A inflação, que tinha reduzido um pouco o crescimento nos primeiros dias de novembro – em parte pela “respirada” do dólar após a eleição de Joe Biden – dá, segundo a Fundação Getúlio Vargas, sinais de ter recuperado o “fôlego” aos níveis de final de outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da FGV, que você vê na tabela, vinha alto, mas “comportado”, voltou a apresentar alta, inclusive naquele grupo de despesas que mais pesa na vida do trabalhador: a alimentação.
O índice global voltou a 0,77%, virtualmente o mesmo do registrado no mês passado.
No lugar do arroz, entra a batata-inglesa como vilã da inflação, com um aumento de 33% da última semana de outubro até agora.
A revisão de inflação pelo mercado financeiro voltou a subir no Boletim Focus, de 3,2% para 3,4% e é muito maior se considerados apenas os produtos da cesta básica que, segundo o Procon-SP subiram 21,15% até o final de outubro e devem fechar o ano acima de 25% de alta.
Amanhã sai o IPCA-15 do Ibge, certamente menor do que os 0,94% do mês passado, mas muito maior que o de outubro de 2019, que foi de meros 0,14%.
Está cada vez mais complicado manter a taxa de juros oficial em 2%, quando a inflação marca o dobro disso.