Duas maneiras de medir o fiasco que estão sendo as primeira manifestações do MBL e outros grupos da direita contra Jair Bolsonaro: a falta de notícias e a alegria dos bolsonaristas nas redes sociais.
“Flopou”, é o que mais se lê, pela pequena quantidade de pessoas em Copacabana – numa manhã de sol convidativa – e em outros locais onde se programou atos pela manhã.
A depender do apoio de João Doria, pode haver um pouco mais de gente na Avenida Paulista, à tarde, mas a impressão de fracasso parece consolidada.
Os órfãos do bolsonarismo, nos quais pegaram uma má carona gente do PCdoB e do PDT, foram, porém, o retrato magro do que muita gente bem situada na mídia. que diz ser a “maioria” que deseja o “nem Lula, nem Bolsonaro” como chave do processo eleitoral do ano que vem.
Uma 3ª Via esquálida, porque não consegue transmitir sinceridade na oposição aos atos de Bolsonaro porque se dedica, antes e acima de tudo, em inviabilizar – sem conseguir – a mais importante arma que se tem contra o fascismo no Brasil.
Fazer uma manifestação que usa, a esta altura, um “Fora, Lula” ao lado de um “Fora, Bolsonaro“, por mais que seus líderes digam que isso não é oficial, deixa claro onde está sua inspiração.
Os atos do dia 2 de outubro vão demonstrar que não são manifestantes antibolsonaristas o que falta, mas sinceridade na neo-oposição, que não consegue se livrar do estigma que o bolsonarismo de tanto tempo lhes deixou marcado.