Aécio quer um “abutre” na Fazenda? Não? Devia ler O Globo, então

Por todas as (altas) rodas comenta-se que Armínio Fraga, o homem das medias impopulares, seria o Ministro da Fazenda de Aécio Neves.

Ainda bem que não será, porque o tucano não será eleito.

Mas, de qualquer forma, é bom que os brasileiros saibam nas garras de quem essa turma quer colocar a economia brasileira.

De alguém que, no mínimo, coopera com um banco internacional que especula com títulos públicos do nosso país.

Banco que opera um “fundo abutre”, semelhante as estes que, com a cooperação da Justiça dos Estados Unidos, está tentando quebrar a Argentina.

A acusação não é minha, ou de qualquer “blog sujo”.

É informação publicada pelo jornal O Globo no domingo, em seu caderno de economia.

“Grandes bancos estrangeiros como o Bank of America Merrill Lynch e Goldman Sachs também já operam nesse mercado, aqui, há algum tempo. Agora surgem mais competidores. A Gávea, criada pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga e hoje controlada pelo JP Morgan, juntou-se à Jus Finance para formar a Gávea Jus, especializada em comprar recebíveis judiciais, entre eles precatórios em que a Fazenda Pública foi condenada a pagar em dez anos.”

O esquema é simples e terrível. Comprar com deságio (desconto) forte sobre o valor e depois forçar o recebimento pelo valor de face, nem que seja levando o Estado à bancarrota, como na Argentina.

Pode-se argumentar que Fraga vendeu o controle da Gávea ao JP Morgan e não posso dizer se ainda conserva participação societária.

Mas participa da gestão da empresa, como está expressamente registrado no site da Gávea:

“Em novembro de 2010, a Gávea anunciou a venda de participação majoritária no seu capital para o J.P. Morgan Asset Management, braço global de gestão de recursos do J.P. Morgan Chase & Co. O processo de investimento que caracteriza a gestão de nossos fundos Multimercado e de Private Equity continua a ser conduzido por Arminio Fraga Neto, Luiz Henrique Fraga e equipes.”

O aeroporto do Aécio é vôo rasteiro.

O dos abutres é muito mais alto.

Fernando Brito:

View Comments (14)

  • Ótima informação que como diz a máxima "dize-me com quem andas e te direi quem és". Notícia que deve ser divulgada ao povo brasileiro no horário eleitoral para que tenham a exata noção do governo que desejamos nos próximos anos. Uma nação para o povo brasileiros ou um país para ser vendido no mercado financeiro, como vimos recentemente aquilo que ocorreu no nosso país a uma década atrás.

    • Ora ora ora esses caras não são brasileiros. Há muito que têm umas 10 nacionalidades e respectivos passaportes. Da mãe , do pai, da mulher com quem é casado da sogra do sogro etc... em resumo uma tremenda quadrilha de bandidos.

  • Fernando, alguns anos atrás correu a informação aqui no sul que o grupo Gavea comprou uns 30 % do grupo RBS. Mas será que o JP está mandando na RBS também? E o Lasier funcionário da RBS candidato ao senado pelo PDT aqui no RS. O Brizola lá de cima não deve estar gostando nada.

  • JAN/2010:"O governador Aécio Neves viajou para Cláudio no Centro-Oeste do Estado, cidade de origem de grande parte de sua família, para inaugurar uma subestação da Cemig que contou com investimentos de R$ 15,3 milhões, recursos do Programa Cresce Minas. A nova subestação irá dobrar a capacidade de fornecimento de energia da cidade e será importante para o crescimento do setor de gusa e de metalurgia.
    Estamos cumprindo compromissos. Essa subestação da Cemig era uma demanda muito antiga dos empresários e dos industriais da região. Cláudio é um pólo importante e era necessário que houvesse essa energia para que o setor de gusa e de metalurgia continuasse crescendo. Eles empregam muita gente e essa subestação permitirá não apenas que as atuais atividades continuem normalmente, mas também que outras empresas possam se instalar aqui”, destacou o governador.
    O vice-governador Antonio Anastasia, que acompanhou o governador na inauguração, destacou que os investimentos em Cláudio e no Centro-Oeste do Estado são fundamentais para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais devido à importância da indústria metalúrgica na economia mineira.
    Além da subestação, Aécio levou mais uma boa notícia aos seus conterrâneos de Cláudio ao anunciar a liberação de R$ 1 milhão, em convênio com a prefeitura, para a construção de um centro cultural, atendendo a uma antiga reivindicação da população do município."

