A incrível “mutação dos votos” que fez Dilma não subir no Datafolha

 

Já que o controle – serei chamado de ditador por falar em controle? – da Justiça Eleitoral sobre as pesquisas de opinião, que se constituem hoje  no mais poderoso instrumento de propaganda eleitoral limita-se exclusivamente ao um burocrático registro, e a comunidade estatística nacional parece não existir, faço eu, de leigo, algumas indagações sobre o comportamento dos números do último Datafolha.

Vejam que interessante:

Na faixa com renda até dois salários mínimos, Dilma Rousseff havia subido dois pontos  em uma semana (variação entre as pesquisas  de 17/18 e 25/26 de setembro), passando de 44 para 46 pontos e, agora, com nova pesquisa quatro dias depois, 49 pontos.

Um crescimento bem forte, de quase um ponto diário.

Parou por aí.

No resto da sociedade brasileira, o Datafolha, que mostrava um crescimento de Dilma, em quatro dias, assegura que ela caiu, e caiu fortemente. Em padrões, vocês me perdoem, de comoção social…

Na faixa de 2 a 5 salários mínimos, Dilma havia crescido 3 pontos e e em quatro dias caiu 2.

No segmento com renda de 5 a 10 salários mínimos, a Presidenta havia subido 6 pontos e em quatro dias caiu 3!

E no grupo de mais de 10 salários-mínimos de renda, onde havia subido 6 pontos na semana anterior, no final de semana passado caiu seis pontos, ou quase dois pontos por dia!

Espetacular!

Aécio cresceu sete pontos em quatro dias entre os mais ricos (se é que se pode chamar de rico quem tem renda familiar de 7.500 reais!). Capaz de ter feito uma panfletagem na madruga no Baixo Leblon, só pode!

E não foi às custas da Marina, que também cresceu 4 pontos (um por dia) numa arrancada puxada, talvez, pela Associação de Lojistas dos Jardins!

Curioso é que Dilma sobe em todos os Estados, em todas as faixas etárias (curiosamente, no Datafolha, ela cai em uma única, 2% na de 45 a  59 anos, justamente naquela mais semelhante (de 45 a 54 anos) onde o Ibope registra o  maior crescimento  ( 7%) da  petista!

É bom o Marcos Paulino e o Carlos Augusto Montenegro se entenderem melhor, porque assim a coisa fica feia. Como se já não bastasse a diferença de 100 no número de nulos/brancos e indecisos que a gente mostrou ontem aqui.

 

 

Fernando Brito:

View Comments (37)

  • O Paulino e o Montenegro acham divertido abrir o Excel e ficar lá brincando com dados, números e margens de erro. É o videogame deles.

  • Também acho que tem treta aí, aécio não chega a 20 e marina deve ficar com o que ela teve 21 ou 22%. Calculo que dilma terá 48% e nos votos válidos acima de 50 liquidando em primeiro turno.

  • Engraçado a brincadeirinha que eles fazem com os cálculos é na nossa testa está escrito troxa?
    Realmente chega a ser ridículo.

  • Enquanto isso , onde está o intimorato TSE ? E o zé cardoso ?
    Mudando de assunto, por que o Suplicy não abre nunca o verbo contra o Serra ?
    E o "combativo" PSOL , por que não aciona o TSE em relação ao caso do jatinho fantasma ? E o PT do Falcão ?

    • O PSol que se diz tão combativo, por que não denuncia essas manipulações?

    • Iskra o Suplícyo, depois desta última tentativa ao Senado, que perderá pra o Padim e sua bolinha de papel...vai ser o novo Vovô Vocalista da Banda do Supla. Pelo menos espero que com os compromissos de "shows" pelo mundo do Rock, ele desocupe a moita para jovens que queiram participar da política e arejar o Sarcófago Petista de SP e de outros Estados também. Ou o PT também se transformará num partido da Elite Coxinha e abandonará as bases...ai estamos fodidos...a vaca além de tossir...vai pro brejo!

  • Já que todas as sujeiras e mentiras da oposição foram neutralizadas, só lhe restou mesmo manipular pesquisas, como se o eleitorado se baseasse nelas pra votar. As últimas eleições mostraram justamente o contrário.

    O critério que uso é o seguinte: quando estou em dúvida sobre algum candidato, dou uma olhada no PiG e voto em quem eles estão malhando.

  • Alguém consegue os microdados destas pesquisas? São os dados brutos (as respostas obtidas). Deveria haver uma lei autorizando o acesso dos partidos a esses dados, obviamente, sem a identificação de quem respondeu.

    • Mas a lei eleitoral que rege as pesquisas preve isso, Cleo.
      Basta um partido entrar com uma representação/pedido no TSE. O isntituo é obrigado a mostrar os questionários respondidos (com rastreabilidade).

