Alckmin vai tirar água da lama, diz presidente da ANA. E Alckmin ataca…a ONU!

O presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, finalmente disse com todas as letras o que deveria estar sendo dito faz tempo.

Em uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, Andreu afirmou que a parcela da segunda cota do volume morto garantirá água até março de 2015. Segundo ele, não é possível retirar uma terceira cota da reserva técnica.”Eu acredito que tecnicamente será inviável. Do ponto de vista ambiental, essa água terá problema. Se a crise se acentuar é bom que a população saiba que não haverá alternativa a não ser ir no lodo [captar água] “, afirmou Andreu.

“É a pré-tragédia”, disse ele, sobre a retirada da tal segunda cota do volume morto.

A situação é dramática e até um leigo como eu está afirmando isso desde fevereiro deste ano.

Todos eles, a começar pelo Governador Geraldo Alckmin e todos os dirigentes da Sabesp.

Mentiram ao povo de São Paulo e continuam mentindo, porque já estão usando a segunda cota do volume morto por falta de fluxo suficiente no “restinho” da primeira cota (20 bilhões de litros, ou 13 dias de consumo) da Represa do Jacareí para que as bombas trabalhem e toda a sua capacidade. Explico: elas, montadas sobre flutuantes, ficam perto demais do lodo e não podem operar a pleno.

Hoje, estão bombeando água abaixo do limite autorizado do Atibainha e já tiraram dali quase cinco bilhões de litros.

O presidente da ANA diz que quando flagraram que o reservatório estava abaixo do limite autorizado, a Sabesp tomou providências.

Sabe quais? Tirou as réguas de medição!

De ontem para hoje, a represa baixou 10 centímetros para render menos que um dia de consumo, 1,3 bilhão de litro, como ela é estreita, esse nível caírá cada vez mais rápido, como ocorre com um cone invertido.

Tudo é falso, inclusive as estatísticas, que a Sabesp tira e bota na rede para fazer seus arranjos.

Dizem que tem 3,3% do volume ainda.

É porque calculam sem o “volume morto” que já usaram.

As represas, com o volume útil, normal, mais o volume morto somam uma capacidade de 1.164 bilhões de litros, somando o reservatório que não é do Cantareira, mas por onde passam suas águas, o Paiva Castro, miudinho.

Somando tudo, há 33,6 bilhões de litros.

2,89%, arredondando para cima os 2,886%.

Falta água, mas sobra hipocrisia.

Aécio Neves critica Dilma pela falta d’água de Alckmin.

Alckmin, mais alucinado, ataca a ONU por ter apontado suas responsabilidades nisso.

São Paulo está nas mãos de irresponsáveis e de bandidos, não há outra palavra para definir.

 

Fernando Brito:

View Comments (39)

  • Dilma poderia ensinar o alckmin a dança da chuva, já que ele descendente direto de Sao Pedro e pode manda no tempo.

  • Brito, você foi perfeito ao dizer que "São Paulo está nas mãos de irresponsáveis e de bandidos". Sem mais comentários.

      • Resta saber quais tucanos vestirão a carapuça de bandido. Acho que ninguém, o que vai ter é muito tucano bandido se dizendo irresponsável.
        .
        Mas é assim mesmo que os tucanos agem. Usaram até o talo as reservas de energia para entregar o sistema elétrico nacional e assim provocaram o apagão. Agora usam até o talo as reservas de água de São Paulo, para entregar bilhões de dólares aos investidores em New York.
        .
        E é bom dar o próximo alerta ao povo brasileiro: AÉCIO DESMONTARÁ ESTOQUE DE RESERVAS CAMBIAIS DO BRASIL, se eleito (toc toc toc).
        .
        Para que tanta reserva? O negócio deles é criar instabilidade para aplicar juro na veia.
        .
        Se duvida, leia "O que Armínio Fraga quer fazer com nossas reservas cambiais", artigo publicado no Viomundo, em 20 de outubro de 2014 às 18:30, em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/arminio.htm
        .
        Uma denúncia gravíssima que o nosso Fernando Brito certamente irá tratar também aqui no Tijolaço.

    • Com um MP que não aje e um Pig que omite a verdade, o paulistano vai ter que aprender a beber urina, enquanto vota em psdb e nutre ódio pelo PT.

  • Fernando, eu quero agravar esta situação.
    Penso, que se entra água limpa por um sistema,
    a água que sai deve ter volume maior devido o
    que ela arrasta, por exemplo, sabão, fezes, oleo,
    e outros..
    Agora, não entra água como sai as fezes do sistema.
    Isto não poderia ocorrer em um surto de doenças..
    Pois é como se estivesse a céu aberto, para onde vai
    tudo isto que é feito em São Paulo..
    Ou melhor, como esta ocorrendo no Tratamento de Esgoto
    de São Paulo, as concentraçõe sdevem ser altas e conse-
    quentemente os gastos com o tratamento enormes..
    ( conheco um pouquinho).
    Quer saber como esta o sistema, veja o esgoto...