    • Nossa!! O que há de mérito extraordinário o fato dele ter inaugurado uma subestação? Aqui ninguém está dizendo que a gestão de Aécio (apesar de que sabemos que quem governa Minas não e o Aécio, pois este está sempre no Rio de Janeiro) não faz nenhum obra, o que estamos mostrando é que na maioria das vezes os seus investimentos são para benefício de poucos. E como ele nunca está presente em Minas, pelo menos não vir a inauguração de uma obra já seria demais.

  • Fernando Brito, mas vc errou num ponto. Aécio não colocará somente um abutre, ele também é um abutre e daqueles dos tempos do Coronelismo.

  • Me sinto envergonhado de ver um candidato à presidência com um histórico tão controverso. Envergonhado de ver o estado de Minas Gerais tomado por uma postura de censura ditatorial. Espero que as máscaras caiam e que o Brasil continue no rumo certo, o da sua soberania.

  • "para formar a Gávea Jus, especializada em comprar recebíveis judiciais, entre eles precatórios em que a Fazenda Pública foi condenada a pagar em dez anos"....

    Esta "tecnologia" já existe (ou foi criada) aqui há muito tempo:

    "A CPI dos Títulos Públicos, também conhecida como CPI dos Precatórios foi uma comissão parlamentar do Senado que investigou durante noventa dias, no transcorrer de 1997, irregularidades relacionadas à autorização, emissão e negociação de títulos públicos, estaduais e municipais, nos exercícios de 1995 e 1996, dos governos de Alagoas, Pernambuco e Santa Catarina e de prefeituras como São Paulo, Campinas e Osasco. O principal foco das apurações acabou recaindo sobre a emissão de títulos públicos destinados a saldar precatórios judiciais.

    O esquema consistia em simular dívidas judiciais para emitir títulos públicos, para o pagamento de outras contas, não decorrentes das condenações judiciais. Além disso, os processos eram feitos sem licitação, e intermediadas por instituições financeiras, que depois adquiriam os títulos com deságio, ou seja, muito abaixo do valor de mercado. Destre as instituições estavam as financeiras Vetor, Split, Paper, e o Banco Bradesco, destinatário de 76,5% dos títulos emitidos, somente pelo governo de Pernambuco, e que teve um de seus diretores, Katsumi Kihara, denunciado pelo Ministério Público Federal. O Banco recebeu, na íntegra, os R$ 480 milhões do valor de face.

    O esquema foi batizado “caminho da felicidade” e a venda de títulos pelos governos a instituições financeiras e suas sucessivas renegociações no mercado, foram marcadas por outra série de irregularidades. Essa ia da formação de vasto esquema de fraudes e “lavagem de dinheiro” aos de induzimento à especulação e estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, e envolveram pessoas físicas e empresas, entre as quais, bancos oficiais e particulares, empresas fantasmas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores, assessorias empresariais, pessoas usadas com “laranjas”, e também “doleiros”.

    A Fazenda Pública, na época, foi saqueada no montante aproximado de três bilhões de dólares." conforme wikipedia.

  • É para esse BURACO NEGRO que o PSDB quer levar a economia brasileira?

  • Sem contar que ele era o hitman do George Soros na época do ataque especulativo a moeda da Tailândia , ataque esse que causou uma séria crise econômica que afetou todos os países emergentes, Brasil inclusive, lá pelo final da década de 90.

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