Embora sem o destaque merecido na imprensa – afinal é a acusação direta de um deputado federal sobre outro parlamentar e confirmada – a “bolada” de R$ 20 milhões oferecida pelo presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, ao presidente do PMDB local, Antonio Andrade é mais uma destas hipocrisias do Brasil.
Para quem quiser pensar além do udenismo de dizer que é só – e é, sim – um escândalo, vai ficar por aí, abafada nas notinhas de jornal.
Só vai virar manchete se envolver alguém do PT, como aconteceu e todos sabem.
Mesmo assim, registre-se, a Folha publicou e o assunto saiu das montanhas de Minas.
A hipocrisia é que isso é fruto de dois males que a imprensa defende com unhas e dentes.
O financiamento privado de campanhas e a coligações em eleições proporcionais, como as de deputado.
Elas, juntas, são a grande fonte de dinheiro do “mercado eleitoral”.
O segundo capítulo da hipocrisia é tratar o assunto como se o chefe supremo do PSDB mineiro sai desta história como se não tivesse nada com isso.
É possível que as negociações no seu estado, centro da sua campanha, a Minas que Aécio Neves considera seu “curral eleitoral” se dêem sem o seu conhecimento?
Mas Aécio nunca tem nada a ver com nada.
Já foi assim com o “mensalão” de Eduardo Azeredo, jogado ao rio como “boi de piranha”.
Agora, Pestana, que pretendia a vaga que ficou com Pimenta da Veiga.
O “vamos conversar” em Minas já foi mais silencioso.
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Uai Fernando..eu também, graças a Deus, não faço parte do "curral" do arrocho Neves. Ele e sua turma não me representam. Sou Lula e Dilma. Viva o Brasil!!!
Sera que o paladino da justica vai tomar alguma atitude ou vai demonstrar mais uma
vez o que todos ja sabem. Nao e do PT larga pra la!
Acho que o financiamento privado de campanhas poderia ser mantido. MAs inclui-se uma regra:
- doadores de campanha (e ai regula-se pessoas jurídicas e pessoas físicas doadoras, sendo que no caso da PJ, todos os administradores pessoa física também) ficam proibidos de contratar com o poder público por 4 anos.
Pronto.
Doação, pura e simples, sem encargos e ônus.
Estendemos a proibição para esposa, parente cunhado e todo tipo de relação de amizade e pronto, não será mais necessário proibir doação, elas sumirão por conta própria.
Discordo contigo, porque a partir dai criariam empresas laranjas, e administradores laranjas. Empresário não é bobo. A solução é financiamento publico de campanhas, e campanhas enxutas, sem marqueteiros, apenas com a proposição e divulgação das ideias.
Sim, a Falha publicou. Mas com o destaque que foi o PMDB de Minas, aliado do PT no estado.
No diário (jornal é outra coisa) Província de Minas não vai sair nada sobre esse assunto.
Basta aplicar a teoria do domínio do fato .Esqueci que não vale para os tucanos .
Por falar em financiamento de campanha, quando será que Gilmar Mendes vai levantar o traseiro do processo que proíbe o financiamento de campanha por parte de empresas?
Então,aqui no Norte de Minas é FERNANDO PIMENTEL E DILMA ROUSSEFF primeiro turno 2014.
O "vamos conversar" virou "vamos comprar". Quem dá mais?! A lógica tucana é essa mesma: tudo (e todos) tem um preço, é só pagar. Até que dão de cara no muro!
Pergunta para o Valdemar Costa Neto e para o bispo Rodrigues, quantos anos de cadeia pega o parlamentar que aceitar dinheiro de outro partido.
Esqueci que só dá cadeia se o partido doador for o PT, se for o P$DB, não dá nada.