    • Renato, essa questão do ESGOTO é uma das mais sérias e passa meio batido diante do tema principal.
      Por exemplo, tem sido alertado por técnicos da área que, com a diminuir a pressão na rede de distribuição de água, a tendencia é que haja INFILTRAÇÃO de ESGOTO nessa rede, pois existem VAZAMENTOS não controlados nas duas redes.
      Alterativas de utilização de poços também é outro problema pois eles também poderão ser contaminados por ESGOTOS.
      Resumindo, estamos diante de uma situação GRAVÍSSIMA para a SAÚDE PÚBLICA, provocada pela irresponsabilidade do Sr.Alkmim.

  • Esse que é o partido do planejamento,eficiência,desenvolvimentista?

    Voltando a falar de coisa séria(me refiro ao meu comentário) já que o PSDB latindo é a mesma coisa,os blogueiros e os apoiadores da Presidente Dilma tem que começar(já deveria) uma campanha de orientação para mostrar os maravilhosos benefícios que o Sudeste teve nesses doze anos de lula e Dilma com o ressuscitamento do Nordeste,gerando muito mais lucros e empregos para São Paulo ,Rio de Janeiro e Minas Gerais,por exemplo,já que com certeza São Paulo da garoa vendeu e venderá muitos Volkswagen para esse novo Nordeste do Brasil brasileiro.

    Norte e Nordeste forte,São Paulo,Rio de janeiro e Minas Gerais beneficiadíssimos também.

    Não estou nem me referindo aos grandes avanços sociais e investimentos feitos por Lula e Dilma na região Sudeste,como por exemplo o RJ e MG onde se olha tem obra do Governo Federal.

  • Vamos pra rua!!! O que o picolé de chuchu fez foi um estelionato eleitoral. Não podemos aceitar isso passivamente.

  • A uma semana do racionamento de água
    Por Nabil Bonduki, na revista CartaCapital:

    Com quase nove meses de atraso, o governo Alckmin e a Sabesp não poderão mais fugir do racionamento de água em São Paulo. É inevitável: o governador está apenas esperando passar o 2º turno da eleição presidencial para tomar uma medida que deveria ter sido decretada em fevereiro deste ano, quando ficou evidente que não haveria água suficiente nos reservatórios para manter o atendimento normal à população paulistana e ainda havia tempo para prevenir uma situação que se configurava catastrófica.

    Embora a presidente da Sabesp, Dilma Pena, tenha afirmado, em depoimento à CPI da Câmara Municipal, que foi técnica a decisão de não adotar o racionamento – ao contrário do que propunha relatórios da própria empresa, que recomendaram a medida em janeiro deste ano – o governador, de forma irresponsável, empurrou o problema com a barriga para, primeiro, garantir sua reeleição e, em seguida, não prejudicar a campanha de seu candidato à presidente.

    As consequências desse verdadeiro “estelionato eleitoral” serão ainda muito mais graves para a população de São Paulo. Para manter o atendimento normal, o que não era mais possível frente à forte seca que estamos vivendo, o governo Alckmin resolveu estressar todos os recursos hídricos que abastecem a região metropolitana até secar os reservatórios, o que torna sua recuperação muito mais lenta e, portanto, prolongará a crise. E, ainda, promoveu cortes de água sem informar previamente à população, o que significa descumprimento da lei e do contrato de concessão entre o município e o estado.

    Para além da forte estiagem que atinge o estado, a gravidade da crise da água é resultante de decisões conjunturais orientadas pelo quadro eleitoral e pelo modelo de gestão adotado pelo PSDB na área de saneamento, o que transformou a Sabesp em uma empresa cuja rentabilidade e dividendos cresce com o consumo de água, em especial no município de São Paulo, que contribui com 52% do faturamento total da empresa. Como a empresa vive da venda de água, ela nunca se empenhou verdadeiramente em promover o uso sustentável e racional desse recurso escasso. A cultura do desperdício foi estimulada, como se houvesse fartura.

    Assim, desde 2010, a Sabesp retira do Cantareira mais do que é reposto. Em 2013, o nível do sistema baixou continuamente: em janeiro de 2013, estava com 52,3%; um ano depois estava com 22,2%. A falta de chuvas no verão de 2014 acendeu a luz vermelha: a água iria acabar!

    Ao invés de planejar, com participação da sociedade, um racionamento socialmente justo e eficiente, e de informar previamente à população, para reduzir o consumo e se preparar para enfrentar as dificuldades futuras, Alckmin manteve uma gestão temerária dos recursos hídricos, objetivando não descontentar os eleitores.

