Um caminhada do candidato Marcelo Freixo, na Tijuca, teve hoje de ser interrompida às pressas. por conta de um grupo de brucutus que fazia ameaças, liderados pelo bolsonarista Rodrigo Amorim, aquele valentão que fez dueto com Daniel Silveira para quebrarem placas com o nome de Marielle Franco.
Freixo deixou o local, para evitar conflitos.
Claro, aqui a polícia e parte da Justiça acha que é a vítima que provoca a violência e que a violência não é política, só a sua motivação.
O discurso de ódio bolsonarista vai produzindo sua seara, que vai brotar em todos os lugares, enquanto as autoridades públicas ficam esperando a reação de um Ministério Público que não age contra ele.
Jair Bolsonaro debochou da interpelação do ministro Alexandre de Moraes sobre o discurso de incitação ao ódio. “Manifesto que sou contra”, tuitou.
Seus adeptos, por toda a parte, já foram além, não só discursam com o ódio; agem com ele.
É o que os norte-americanos chamam de “apito de cachorro”, porque estes atacam a parir de um comando que só seus ouvidos conseguem identificar o timbre.
Como as camisas folgadas dos brucutus: não mostram as armas, mas deixam bem claro que elas estão ali.
O ódio político abriu as portas do inferno e fechá-las é o primeiro e necessário passo para que a democracia possa sobreviver.
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Com a leniência programada do ministério público e do judiciário e com a cumplicidade abjeta das ffaa e principalmente dos militares no governo (que só pensam naquilo: grana), colocadas todos a serviço de um boçal que distrai a população com suas macaquices enquanto o centrão, com a igual cumplicidade dos demais parlamentares (atenção: sem exceção) vai passando por baixo do pano todas as leis e reformas que convém ao assalto explícito dos cofres públicos, não vejo possibilidade de uma reação democrática à altura. Ainda há que se realçar a indisfarçada tolerância da imprensa velha que não se conforma com a volta do Lula ao poder num processo que tem muito mais de plebiscitário do que de "perdão" ou tolerância ao pt.