A considerar a trinca de índices setoriais em queda, completada hoje com a queda de 1,2% – pior do que previam até os pessimistas – se somando às do comércio (-0,1%) e da indústria (-0,6%) o último trimestre de 2021 caminha para ser o terceiro seguido de retração da economia.
E autorizará parar chamar de estagnação a situação – tecnicamente já recessiva – da economia brasileira e assumir que entramos em um período de recessão para valer.
Não houve sinais de qualquer melhora em novembro, ao contrário. A inflação e queda da renda da população, neste mês ficam bem expressas no Índice de Confiança do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas baixou ao menor nível desde abril, quando estávamos na explosão do coronavirus. e, para dezembro, a Confederação Nacional do Comércio prevê vendas, em valor real, 2,6% menores que no Natal passado.
Tudo isso somado à ata dura do Banco Central, insinuando que o ciclo de alta dos juros vai ser mais forte e duradouro do que muitos previam caminha para nos dar um péssimo 2022, pelo menos no primeiro semestre.
Os dez centavos de redução no preço da gasolina – que serão dois ou três na bomba, se é que vão chegar lá – não ajudam em nada na contenção da inflação, mas o aumento esperado para o salário mínimo e a correção anual de preços e contatos tendo como parâmetro os mais de 10% de perda de valor registrados este ano vão, sim, manter o IPCA pressionado.
Com renda fixa tendo ganho bruto de 1% ou mais, dificil alguém investir, no longo prazo, em economia produtiva.