Há uma semana, antes de a dengue me pegar de jeito – e ainda não me largou – escrevi aqui um post sob o título de “Aécio e o fantasma de Bolsonaro“.
Sete dias depois, vê-se que o senador mineiro ficou isolado na defesa do “impeachment”, com as sucessivas declarações de FHC, Eduardo Cunha e, agora, até José Serra de que “Não há irregularidades que deem razão a impeachment”, como publica a Folha.
É evidente que não houve uma súbita conversão desta turma ao respeito pela ordem institucional.
Em seu artigo de hoje, na Folha, Aécio mostra que sentiu as “caneladas” internas e, embora tente manter a linguagem radical, dá mostras de que não tem mais o comando do processo político em seu partido.
A ação que iria ser apresentada esta semana, com base no parecer encomendado a Miguel Reale Jr, vai, ao que parece, ficar hibernando.
O espírito beligerante da Avenida Paulista perdeu o ímpeto, apesar do bombardeio do complexo midiático-judicial da operação Lava-Jato.
Ontem, Merval Pereira parte para o ataque à “moderação” tucana:
“A luta política que o PSDB desenvolve no momento, buscando criar condições para destituir a presidente Dilma ou, se não for possível, desgastá-la ao máximo, faz parte da democracia e dizer que é golpismo não passa de uma tentativa de constranger o adversário”.
Para isso, não há limites, como esta história de hoje sobre a imposição de multas que, na prática, cassassem o funcionamento do PT, um destes balões de ensaio que não tem suporte jurídico algum, mas serve para manter as águas agitadas.
A tucanagem “velha de guerra” sabe que não pode embarcar de cabeça na onda do “vem pra rua”.
E Aécio sabe que precisa manter um pé fora dela, mas não pode desembarcar dela .
A extrema-direita já se sente com força para assumir um rosto próprio e Aécio fez, ao longo do último ano, os movimentos para tornar-se esta face.
É pouco provável que possa se desvencilhar deste papel.
Assim como este papel vá servir aos tucanos em 2018.
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Aécio faz o que pode para não virar "exemplo de que a justiça também pune o PSDB".
O que ele aprontou em Minas vai dar cadeia e ele quer, no mínimo, algo em mãos para negociar com o PT um "acordo de cavalheiros" que o salve do destino que o aguarda.
Fernando Brito, pior do que dengue só ficar ouvindo o Aócio e o FHC falar!
No meu entendimento são três pontos a abordar!
1º O Aócio está mais sujo do que pau de galinheiro, digo tucano e desesperadamente quer que o governo caia para ver se limpa a sua barra e por conta os seus pares querem mais que ele se exploda pois a fila anda e ele já teve a sua chance;
2º Essa direita inbecíl feita de m'idiotas sabem que não possuem mais votos e não vão voltar ao poder e seus dias de sangue azul vão acabar e vão voltar a ser simples mortais e daí depender de do Bolsonauro para voltar ao passado. Deveriam em vez de perder tempo com essas indignações de ética parar de de mandar dinheiro para os paraísos ficais e pagar seus impostos e
3º Esses partidos fisiologistas em vez de acabar como o PT só vão fortalecê-lo mais e muitos que não são afiliados vão se filiar.
Os amigos desse blog por certo saúdam com alegria o seu regresso, e desejamos um pronto restabelecimento. O Aécio tem esses rompantes pois se sente amparado pela nossa imprensa sempre de braços dado com o golpismo.
São as viúvas do Maluf na Paulista. Em Brasília são os servidores públicos contra a "gerentona". Acordem. Encarem isso.
O perfil na Paulista é de classe média-alta com idade média de 45 anos. É mesmo perfil do leitor do PIG.
Rota na rua e bancada da bala os representam.
Saudosos - os mais velhos - da ARENA e do PDS. Que virou PP. Que ora apoiou o PSDB e ora o PT.
O mote da corrupção é um pretexto. Eles querem um representante. Levy Fidelix e Pastor Everaldo não são suficientes pra eles. Um Bolsonaro está de bom tamanho. Nem 5% do eleitorado.
Aécio é de Minas e não entendeu bem a coisa. FHC, Serra e Alckmin os conhecem.
É isso.
Aécio age como um gangster em Minas, pessoa sem limites, sem autocrítica dele se pode esperar tudo, o que eu não aguento é a impunidade.
O prato que estão preparando para ele no PSDB chama-se virado paulista; o senador vai cair de bobo e perder a chance que tanto aspira de ser candidato de novo em 2018. Só ele ainda não percebeu! Não parece um daqueles decantados "politicos mineiros"; está falando demais.
No mais a classe política da oposição deveria mostrar um projeto e planos para o país já que eles alegam estar tudo errado; não souberam em 4 eleições e perderam; se continuarem assim vão perder mais umas tantas. Melhor seria se trabalhassem e deixassem o governo trabalhar.
Seja bem-vindo caro amigo. Bom retorno e força para continuar nossa luta.
- Vamos deixar os tucanos atucanados...
Acho que a candidatura deste elemento pra 2018 está virando pó!
Salve Fernando Brito, de pé e Tijolaço à mão, para desespero dos pobres de espírito e golpistas de plantão. Aproveite e tome um banho de imersão em água benta, pois viver é preciso, para navegar a boa jornada.