A destruição da economia é o efeito da praga Guedes

Não e só na Educação, na Saúde, nos programas sociais, nas liberdades individuais, nas instituições republicanas, na universidade, na política – siga aí você com a lista, infindável – que o Brasil sofre um processo de destruição.

Os quatro anos de crise econômica – porque, afinal, tudo o que se anunciou como “retomada” foi ou está sendo, senão zero, bem perto disso – se assemelham a um cenário de devastação, e não daqueles que se tem após algum desastre, mas a uma terra arrasada, como nos versos e Sérgio Ricardo: “Quando a terra se arrebenta/Sem jeito de consertar”.

Afinal, todos os projetos econômicos, há cinco anos, resumem-se cortar investimentos, despesas, desmontar serviços estatais, alienar patrimônio… Ou seja, podar a árvore da economia e recolher lenha para queimar.

Afirmava-se – e ainda se afirma – que ela, depois disso, rebrotaria com mais vigor e se tornaria mais produtiva, por não despender sua seiva com a ramagem-estado que, além disso, sombreava a terra, convidando ao ócio.

Feita com fúria e sem critério, já era um perigo matar a árvore. Com uma seca se desenhando no céu da economia mundial, o risco se multiplica.

A turma, por aqui, porém, segue dizendo que não é nada, que logo isso passa – e às vezes, passa, mesmo – e que se a coisa não vai agora, já, daqui a um trimestre irá.

Há um padrão evidente de enfraquecimento da economia brasileira que e a cumplicidade política camufla – imaginem este salto do dólar num governo petista! – , mas que não passa despercebido pelos olhos de lince do capital estrangeiro.

Ele não está saindo e convertendo “caro” o seu real em dólar se estivesse convencido desta recuperação e acreditando nas sandices que aparecem com espertalhões prometendo a bolsa a 200 mil pontos – até a 300 mil pontos eu já vi – ou acreditando nas “betinas” da vida.

Isso é para os bagrinhos.

De julho do ano passado para cá, perto de R$ 70 bilhões deixaram o mercado secundário – e quantidade em franca aceleração, pois nos três primeiros dias úteis de fevereiro, ultimo dado disponível, o êxodo foi superior a R$ 5 bilhões.

Verdade que um tanto disso pode ter servido para comprar, a preços de ocasião, lançamento de ações no mercado, de empresas públicas e particulares. A maior parte, porém, foi-se e é isso que sustenta o movimento de alta do dólar, ao mesmo tempo em que a balança comercial se reduz em níveis preocupantes.

Isso, como disse o presidente da GM, acabará por ser repassado aos preços, mesmo com a demanda em baixa: “não tem jeito”, disse ele.

Estamos muito mais perto de uma crise generalizada que da tal retomada da economia, porque não há direção alguma sendo dada a ela, senão a de deixar o dinheiro dirigir o dinheiro.

Fernando Brito:

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  • É preciso dizer clara e definitivamente que este desgoverno atual (Bolsonaro) e o anterior (Temer) não são causas mas consequências necessárias do Golpe de Estado, esta grande aventura, esse grande acordo nacional que se impôs como necessidade para os poderes de fato: Dinheiro, Meios e seus representantes políticos. Os Donos do dinheiro, dos meios e seus representantes políticos sabiam que seu projeto de poder e de país, sucessivamente derrotados em oito voltas eleitorais presidenciais, não podia esperar a legitimidade do poder democrático, única esfera de poder que os Donos do dinheiro, dos meios e seus representantes políticos não logram controlar total e absolutamente. Parece que nós, as forças sociais e políticas derrotadas pelo Golpe de Estado, ainda não nos demos conta disso, mas nossos adversários sabem perfeitamente a importância da destruição da democracias, mesmo essa nossa franzina e Severina.

    A destruição da economia e da normalidade democrática, tomadas em seu conjunto, foram vistas como custos necessários da tal empresa golpista e, portanto, foi uma decisão não só voluntária como consciente dos Donos do dinheiro, dos meios e de seus representantes políticos. Os Donos dos meios e seus representantes políticos são caras conhecidas, os do dinheiro não tem cara e são normalmente identificados com uma entidade abstrata e divina, o Mercado, uma espécie de sujeito oculto do Golpe. Está claro que vista mais de perto essa entidade não tem nada de abstrata e divina, mas uma existência bastante concreta, ordinária e mundana dotadas como outros mortais de CGCs, CPFs, RGs, títulos de eleitor, situação e endereço fiscal bem definidas.

    Tudo que foi feito na esfera econômica imediatamente e depois do Golpe de Estado atende aos desejos, as ideias e aos interesses do Mercado, mesmo que os resultados, as consequências esperadas, os céus de brigadeiro e os cenários róseos projetados não passavam de convicções, como as daquele procurador de Curitiba.

  • Ainda hoje, ouvi em silêncio enquanto uma popular expunha sua percepção sobre o momento econômico de Itororó.
    Basicamente, as preocupações que ela expunha estavam corretas. Eram princípios de economia que já podem ser percebidos sem dificuldades.
    Mas o incrível mesmo não é a percepção de um popular, mas a completa falta de percepção do ministro da economia e de seu superior subalterno Bolsonaro, este auto ignorante em tudo o que dia respeito a economia (desta vez, pelo menos, está sendo sincero).
    Tanto diploma e tanta pompa para não perceber o que um/uma popular percebe.
    Ou ele é um inepto diplomado ou é um inepto mentiroso.
    De qualquer forma, está afundando o país!

  • E a coisa tá ficando tão esquisita que até os ricos estão padecendo, a chuva em SP atingiu até Lamborghini de $ 17.000.000.000,00 Milhões Veja bem,somando todo o estrago da cidade um prejuízo incalculável .Alguém vai pagar essa conta, adivinha quem???O gado

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