    Assim, gastou-se com normalidade a pouca água que se dispunha, deixando o problema estourar mais adiante, quando a eleição estivesse ganha. A única medida tomada para reduzir o consumo foi criar um bônus para dar descontos a quem economizasse mais de 20% do consumo histórico. Descartou-se o racionamento e a penalização para quem consumisse acima da média. O resultado foi irrisório: uma redução de consumo de apenas 5%. Chocante foi o fato de que, durante a crise, um em cada quatro “clientes” da Sabesp aumentou o consumo.

    As demais medidas para manter o atendimento “normal” estão levando ao colapso os principais sistemas que abastecem a RMSP, em um efeito dominó. O Alto Tietê e o Guarapiranga passaram a atender regiões antes abastecidas pelo Cantareira, que teve sua vazão reduzida. Ainda assim, em maio de 2014, o nível do Cantareira atingiu 5% e o governo do Estado começou a retirar água do seu volume morto, que não deveria ser utilizado salvo em situações emergenciais; e em novembro, essa reserva estará esgotada. O Alto Tietê está abaixo de 10% de sua capacidade e o Guarapiranga – que não está afetado pela seca – atingiu 45,8%, tendo perdido 11,5% de sua capacidade nos últimos quarenta dias.

    O governo irá utilizar o 2º volume morto do Cantareira. Não existe outra solução para garantir o abastecimento, a cada dia mais precário. É o fim do fim dos recursos hídricos da região. Por sorte, as eleições ocorrerão em uma semana e o governo poderá tomar as medidas que deveriam ter sido tomadas há nove meses.

    Com essa gestão temerária, tudo indica que em 2015 a situação será ainda mais grave do em 2014. Com as represas vazias, mesmo que as chuvas de verão ocorram nos níveis históricos, a recuperação das represas será lenta e chegaremos ao início do período seco em situação muito pior do que estávamos no ano passado. Os índices de chuvas de setembro e outubro, no entanto, ficaram muito abaixo da média histórica, o que mostra que poderemos ter um verão mais seco do que o normal. Nesse caso, estaremos perto de uma tragédia sanitária e econômica, cuja responsabilidade será de Alckmin.

    Desconhecendo os efeitos imprevisíveis das mudanças climáticas, o governo acreditou que a crise seria passageira. Para justificar, a presidente da Sabesp afirmou que outra seca como essa somente vai ocorrer, estatisticamente, daqui a 3378 anos! Não é o que estamos vendo. Foi com argumentos como esse e, sobretudo pensando em ganhar eleições iludindo a população, que o governo Alckmin “planejou” enfrentar a crise hídrica. E agora?

    * Nabil Bonduki, arquiteto e urbanista, é professor titular de planejamento urbano no FAU-USP. É vereador, relator do Plano Diretor Estratégico e membro da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo. Foi Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.

    • Devemos começar a fazer pressão sobre três pontos:

      1 - Impeachment do governador por irresponsabilidade no exercício do cargo;

      2 - Cassação da concessão que tem a SABESP para captar e distribuir água.

      3 - Intervenção federal nessa área em São Paulo.

      Acredito que sejam medidas justas que um governador cínico merece.

      Quem são os acionistas da SABESP no exterior?

      Posso estar errado, mas são brasileiros amigos dos poderosos tucanos de São Paulo que tem contas no exterior.
      Ninguém ficou sabendo da venda destas ações e por que vendê-las na Bolsa de NY?
      O Serra era mais descarado, vendia aqui mesmo.

  • Penso que o Prefeito Fernando Haddad requeira, tão logo se encerrem as apurações do segundo turno, a intervenção federal em São Paulo. É preciso por um fim a tanta irresponsabilidade como a que, há meses, estamos vendo em São Paulo. É evidente que com o clima de histeria antipetista criado e mantido n o país pelos órgãos de comunicação era impossível ao governo da Presidenta Dilma tomar uma tal atitude num ano eleitoral. Passado o dia da votação, entretanto, Haddad não esperar nem um dia sequer para tomar a iniciativa esperada por uma população cada vez mais assustada com a falta de água.

  • Qual a saída quando a água acabar de todo? Uma cidade tão grande como São Paulo vai entrar num caos!

    • As manifestações de Junho de 2013 parecerão BRINCADEIRA DE CRIANÇA diante do CAOS que se aproxima - pode anotar!

  • O programa de TV da Dilma tem que falar sobre essa tragédia e esse estelionato!!! Não é possível esses dois bandidos desse partido bandido continuar a enganar as pessoas e nós, com tempo de TV, não tomarmos providências!

  • Vocês querem apostar que vamos começar a encontrar dificuldade em encontrar quem votou no Alkimin?

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