Acefalia da economia aumenta especulação e inflação

Como se adiantou ontem, aqui, o mercado financeiro abriu em polvorosa, com o dólar chegando a R$ 5, 67 (agora está em 5,65) e os futuros da Bovespa perderam a marca de 110 mil pontos.

É um tombo adicional ao de terça-feira, quando o impacto do auxílio de R$ 400 foi sentido pela turma do “risco fiscal” ou do “cortem tudo, menos os meus ganhos astronômicos”.

Não era inevitável, porque já fazia tempo que o auxílio de R$ 300 era dado como certo e o “teto de gastos” já havia virado ficção, com a proposta de “pedalada” nos precatórios que, na prática, é empurrar dívida para a frente.

O problema essencial é que estamos, desde o início deste governo, sem projeto econômico e, de uns meses para cá, sem sequer uma equipe a gerir a economia no Brasil.

Paulo Guedes, que vinha esvaziado e vivendo à sombra de uma demissão, agora está putrefeito, falando bobagens sobre um tal “reformismo popular” para classificar o populismo eleitoral improvisado do presidente.

O auxílio, absolutamente necessário, não tem nenhuma companhia de projetos estruturantes social ou economicamente e, demonstra uma análise muito detalhada de José Paulo Kupfer, no UOL, muito inferior, a não ser no valor temporariamente inflado, do Bolsa Família, pela falta de condicionantes e por uma confusa segmentação de benefícios, sem a descentralização que este programa trazia.

Seguimos assim, com programas que não se sabe como e quando serão implantados e o caos que estamos conhecendo melhor a cada final de mês.

 

Fernando Brito:
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