A Amazônia bem verde. Verde-oliva…

Rubens Valente, em sua coluna no UOL, dá informação muito preocupante, que vai ser motivo de polêmica quando o país puder voltar a se movimentar normalmente.

É que o Conselho Nacional da Amazônia, retirado do Ministério do Meio Ambiente por Jair Bolsonaro e colocado sob a autoridade de Hamilton Mourão, o general vice-presidente terá nada menos que 19 militares de alta patente e ainda quatro delegados da Polícia Federal, mas nenhum – isso mesmo, nenhum! – representante do Ibama ou da Funai, de proteção aos índios.

Bolsonaro, recorda o repórter, já tinha excluído os governadores da região do Conselho e deixado de indicar representantes de indígenas e de ambientalistas, claro.

É evidente que, pela presença em regiões remotas, especialmente em fronteiras de selva, é inestimável a presença dos militares, assim como ter instalações aéreas e navais na Amazônia.

Mas daí a tornar a área num condomínio das corporações militares vai uma longa e indesejável distância, ainda mais quando sabemos que muitos de seus integrantes esteja mais para Major Curió do que para Cândido Rondon.

 

Fernando Brito:

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  • Preocupante mas faz parte da estratégia ditada pelo Gen. Villas Boas quando era comandante do EB na época anterior ao golpe; ele dizia que a Amazônia brasileira escondia riquezas minerais e biológicas ( farmacêuticas) da ordem de trilhões e que essas precisavam ser exploradas a fim de não permitir a entrada de estrangeiros. Daí a essa intervenção militar foi um pulo. Se for como na época da ocupação da área pelos governos militares pós 1964 teremos o novo deserto do Saara em menos de 100 anos. Além disso o resto do mundo terá motivos para ocupar o pulmão do planeta e nos tomá-lo na raça porque não sabemos utilizá-lo com racionalidade.Já falaram isso abertamente e recentemente. Quem nos defenderá? Essa geopolítica do início do século 20 foi enterrada há bastante tempo mas ainda, segundo dizem os estudiosos, impera nos currículos das academias militares do Brasil, associado à doutrina de segurança nacional e ao anti comunismo (coisa que também acabou no resto do mundo). O Brasil está paracendo aquele beque ruim que quando chega na jogada seu tome já levou gol. Êta atraso!!!

    • "Explorar para não permitir a entrada de estrangeiros", dizia o general? O problema é que para eles os americanos, os gringos, os ianques e os estadunidenses, nenhum destes é considerado estrangeiro. Com este governo de militares, ganharam até o privilégio de entrar no país sem precisar de visto algum. Vá entender estes militares!

  • O golpe dos canalhas de 2016 (já) é militar!
    Canalhas!

  • E de qualquer forma, a presença e as funções Forças Armadas são específicas. A eles cabe defender o território nacional, não tomar decisões abrangentes sobre a Amazônia.
    O próprio governo diz "Entre as principais atribuições estão: coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à Amazônia Legal, propor políticas e iniciativas relacionadas à preservação, à proteção e ao desenvolvimento sustentável, de forma a contribuir para o fortalecimento das políticas de Estado e assegurar a ação transversal e coordenada da União, dos Estados, dos Municípios, da sociedade civil e do setor privado."
    Essa cambada de ignorantes que defende regime militar pensam o que? Que só porque o cara se torna militar, seja lá da patente que for, ele automaticamente se transforma em uma pessoa honesta, competente, que sempre tomará a melhor decisão para a nação, mesmo que não entenda absolutamente nada dos assuntos sobre os quais vai decidir?

  • Desmontar tais coisas para que o país recupere o caminho do desenvolvimento civilizado que foi abandonado em 2016, vai ser dureza.

