Já é bem pouco dissimulada a luta intestina quem, desde a sua montagem, caracteriza o governo Bolsonaro.
Os discursos do General Mourão pouco ou nada lhe disfarçam a ambição (sua e de seu grupo militar) de ter o controle total do governo e o desprezo que têm pelo ex-capitão que lhes serviu de cavalgadura para levá-lo ao governo.
Do lado “civil”, as reações também já são explícitas. Olavo de Carvalho, referência intelectual (?) e política do bando, já fala que estamos sob uma “atmosfera de golpe não declarado”.
Afinal, quem foi eleito para governar o Brasil foi o cidadão Jair Messias Bolsonaro ou foi a corporação militar? Toda ambiguidade nessa questão é criminosa e desastrosa.
Na primeira hipótese, os generais são humildes e obedientes auxiliares do presidente, nem mais nem menos poderosos que quaisquer civis nomeados para os mesmos cargos. E então entram no exercícios das suas funções como meros cidadãos comuns e não como herdeiros do regime militar.
Na segunda hipótese, o que temos é uma retomada do poder pelos generais sob uma camuflagem democrática montada às custas de um inocente capitão de Exército.
A única saída é o presidente apoiar-se no povo que o ama e impor sua autoridade por igual a civis e militares. Ou isso, ou já estamos numa atmosfera de golpe não declarado.
É em meio a este confronto cada vez mais agudo que Bolsonaro se equilibra, embora sejam nítidas as suas preferências, ainda que não possa exercê-las.
O ex-capitão confessa que “não nasceu para ser presidente”, mas está errado quando diz que “nasceu para ser militar”. Se Bolsonaro tem uma vocação é a de ditador demagogo.
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Regra de três simples: Se nasceu para ser militar e foi expulso do exército então nasceu para ser expulso.
Em breve o milico que quer acabar com as férias e o 13º vai dar o bote fatal e nós indo ralo abaixo.
"Se Bolsonaro tem uma vocação é a de ditador demagogo." Mas penso que nem para isso teria competência. O que sobra é muita arrogância e pretensão. O que falta é chá de semancol.
UM IMBECIL A MENOS NO GOVERNOS DOS IMBECIS ,CHUTARAM A BUNDA (oficialmente) DO VÉLEZ .
Devemos ficar esperançosos com isso ? não ,um outro fascista imbecil foi nomeado no seu lugar.
Trocaram as moscas,a merda continua a mesma.
Por isso, as manifestações de ontem, que mal se falava em Bolsonaro, mas em Moro, nas polícias, e na desconstrução do STF que hoje nos representa. As camisas amarelas estavam lá, e o modus operandi dos anos que antecederam ao impeachment de Dilma também.
Em tudo que vimos ontem está inserido o sentido de se formalizar a Ditadura da Toga, com Globo e tudo.
Parei de ler na parte da mensagem do guru bolsonarista, onde ele escreve que Bozo deve esquecer os milicos e governar com o "povo que o ama" , risível.
saiu um bosta burro, entra um canalha esperto e dissimulado
dificil saber quem é o pior
Esse não nasceu para ser presidente... nem para ser militar ... Nasceu para ser corrupto mesmo ! E ganhou o crédito de outros corruptos que o elegeram !
Quer ser militr ms não aprendeu a estrategia militar. A partir do momento que inchou a máquina publica de generais ele perdeu o comando. Respeitam a figura do Presidente mas não quem ocupa o cargo. Como faria o presidente para destituir um general de algum cargo? Ele se amarrou nessa cama que ele preparou. Ou cai da cama ou se definha nela...
Essa declaração do Guru dos Internos em Hospícios lembra-me de um velho personagem do Jô, o Reizinho. Ele tinha um bordão no qual tropeçava: "Desse solo que eu piso, desse povo que eu amo, quem sou? quem sou?" e os baba-ovo respondiam em coro: "Sois Rei, sois Rei".
E, o tropeço era "Desse solo que eu amo, desse povo que eu piso [...]".
Viramos o país do Reizinho, rodeado de puxa-sacos, quem todos odeiam e que parece sinceramente convencido que tem o apoio do povo. Caso de internação ou, como se dizia, nos Campos da Vacaria, no velho Rio Grande amado, tá loco de atá e dá com pau!
... as custas de um inocente capitão do exército... Falas do guru charlatão! Aí eu choro????????????
isso junto com "povo que o ama" me deixaram perplexa com a fala que em geral é toda sem afetividade