Não faz muito tempo, nem três anos, a Síria aparecia no noticiário internacional como o país onde o Governo havia provocado uma tragédia com o uso de armas químicas contra adversários políticos rebelados, entre eles o Exército Islâmico.
Barack Obama chegou a criar a expressão “Red Line”, para avisar que os EUA não hesitariam em desfechar ataques militares diretos contra território sírio.
A “primavera árabe” ainda encantava os tolos, que esperavam que dela fossem surgir “democracias ocidentais”.
Nada, afinal, ficou provado, como não ficou no famoso caso das “armas de destruição em massa” do Iraque
E os que defendiam o princípio da autodeterminação dos povos e o da não-intervenção em seus assuntos internos fomos acusados de conluio com ditadores, porque, como se sabe, ditadores são todos os que não seguem à risca a cartilha norte-americana, como os “democratas” da aristocracia saudita, onde degolar pessoas “não é desumano”, ao contrário do que dizem do Exército Islâmico.
Por isso, é muito interessante a descrição que faz Gustavo Chacra – colunista internacional do Estadão, ele próprio um descendente de sírios e de libaneses emigrados para os EUA e, depois, para o Brasil – sobre a questão dos refugiados.
Não dos sírios que se amontoam em praias, fronteiras e estações de trem europeias.
Mas dos milhares e milhares de refugiados que a Síria recebia e acolhia, fugindo da guerra provocada pelos interesses ocidentais no Oriente Médio.
Dá para entender quem, afinal, cruzou a “Red Line”, armando e apoiando a guerra civil naquele país.
Você quer saber como a Síria recebia seus refugiados até 2011?
Guga Chacra, no Estadão
Poucas pessoas sabem, mas a Síria, até quatro anos atrás, era uma das nações que mais recebia refugiados no mundo.
Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003, centenas de milhares de iraquianos, fossem eles cristãos, sunitas ou xiitas, precisaram fugir. Praticamente o mundo todo fechou a porta para eles. Mas foi na Síria que eles conseguiram refúgio, fugindo da guerra que destruiu o Iraque.
Ao todo, em 2010, viviam 1 milhão de refugiados iraquianos na Síria. Seus filhos possuíam direito a educação gratuita. Até 2006, a saúde também era de graça, mas depois o governo sírio impôs algumas restrições – na prática, iraquianos ainda eram atendidos gratuitamente.
Quando Israel bombardeou o Líbano em resposta a ataques do Hezbollah em 2006, centenas de milhares de libaneses buscaram refúgio momentâneo na Síria. Em uma atitude fantástica, os sírios abriram as portas de suas próprias casas para os libaneses terem refúgio.
E os refugiados palestinos, que enfrentam dificuldades em tantos países árabes, antes do início da guerra civil, em 2011, podiam viver na Síria sem grandes problemas e sempre com suporte governo e de entidades internacionais – obviamente, o cenário é completamente distinto hoje.
Hoje, são os sírios que precisam de ajuda.
View Comments (10)
Depois da Guerra fria ter aparentemente terminado, os EUA precisavam de 'outro inimigo' comum à democracia. Escolheram o narcotráfico. Esse veio para ficar, enquanto as drogas não forem liberadas. Mas apenas ele não dava lucro, era muito pontual, sendo que a maioria dos trabalhadores foge das drogas. Aí politizaram o comércio de drogas com a Colômbia, um país que pouco conheceu o regime democrático desde que é país. Surgiu o narcoterrorismo. Ainda era pouco para o mercado global, era preciso mais. O mesmo país que usou e abusou das armas químicas, os EUA, começa a acusar seus antigos parceiros de golpes nacionais em terroristas da guerra da contaminação química. Ainda estava incompleto, era preciso um pouquinho mais para transnacionalizar o petróleo do Oriente. Veio o 11 de setembro e depois do 11 de setembro, veio o fundamentalismo muçulmano. Nesses dias de tragédia simbolizada no corpo de um menino de apenas três anos, bem longe dali e bem perto daqui, uma notícia discreta foge do ramerrão golpista: a polícia federal descobre no Brasil, mais precisamente em São Paulo, um grupo de árabes que, segundo ela, seria um núcleo de terroristas. Não pode ainda acusá-los de terroristas, ois a lei antiterrorismo está para ser votada. Tem algum elo nessa história? Será o petróleo de novo? Serão os movimentos sociais populares (não os dos desbocados e desbundados das elites e classes médias) que serão amordaçados? Atentemos (desculpem o trocadilho) para os próximos capítulos.
