A saída de Mercadante preenche uma lacuna no Planalto

 

 

A saída de Aloizio Mercadante da Casa Civil da Presidência é, para lembrar a gozação,  o preenchimento de uma lacuna na sustentação política do Governo.

 

É muito ruim que a situação tenha sido deixada chegar a este ponto.

 

Ruim para o Governo, ruim para Dilma e ruim para Lula que, haja ou não pressionado pelo desfecho da situação com a intensidade que se lhe atribuiu, fica como promotor de uma alteração no círculo mais pessoal do entorno da Presidente.

 

Porque Lula falou em privado e, de tanta resistência, acabou tendo de falar a mais ouvidos que aos de Dilma e deixar ser público, o que não deveria ter acontecido, porque não havia outro meio de articular apoio senão dizendo-o aos interlocutores.

 

Porque  custou  a ser ouvido o obvio.

 

Não digo que seja ruim para Mercadante porque, pela estatura moral que assumiu ao não entregar o cargo que, visivelmente já não tinha condições de ocupar – por mais que o quisesse preservar a Presidenta Dilma, deveria tê-lo deixado, independentemente de uma reforma ministerial cuja discussão  é muito mais recente que a constatação de sua inviabilidade no posto.

 

O fato concreto é que o governo Dilma, apenas de uns tempos para cá, parece ter despertado para a imperiosa necessidade de fazer política, arte na qual não é dos maiores o apetite da Presidenta, embora só ela possa avaliar os preços que lhe cobram por apoio.

 

Espera-se, também, que Dilma compreenda que, embora seja urgente neste instante conversar com os políticos e dar a eles sinais de mudança, nada é mais importante do que voltar a falar ao povo, que é, finalmente, o único terreno onde pode se alicerçar a preservação da democracia.

 

Um governo que não esteja minimamente sustentado aí não será sustentado por coalizões políticas com um Congresso conservador e – triste dizer – moralmente degradado por figuras como Eduardo Cunha.

 

E a falta deste discurso, destes sinais à população, é preciso reconhecer, não era uma das várias culpas de Mercadante, até porque ele não tem significação para isso.

 

É uma figura menor, vista – sobretudo por si mesmo – com um tamanho muito maior do que tem.

 

 

Fernando Brito:

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  • É o grande defeito da Dilma ("data venia"): demora demais para tomar certas posições e fazer certas mudanças óbvias que todo mundo vê e todo mundo pede. Quando não há mais jeito, faz (meio contrariada), mas perdeu um tempo precioso. Por falar nisso, vai demorar muito para tirar o BANQUEIRO NEOLIBERAL do MINIFAZ? Ou vai esperar o PT se desmanchar por inteiro?

  • Substituir Mercadante na Casa Civil foi, a meu ver, uma decisão acertadíssima. Trocar o competente professor Janine por ele na Educação é um completo absurdo. Manter o inoperante Cardozo, então, é o cúmulo do cúmulo da falta de visão política.

  • Bem que a Marina podia fazer um convite ao zé da "justiça" para ingressar na Rede, pois parece que ele só vive deitado em uma. Não faz nada e só fala mer...

  • Tudo bem tirar o Mercadante, mas tirar o Renato Janine para dar a Educação pro Mercadante é triste.

  • Lá se vai, para o bem da governabilidade, aquele a quem o PHA chama, de forma bem humorada e bastante sugestiva, de General Assis Oliva. O estrago foi grande, dos Zés, dos Mancoandantes, das Idelis, dos Bernardos, Berzoinis, Edinhostadinhos, oh deuses, quanta mediocridade. Quanto à crise, trata-se de produto "made in PIG". Os papagaios do PIG repetem exaustivamente o mantra , mas não viajam pelo Brasil. Vão lá, dêem uma volta ao Mato Grosso e cidades do interior dos novos pólos de desenvolvimento que florescem vibrantemente. Sinop com 30 anos de sua fundação, um PIB de 1,6 bilhão, 160 mil habitantes e terras a perder de vista de soja, sogro, milho, etc. São Paulo, à exceção dos copos vazios de água (e que deveriam ser batidos pela classe mérdia paulistana ao invés de panelas que sempre estão na fartura) também não está mal, apesar de um administrador fuleiro como o Sonso Coroinha do Premio Hidrico. Nas novas fronteiras agrícolas encontramos aeroportos lotados, carros zero e congestionamentos nas ruas, restaurantes cheios...e o PIG desesperado para enfiar naqueles que têm cabeça porque prego também tem, que um país riquíssimo, com um mar de petróleo, urânio, niobio, supersafras nas novas fronteiras agrícolas e tudo que é bom e causa inveja lá fora, encontra-se no bico do corvo. Só para quem quer, por algum tipo de interesse, a volta dos que desmontaram e rifaram o país no passado ou aqueles descerebrados que têm preguiça de pensar por si mesmos e optam por acreditar nesta infame, perversa e antipatriótica tralha que é o PIG, seus donos maus, perversos e armações dos seus colunistas regiamente pagos para fazer a cabeça dos beócios.

  • O Mercadejante vem aí! Os bons tempos voltaram! A crise, principalmente da quadrilha que vende porcarias supostamente didáticas ao Ministério da Educação, aquela que tem como símbolo uma árvore roída por cupins, finalmente chega ao fim! E tome churrasco, pra comemorar! E tome pau, o governo Dilma! Viva!
    Breve assistiremos, também, muitos programas"O Brasil é uma merda", num oferecimento do Ministério da Educação!
    Não é o máximo?

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