A inflação não estourou, o superavit não desabou. O que vem aí, agora?

O índice de inflação de novembro, divulgado agora há pouco pelo IBGE, confirmou o que qualquer pessoa que examinasse serenamente a sua evolução já podia prever desde o primeiro semestre: não haveria uma explosão inflacionária.

A melhor notícia é que o INPC, que mede a variação dos preços para as famílias de menor renda (até cinco salários mínimos) inverteu a tendência do primeiro semestre e seguiu abaixo do IPCA.

Vamos fechar o ano, provavelmente, com uma inflação ligeiramente menor  – dois a três décimos de ponto percentual – que a de 5,84% de 2012.

Ou seja, no meio do caminho entre a meta de 4,5% e o teto de 6,5%, aquele que ia explodir, você se recorda?

Não se quer dizer que não houve elevação de preços. Houve, e no que é mais sensível aos pobres: os alimentos, que subiram 8,37% no acumulado em 12 meses, muito mais que o conjunto dos preços.

Sem isso, teríamos ficado exatamente no centro da meta ou, até, um pouco abaixo.

E, é claro, não foi a Taxa Selic que fez o preço do tomate subir, cair, subir de novo e cair outra vez -.

Cessada a histeria com a explosão inflacionária que não veio, começou a do superavit primário.

Que, também, caiu por terra ontem, quando surgiram os dados da arrecadação do Refis.

Mas a turma da grana está pedindo mais juros, ainda.

A pressão agora será no dólar, que está evidentemente forçando a resistência do Banco Central.

Os “fundamentos econômicos” para o mercado financeiro do dia a dia, é tão importante quanto a preservação das espécies num mercado de peixes de madrugada.

 

Fernando Brito:

View Comments (18)

  • pois é. grande parte do custo dessa inflação dentro da meta foi parar nas costas da Petro. E superavit sem maquiagens nem manobras extraordinarias como o Reffis, como ficaria?
    Não sou tucano nem oposição. Mas, cara, estão fazendo tudo errado, ou, como dizia-se em outros tempos, "agindo no limite da irresponsabilidade".

  • Pois é. Grande parte do custo dessa inflação dentro da meta foi parar nas costas da Petro. E superavit sem maquiagens nem manobras extraordinarias como o Reffis, como ficaria?
    Não sou tucano nem oposição. Mas, cara, estão fazendo tudo errado, ou, como dizia-se em outros tempos, "agindo no limite da irresponsabilidade".

  • Pois é. Grande parte do custo dessa inflação dentro da meta foi parar nas costas da Petro. E superavit sem maquiagens nem manobras extraordinarias como o Reffis, como ficaria?
    Não sou tucano nem oposição. Mas, cara, estão fazendo tudo errado, ou, como dizia-se em outros tempos, "agindo no limite da irresponsabilidade".

  • Pois é. Grande parte do custo dessa inflação dentro da meta foi parar nas costas da Petro. E superavit sem maquiagens nem manobras extraordinarias como o Reffis, como ficaria?
    Não sou tucano nem oposição. Mas, cara, estão fazendo tudo errado, ou, como dizia-se em outros tempos, "agindo no limite da irresponsabilidade".

  • Pois é. Grande parte do custo dessa inflação dentro da meta foi parar nas costas da Petro. E superavit sem maquiagens nem manobras extraordinarias como o Reffis, como ficaria?
    Não sou tucano nem oposição. Mas, cara, estão fazendo tudo errado, ou, como dizia-se em outros tempos, "agindo no limite da irresponsabilidade".

  • Convém salientar que para o sistema de metas p/ inflação o que conta é o índice acumulado no ano calendário (janeiro/dezembro) e esta é a boa notícia pois a inflação no ano de 2013 está em 4,95%. Somente uma tragedia climatica muito grande nestes últimos 25 dias poderá mudar a expectativa de um resultado mais favorável.
    A título de futurologia suponhamos uma inflação de 0,7% em dezembro, isto fecharia o ano com uma inflação acumulada de 5,68%. Isto sim deve ser ressaltado.

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