Ciro Gomes com José Luiz Datena de vice.
Mas Datena filiou-se, há dois meses, ao PSL, que foi e ainda é, pela metade, o partido de Jair Bolsonaro.
O PSL pretende se fundir ao DEM, que é todo Bolsonaro, mas tem um candidato demitido e humilhado por ele, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, e um candidato que está por lá, mas pretende ir para o PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Como para o PSD pretende ir o ex-padrinho e agora desafeto de João Doria, Geraldo Alckmin, saindo de um PSDB em liquidação litigiosa, onde o atual governador de São Paulo e o do Rio Grande do Sul, ex-Bolsodoria e ex-Leitedoria disputam um eleitorado minúsculo.
Esta movimentação alucinada de candidatos, nenhuma delas correspondendo a causas e projetos que competiriam a um governo de reconstrução nacional, depois do estrago a que a democracia brasileira e as estruturas econômicas do país vêm sendo submetidas há mais de cinco anos é, para ser direto, ridícula.
Os apelos a que se forme ualquer unidade opositora começam, é claro, justamente pelo que não vem sendo discutido: a fixação de um programa mínimo de reerguimento do país: estímulo ao emprego, elevação dos salários de base dos trabalhadores, proteção ao patrimônio público, especialmente da Petrobras, recomposição do orçamento social, anulação das medidas arbitrárias e lesivas à paz social, como as liberações de armas, restauração das políticas ambientais , enfim, o que há de urgente e inadiável para o pais.
O resto é ciranda política, que tem seu lugar, mas não o centro das preocupações.