Desde agosto, este Tijolaço diz que Geraldo Alckmin, neste caso do “trensalão”, comporta-se como um Tartufo.
Sua suposta indignação é de uma hipocrisia tão gritante que nem mesmo quem o apóia, sobretudo a mídia amiga, pode deixar de ver.
A manchete da Folha de hoje é apenas a confirmação disso.
Alckmin diz que exige uma apuração rápida do caso das propinas do cartel Siemens-Alston.
E manda a base parlamentar que controla na Assembléia de São Paulo “abafar” o caso.
O “probleminha” que tem, entretanto, é que estamos às vésperas de um processo eleitoral.
E, ironicamente, parece estar mais próxima a contaminação da campanha eleitoral em São Paulo pelo escândalo do “trensalão” do que a tentativa de fazê-lo com o chamado “mensalão” e a campanha nacional, apesar dos anos a fio em que a mídia tenta usa-lo contra projeto que Lula passou a representar.
Mal ou bem, com atropelos, manipulações e injustiças, este foi investigado, julgado e punido.
O caso dos trens paulistas, maior e mais antigo, só conseguiu isso na Suíça, vejam só.
Bela situação para quem diz que pretende “restaurar a moralidade” no país, não é?
E se Alckmin terá de cuidar para não naufragar em seu próprio cinismo neste caso, como fará para carregar o fardo de fazer São Paulo sustentar Aécio Neves?
Ao contrário, é ele, Alckmin, quem passa a exigir do mineiro solidariedade – e o desgaste de ter de marcar com isso sua campanha – no caso do “trensalão”.
Pistas disso já foram dadas quando Aécio se prestou ao papel ridículo de fazer escândalo sobre um documento “falso” que, afinal, foi confirmado, com todos os bois devidamente nominados, pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.
Rapidamente, o mineiro teve se “sumir” com o assunto constrangedor.
À medida em que a campanha de Alckmin vá sofrendo a inevitável deterioração – talvez não o suficiente para que perca a eleição em São Paulo, mas certamente o bastante para abalar seu favoritismo absoluto, o governador paulista vai exigir mais e mais adesão de Aécio ao tema.
Para gosto e satisfação de Serra, que não esconde seu rancor de ambos.
Por isso é que Alckmin trata Eduardo Campos com tantos salamaleques, não pela força do PSB em São Paulo.
Sua carreira, construída à sombra da nulidade que lhe valeu o apelido de “picolé de chuchu”, estará, pela primeira vez, no centro da polêmica.
E ameaçando sair dos trilhos, arrastando consigo os que contam, como Aécio – e Campos, que espera a vaga – com São Paulo como locomotiva de suas candidaturas presidenciais.
View Comments (5)
Em Minas há o Novo Jornal (http://www.novojornal.com/minas/noticia/o-abraco-de-afogados-quem-conhece-sabe-que-e-o-inicio-do-fim-20-12-2013.html), único que mostra a verdade sobre os desmandos do presidenciável Aócio Never.
Como se diz aqui no Rio: "tá dominado, tá tudo dominado"! Quando se trata de São Paulo, PSDB e quejandos, não tem erro. O que mais ocorre é mesmo o "abafa", a falsa indignação, o moralismo hipócrita, a denúncia vazia contra os adversários. Enfim, acho que em 2014 teremos é mais do mesmo! Haja estômago!
Pode crer!
[ALENTO DE NATAL!]
Blindagem tucana a Alckmin e Serra não resiste a um sopro da POLÍCIA FEDERAL
23/12/2013 13:15
Por Redação - de São Paulo
São Paulo
Governador do Estado de São Paulo, Alckmin tenta evitar uma CPI sobre o propinoduto tucano
A base aliada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na Assembleia Legislativa de São Paulo, conseguiu uma ‘vitória de Pirro’, quando o custo político de uma vitória é maior do que o de uma derrota, ao barrar o escândalo da formação de cartel em contratos de trem e metrô em governos tucanos desde Mario Covas (1998) na Assembleia Legislativa paulista. Para as cameras, Alckmin pediu “rapidez” e “seriedade” nas investigações sobre o esquema de cartel mas seu gabinete determinou que o assunto fosse enterrado na Alesp.
Se a abertura da CPI do caso não obteve adesão suficiente de deputados, na Polícia Federal (PF) a investigação segue seu trâmite inabalável. Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o propinoduto estabelecido entre empresas nos contratos do Metrô paulista e beneficiários ligados às altas esferas políticas dos governos tucanos. As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até a manhã desta segunda-feira, a atual proposta contava com 26 adesões.
Além disso, dos 28 requerimentos da oposição para convocar autoridades e envolvidos no esquema, apenas três foram ouvidos pelos deputados. São eles: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira. Integrantes de proa da administração tucana, como os presidentes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Carvalho, da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) não responderam à convocação.
A comissão ainda não acatou o pedido para ouvir um dos delatores do esquema, Everton Rheinheimer. Ele acusa três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Anibal – de receber propina do esquema. Além disso, envolveu o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB). Outro nome vetado foi o de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça.
Investigação na PF
Enquanto a apuração quanto ao propinoduto tucano se arrasta no Legislativo paulista, a Polícia Federal está cada vez mais perto de desvendar o esquema de desvio de recursos do metrô de São Paulo, usado para abastecer o caixa de campanhas políticas do PSDB em São Paulo.
De acordo com a PF, Alstom, Siemens, Bombardier e Tejofran teriam repassado esses valores para empresas ligadas aos irmãos Fagali, arrecadadores de campanha do PSDB, a Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil de Mário Covas, e Romeu Pinto Jr., outro empresário ligado aos tucanos. Um dos alvos principais da investigação é a consultoria MCA, de Pinto Jr., que recebeu R$ 45,7 milhões da Alstom, em recursos depositados no Brasil e na Suíça. Depois disso, o dinheiro ou foi sacado em espécie ou movimentado por doleiros, sem que se possa determinar o destino. Outras consultorias investigadas são a ENV e a Acqua-Lux.
Outra empresa citada no cartel, a Tejofran, que despontou durante o governo Mario Covas, pagou R$ 1,5 milhão à consultoria BJG, que era controlada pelo ex-secretário estadual de transportes, José Fagali Neto. Próximo a José Serra, ele é investigado desde 2008, quando foram descobertos pagamentos de US$ 6,5 milhões na Suíça – os recursos estão bloqueados por determinação judicial.
O advogado Belisário dos Santos Jr., que defende Fagali Neto, argumenta que ele poderá comprovar que prestou serviços de consultoria.
FONTE: http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/blindagem-tucana-a-alckmin-e-serra-nao-resiste-a-um-sopro-da-pf/672472/
É IMPRESSIONANTE A INCAPACIDADE PRODUTIVA E INTELECTUAL DE AÉCIO, ELAS SERÃO LENDÁRIAS NA POLÍTICA BRASILEIRA. A ÚNICA COISA QUE ELE SABE FAZER É RELER OS DICURSOS ENTREGUISTAS E DA PRIVATARIA DE FHC E SERRA.