, mas adoraram a época do Lula, quando havia muitos concursos e a remuneração foi reposta, depois de anos de arrocho tucano. Hoje, estão lá dentro, cuspindo no prato em que comem e acham que seu emprego e salário caíram do céu.
Há, porém, muita gente boa também, que não se encaixa nesse perfil egoísta manifestoche. Os alienados concordam com estado mínimo mas trabalham no estado e em áreas até sociais. É de lascar. Podiam pedir pra sair e ir trabalhar nas empresas que tanto admiram, com emprego intermitente né?!
Promotores e juízes se esquecem mas são também servidores públicos. Muitos mimadinhos, com dificuldades de acatar decisões superiores e, quando tem algum poder, tornam-se autoritários, pois não tem nenhuma habilidade social, apenas conhecimento formal. Bebês mimados criados a leite com pêra.
... Gurgel Xavante, com certeza: tem [muita] gente boa e aguerrida no serviço público!
Eu também tenho plena consciência deste fato!
Pobre Brasil de 2018. Acredito que a mais dolorosa descoberta dos últimos anos, não seja a estupidez reacionária de nossa classe média, nem a inacreditável quantidade de canalhas que infestam nossas instituições.
Para mim, a mais triste descoberta é a falta de RESISTÊNCIA de nossas forças democráticas. Leonardo Boff e Perez Esquivel deixaram isto claro esta semana. Dois idosos fizeram mais do que TODOS os nossos juristas, sociólogos, filósofos, artistas, enfim do que tudo que existe de democrático neste país. O povo não vou nem citar, é um caso complexo que ainda merece estudos.
Duvido que, em qualquer outro país do mundo, um golpe ocorresse e prosseguisse durante anos sem ser sequer incomodado.
Touché !
verdade um caso complexo, porém compreensível. Mas, deixemos de lado o povo que, é preciso reconhecer, tem se portado de uma forma muito mais civilizada e racional que muito canarinho paneleiro turista de Miami dos "bairros nobres" desse nosso Brasil, e mais ainda, é preciso elogiar, se pensarmos a humilhação e a violência a que o povo é submetido diariamente nas periferias desse país.
bem como o pessoal do Duplo Expresso fala, que o PT tem que esquecer essa porcaria de classse media golpista...votos dele não interessa..trem que recuperar o voto do povo...e lutar ao lado do povo e com ele..classe media e merda é tudo a mesma coisa!!
Verdade, como bem explicou o Prof. Luis Fiori (e em outras palavras o filósofo Vladimir Safatle), o pacto democrático acabou. A classe média, (como classe intermediária que é) se vê como elite, vê o mundo com as idéias e os sentimentos da elite e deseja ardentemente fazer parte da mesma. Ao mesmo tempo, paira sobre ela o pavor constante do empobrecimento e da queda junto aos pobres (por quem tem um profundo desprezo). Essa situação ambigua a transforma numa classe muito pouco confiável, sujeita a todo tipo de manipulação.
TENHO UMA VERGONHA PROFUNDA
DA MEDIOCRIDADE DO MEU POVO,
QUE ASSISTE A TODA ESSA CANALHADA
ROUBANDO E DESTRUINDO O BRASIL
E
PASSIVA E MIDIOTIZADA
SINTONIZA AS NOVELAS DA REDE ESGOTO
E
O B(urro)B(esta)B(oçal)...
FALTA DE RESISTÊNCIA COMEÇA NA AUSÊNCIA DE FORÇAS ARMADAS PATRIÓTICAS DISPOSTAS A DEFENDER A NAÇÃO DA EXPROPRIAÇÃO DAS RIQUEZAS NACIONAIS!
AQUI GENERAIS REPLETOS DE ESTRELINHAS FAZEM AQUECIDOS DISCURSOS MORAIS E ÉTICOS, ENQUANTO O PATRIMÔNIO NACIONAL É ENTREGUE, DE GRAÇA, AOS YANKEES! MILITARES FICAM TERGIVERSANDO FACTÓIDES, ENQUANTO TRAIDORES TRAMAM A ENTREGA DE INDÚSTRIAS, DA INFRA-ESTRUTURA, DAS RIQUEZAS MINERAIS E DAS PRÓPRIAS ARMAS NACIONAIS! MILITARES ACEITARAM A ENTREGA DA EMBRAER, DO PROJETO DO SUBMARINO NUCLEAR, PROGRAMA ESPACIAL, DA COMPRA DOS CAÇAS SUECOS, ENFIM...... ENTREGARAM AOS ARMAS AO IMPÉRIO DO NORTE!
SOMOS UM PAÍS SEM GUERREIROS PATRIOTAS... FICAM FALANDO EM CORRUPÇÃO ... MEDINHO DO COMUNISMO QUE JAMIS CHEGARÁ... APENAS TERGIVERSAÇÃO ... TERTÚLIA FLÁCIDA PARA DORMITAR BOVINOS!
SUBMISSOS AO GRANDE IMPÉRIO DO NORTE, AS ARMAS TEMEROSAS REZAM EM UNÍSSONO: AVE CAESAR! MORITURUM TE SALUTATAN!
Entendo a intenção do jornalista, mas é preciso cuidado com os fatos. Tiradentes era totalmente desconhecido dos brasileiros até poucos anos atrás(historicamente falando) e foi escolhido por ser branco e a inconfidência ter sido um evento da classe média em detrimento da revolta dos alfaiates, na Bahia, com programa muito mais avançado, inclusive incluindo a liberdade dos escravos, só que conduzida basicamente por negros e pobres. A motivação primeira de todos os inconfidentes foi simplesmente o fato de seus participantes terem interesses individuais prejudicados, inclusive o Tiradentes que, como comandante que fiscalizava o contrabando de ouro, recebia suas "vantagens" para fazer vista grosa de vez em quando, vantagens que perdeu ao ser afastado do posto. No final, condenado à morte talvez por ser o mais pobretão de todos, teve atitude das mais honrosas, inclusive assumindo a responsabilidade pela revolta e não fazendo o papel de dedo duro, tão elogiado nos dias que correm. Da mesma forma que aconteceu com os 4 condenados na Revolta do Alfaiates, todos jovens, impressionou a serenidade com que os cinco enfrentaram a morte. E como tal sem dúvidas Tiradentes é um símbolo dos mais importantes na luta por um país melhor. Seus pecadilhos, como os de Mandela (que pouca gente conhece), em nada diminuem a importância desses homens na história