  • essas mágicas com os números fazem lembrar do Malba Tahan... mas parece que ele nem existia com esse nome, sei lá.

  • MG – Em troca de votos, deputados do PSDB e PPS prometem efetivação em cargos sem concurso
    Deputados de Minas Gerais que disputam as eleições acenam para milhares de eleitores com a possibilidade de tentar efetivar designados para cargos no Executivo sem concurso público. Mesmo atropelando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a demissão dos funcionários que atuam sem terem sido aprovados em concurso, o projeto é anunciado em sites de campanha de parlamentares inclusive como uma forma de “garantir aos contratados o direito que todo cidadão tem”.

    A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 69/2014 estava prevista para ser votada em primeiro turno nesta terça-feira (30), mas não houve quórum. O texto, assinado por 27 deputados da base do governo mineiro, efetiva todos os funcionários admitidos no Estado sem concurso público até 5 de novembro de 2007. Este foi o objetivo da Lei 100/2007, promulgada na data prevista na PEC pelo então governador de Minas e hoje presidenciável pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), que efetivou cerca de 98 mil funcionários designados.

    Em março, o Supremo determinou ao Estado que promova concursos para o preenchimento das vagas até 1º de abril de 2015, data em que devem ser demitidos todos os funcionários que atuam sem processo de seleção, a maioria vinculada à Secretaria de Estado da Educação (SEE). Por meio de nota, o Executivo informou que “foram retomadas em setembro” as nomeações de candidatos aprovados em concursos públicos realizados em 2012 e no ano passado – incluindo trabalhadores atingidos pela decisão do STF. “Já para cumprir a decisão do STF em relação aos cargos para os quais não houve concurso público, estão sendo realizados os preparativos para o lançamento de novos editais”, afirma. Segundo o governo, cinco concursos têm editais previstos para serem publicados até novembro.

    Mesmo com a decisão do STF e as medidas adotadas pelo Estado para cumpri-la, deputados apresentaram a nova PEC com pompa, com direito a entrevista coletiva e audiências públicas com centenas de funcionários atingidos pela medida, anunciada também nas páginas dos parlamentares. Uma delas é a do deputado estadual Lafayette de Andrada (PSDB), que disputa a reeleição e foi o primeiro a assinar o projeto. “Lafayette Andrada reforça a importância da PEC 69/2014, para garantir aos contratados o direito que todo cidadão tem. Os deputados se esforçam para que a votação da PEC na Assembleia aconteça até outubro deste ano, antecedendo o prazo para exoneração dos servidores da Lei 100?, diz texto no site do candidato.

    Na justificativa, os parlamentares alegam que o projeto servirá para “resguardar um universo definido de servidores que estabeleceram vínculos jurídicos com o Estado”, além de garantir “valores constitucionais de elevada estrutura como a dignidade da pessoa humana, a vida (subsistência) e os efeitos previdenciários”. Todos os 27 signatários do projeto são candidatos na atual eleição. Carlos Mosconi (PSDB) e Luzia Ferreira (PPS) agora disputam vagas na Câmara dos Deputados, sendo que os demais tentam novo mandato no Legislativo mineiro.

    A reportagem tentou falar com Lafayette Andrada e Sebastião Costa (PPS), que presidiu a comissão especial que aprovou o projeto, mas, segundo suas assessorias, não havia como contatar os parlamentares no plenário ontem e nenhum retornou as ligações. Também por meio de sua assessoria, o Executivo afirmou que “não cabe ao governo” se pronunciar sobre o projeto porque trata-se de “uma iniciativa do Legislativo”.

    Federal

    Antes de a PEC 69 ser apresentada na Assembleia Legislativa de Minas, o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG) já havia proposto projeto semelhante na Câmara dos Deputados, mas beneficiando todos os funcionários contratados sem concurso no governo federal, nos Estados, no Distrito Federal e em todos os municípios do País. Mas a PEC 422/14 foi apensada à PEC 54/99, que já tratava da mesma questão e teve parecer pela rejeição. Castro não atendeu as ligações da reportagem. (Estadão)
    - See more at: http://pocos10.com.br/?p=14010#sthash.Nh1NWbaA.dpuf

    • Esta é uma promessa impossível de ser realizada. Equivaleria a dinamitar a Constituição, para tentar legitimar medidas administrativas irresponsáveis que chegaram a este extremo de fraude contra o princípio do concurso público, basilar da Democracia contemporânea, e ao sabor de ambições eleitoreiras.

  • Esses dois VIGARISTAS,deveriam se entender,como companheiros de cela,quem fica com o beliche de baixo.O resto é esperar MILAGRES.Vigaristas ha anos gozando, do instituto da impunibilidade

Related Post