Traz a Folha ótima reportagem de Natuza Nery dando conta do rompimento entre Aécio Neves e o marqueteiro Renato Pereira.
O motivo é a divergência sobre a condução da comunicação da campanha.
Pereira, como qualquer publicitário razoavelmente esclarecido faria, quer falar para os que não necessariamente odeiam o governo Dilma e têm urticária ao ouvir o nome de Lula.
Aécio, pressionado pela necessidade de garantir, primeiro, ser o candidato da direita e não deixar que outros acabem de rei deste terreiro, foi largando a linha do “sujeito afável” para se converter num “Rambo”, como o incitava explicitamente um dos mais proeminentes porta-vozes da neodireita, Rodrigo Constantino, na Veja:
“Suba o tom, deixe claro que não apenas discorda do governo petista, mas abomina tudo aquilo que essa corja autoritária tem feito com nosso país.”
Este é um conceito que – permitam o julgamento de quem tem 40 anos de política – qualquer marqueteiro se arrepia ao ouvir.
Porque leva a campanha para o discurso do ódio, troca o diálogo pelo xingamento e a construção pela demolição.
Portanto, automaticamente, gera o temor – ou a revelação – de que este candidato que diz que “abomina tudo” vai desfazer também o que de bom foi feito.
E o povo brasileiro tem a perfeita clareza de que muito de bom ocorreu neste país, como há décadas e décadas não acontecia.
Aécio, quando finalmente tomou o lugar de Serra como candidato da direita, também tomou para si o papel de Serra.
Aliás, nem mesmo Serra, quando tentou em 2010 livrar-se deste papel, teve de nele ficar – seja pela sua natureza, seja pela natureza da elite que foi representar – e abandonar aquele discursinho de “O Brasil pode mais” com que começou sua jornada eleitoral.
Aécio, que não tem o physique du rôle vai penar neste papel.
Dificilmente conseguirá ser um José Serra.
Certamente não conseguira, assim, ser o Aécio Neves.
E, não sendo nem um nem outro, um forte candidato a ser apenas o PSDB, os 20 ou 30% de direita saudosa do neoliberalismo que
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Salda mista, temperada com oleo grosso do pre sal.
Dá nisto, Tucano coberto de oleo, inspirando compaixão.
Vamos tratar com eter e acetona, para retira o graxa.
ÉTER e ACETONA.....será que eles vão transformar estes
ingredientes em PÓ.
A graxa vai continuar, pois o dito cujo vai cheirar todo éter e a acetona.
Vamos lá galera! O novo hit da Internet! A música do senador cheirador! Vamos espalhar pela rede! Quem saber ela vire marchinha de carnaval: Sena Sena Senador / Quantas carreiras você cheirou / Não cheirei quase nenhuma / Porque o heliPÓptero não chegou!
Não resisti e fiz mais uma: Ô abre malas que eu quero voar! / Ô abre malas que eu quero voar! / Eu sou da boa não posso negar / Pro senador que cheira sem parar!
Renato,com certeza isso poderá ocorrer.E o pior, outros helicópteros podem surgir pelo Brasil afora.
Coitado desse marqueteiro. Pressionado deve ter dito a verdade, que o produto que teria que vender é que era muito ruim. Vender merda como perfume é difícil.
Feliz Natal sem neve(s)
Será ótimo o Aécio Never seguir aquele conselho: já imaginaram o grande número de votos que ele vai ter dizendo na TV, em plena campanha: Eu ABOMINO o Bolsa Familia; Eu ABOMINO o Mais Médicos; Eu ABOMINO o pleno emprego; Eu ABOMINO o Prouni. etc. etc.
Acho que ele ganha no primeiro turno. kkkkkkkkkkk.
Deu na Folha: Alckmin vai gastar mais de R$ 1 milhão por dia em propaganda
17 dez 2013/0 Comentários/ Blog do Zé /Por Equipe do Blog
As contas são do jornalão da Barão de Limeira, e a equipe do blog do ex-ministro Zé Dirceu, que o escreve nestes dias em que ele ainda aguarda autorização para voltar a escrevê-lo, apenas as reproduz: o governador tucano Geraldo Alckmin programa gastar por mês no ano que vem, quando tentará a reeleição, o dobro do que gastou mensalmente este ano em publicidade.
Para tanto, decidiu dobrar a verba de propaganda de R$ 16,1 milhões gasta por mês neste 2013 para 31,5 milhões/mês no ano que vem. Verba a ser gasta só no 1º semestre de 2014 , já que a legislação impede gasto com publicidade governamental no período de campanha eleitoral, no 2º semestre do ano. Confirmado o programado, Alckmin pretende gastar, assim, mais de R$ 1 milhão dia em propaganda no 1º semestre do ano que vem.
À Folha, o governo Alckmin deu uma explicação e justificativa esfarrapadas: o jornal estaria comparando “alhos com bugalhos”. A comparação deve ser feita com os demais anos eleitorais, justificou a subsecretaria de Comunicação de Alckmin. Para os leitores desse blog, a equipe que o faz nesses dias registra: R$ 1 milhão por dia em propaganda, convenhamos, é um escândalo… Como costuma dizer o colunista Ancelmo Gois, em sua coluna em O Globo, o pior é que é “o seu, o meu, o nosso dinheiro…”
Cada vez mais o tucanato mostra de que lado está.
Ele ficou assim nervoso depois do helicóptero.
Se coloque no seu lugar seu lugar e no Palácio da Liberdade e não numa presidência ou como candidato a Presidência da República se coloque no seu lugar que é melhor Aécio neves.