A im(p)unidade do dinheiro

Thays Bilenky, na revista Piauí, faz o primeiro retrato repugnantes – não duvide, haverá outros – do resultado da famosa “ajuda da iniciativa privada” comprando vacinas para a Covid 19.

Donos de empresas de ônibus – como sabemos, flores do jardim empresarial – compraram, não se sabe de quem, vacinas da Pfizer e, num “posto de vacinação” dentro de uma de suas empresas, vacinaram a “categoria” e suas famílias.

“Categoria”, claro, são os donos das empresas, não seus trabalhadores que se expõem, todos os dias, para transportar centenas de milhares de pessoas.

Em questões como vacina, não pode haver transigências e “flexibilizações” para o poder econômico, porque isso significa privilégio “na veia”.

Se já é difícil controlar os “fura-filas” quando a vacinação é pública, é totalmente impossível ter qualquer controle sobre a vacinação privada.

Quem vai dizer que “não está nos critérios de prioridade”.

O patrão é na hora, o peão é se sobrar.

 

Fernando Brito:
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