  • Tribunal Penal Internacional para ele. Os motivos de acumulam. Aparentemente, ele terá companhia. Basta que nós não nos acoelhemos de novo e proponhamos um grande pacto nacional para livrar a cara dos canalhas. Outra coisa imprescindível é encolher o exército para tal tamanho que ele caiba em uma kombi. Assim, essa praga nos deixará em paz. Reside nas FFAA a maior ameaça á normalidade política nacional.

    • E hoje -19 de abril - é comemorado o dia do exército brasileiro. A data se refere à primeira grande batalha dos Guararapes, em 1648, quando os invasores holandeses foram expulsos do Brasil por forças armadas a serviço da nacionalidade brasileira.

      Que diferença de hoje em dia - 19 de abril de 2020 -, quando o exército brasileiro está praticamente transformado, por militares delinquentes, em exército de ocupação a serviço de forças e bandeiras estrangeiras para as quais batem continência sem a menor vergonha, para as quais nomeiam capachos sub-comandantes do comando sul do império, e a quem convidam, sem o menor pudor, para ocupar o Brasil de todas as formas, até mesmo territorialmente.

      Exército que - quem não se lembra do golpista general Villas Boas, traidor da Constituição, por exemplo - deu o apoio definitivo e essencial para colocar no poder uma Besta Genocida, gerado na escória do seu quadro de oficiais, repleto de estupradores, torturadores e assassinos - todos impunes -, que tem como um dos seus heróis o torturador Ustra, outra besta humana carregada de crimes contra a humanidade.

      E exército que é, hoje, o principal sustentáculo do Genocida no poder, a quem apenas usam como uma marionete, para lhe servir como desculpa pela destruição da Nação, até o momento em que resolvam comandar diretamente uma nova ditadura.

      • Além de torturadores e delinquentes de variadas espécies, o Exército abriga comprovado terrorista: o capitão Wilson Dias Machado, que iria colocar uma bomba no Riocentro. Seriam milhares de cidadãos brasileiros mortos pelos terroristas do Exército. Em vez de punição, o capitão Wilson foi sendo promovido e hoje é Coronel. O Exército deu tratamento semelhante a Bolsonaro, que pertencia ao grupo do general Silvio Frota e que também planejou colocar bombas, inclusive na Adutora que abastece de água o Rio de Janeiro.

    • Fazer igual o Japão: Segundo a Constituição do país em seu artigo 9°, depois da 2a. Guerra Mundial, O Japão renunciou ao direito de ter um Exército. Isso representou uma economia enorme ao país.

  • olha, vou dizer que a questão amazônica é talvez o último resquício de nacionalismo que restou nas forças armadas. Não me incomoda este estado de coisas.
    principalmente tendo visto de primeira mão como o Ibama se tornou refratário a qualquer presença humana na Amazônia. Prova disso foi a negação da licença às hidrelétricas do Tapajós ainda no governo Dilma. Mesmo sendo usinas a fio d'água e que seriam construídas no modelo "plataformas de petróleo" onde os funcionários seriam voados de helicóptero.
    Simplesmente alguns setores enxergam a simples presença humana na Amazônia como "invasão de território virgem". Argumento tacanho tmabem usado com relacao ao Rio Araguaia. Outro deserto demografico do Brasil. Claro que a boçalidade garimpeira de Bolsonaro também não é solução nenhuma.
    Mas tenho esperanças de que neste assunto os militares possam trabalhar com construção de hidrelétricas, abertura de estradas e pesquisa no campo da biomedicina. Uma ocupação inteligente da Amazônia e em equilíbrio com o meio ambiente é fundamental para o país. Infelizmente Bozo e amimbientalistas se tornaram extremos indesejáveis neste jogo. Milicos parecem mais razoáveis.

  • Desde a CF 88 achavam-se desprestiados, e acumulavam ressentimentos. Agora destroem o país por empregos e cargos. Velhos. A História é mãe severa.

  • Aposto que veremos em breve uns riquíssimos fazendeiros verde-oliva - ou filhos, esposas, cunhados, servindo como testas-de-ferro dos mesmos.

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