O que está em jogo é, de um lado, os 400 trilionários americanos mais os seus satelites periféricos europeus e cinturão de asteróides das Casas Grandes das colonias americanas e seus respectivos quintais sulamericanos e africanos e, do outro lado, as riquezas quase que imensuráveis dos paises periféricos, especislmente do Brasil. Querem o.nosso pré sal e vão tomá -lo, nem que custe o inferno de um povo outrora pacifico e acolhedor. Injetam dia e noite ódio, através de todos os instrumentos imaginaveis e passíveis como, por exemplo, o PIG, o celerado PIG e as novas seitas ditas evangélicas, em boa parte prenhes de intolerância e facciosismo instilados por nomes como Malafaias e semelhados,.seitas que foram direcionadas pela CIA para combater a.teologia.de libertação nos anos 70s.
De um lado o exército mais.poderoso do mundo e do outro um povo sem elite que preste, sem patriotismo, elite perversa, cruel e muito, muito venal e do tipo vira latas. Só um cataclisma planetário mudaria esta relação de poder tão nefasta. Queira Deus nao sejamos a Siria. Afinal o JS.tarja preta está aí para fazer o "servicinho" quase que indolor.
Vídeo sobre refugiados emociona Europa: https://youtu.be/82oXc5hv1Rc
Brito, e como está a Síria hoje?
Porque essa gente está sendo expulsa de lá? Que guerra é essa exatamente?
Quem esta falando sobre as causas da maré de refugiados sao apenas ogoverno russo e agora, o turco Erdogan. Porem este ultimo parece q tem probleminhas eleitorais, tanto que escolheu agora para atacar os curdos. Dos quais o principal grupo no iraque é A melhor defesa contra o ISIL.
Nao esta com deve anda.! Mais uns tres ou cinco milhoes de rrefugiados ali, e a UE talvez aprenda a nao ser titere, luluzinho e capacho todo o mundo sabe de quem.
Li que os EUA estão dando apoio à onda migratória. Junto com os refugiados, estão entrando os extremistas (calcula-se que mais de 6.000 jihadistas já entraram na Europa, misturados aos imigrantes), que logo logo irão desencadear atentados continente adentro. Simultaneamente, os EUA impôe á Grécia e Bulgária o fechamento do espaço aéreo aos aviões russos com ajuda humanitária à Síria, estimulando ainda mais o deslocamento de massas famintas. Agora, por quê os ianques fazem isso, desseminar o caos? Creio que é para depois fazerem o costumeiro papel de mocinhos, impondo suas soluções, como por ex, uma lei marcial mundial. Anotem.
Brito enviei comentario longo. Acho que o sistema recusou. Existe limite de texto?
Cada litro de gasolina barata vendido nos Estados Unidos, enaltecido pelos brasileiros desinformados, tem o sangue de homens, mulheres, crianças e anciões que estão sofrendo, morrendo e correndo da guerra, para que os americanos e seus aliados dominem tudo e obtenham regalias e conforto à custa da desgraça daqueles.
Como é grande a tristeza e revolta dos homens de bem ao se depararem esta realidade cruel.
:
.:. 19:13 Ouvindo A Voz do Bra*S*il e postando:
* * * * * * * * * * * * *
Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !
* * * * * * * * * * * * *
Me fez lembrar uma frase cristã: "O filho de Deus não tem uma pedra pra recostar a cabeça". Um povo acolhedor com todos que precisaram, agora lhe negam ajuda os responsáveis por seu desespero.
Francisco está certo: bem vindo a Terceira Grande Guerra!