Não tenho a menor simpatia pela Beija-Flor, ao contrário.
Nem pelo Teodoro Obiang, ditador da Guiné Equatorial, que “descobriram” agora e que querem jogar na história de corrupção das empreiteiras – que não dá um livro, dá uma coleção – também recém-descoberta.
Obiango é um ditador? É. Uma das muitas ditaduras praticadas na África, com a ajuda do Ocidente, desde que faça-lhe bons negócios.
Pois se os amigos da CBN, que deu ontem a “barriga” fenomenal de jurar que o “ômi” estava no Sambódromo, quando estava em Camarões, forem ao “basicão” da Wikipédia, lerão lá, sobre a a história da Guiné Equatorial:
Em 1493, dom João II de Portugal proclamou-se juntamente com o resto dos seus títulos reais como Senhor de Guiné e o primeiro Senhor de Corisco. Os Portugueses colonizaram as ilhas de Bioko, Ano Bom e Corisco e em 1494, e converteram-nas em postos para o tráfico de escravos.(…) Portugal vendeu mão de obra escrava a partir de Corisco com contratos especiais à França (a qual contratou até 49 000 guineenses escravos), à Espanha e à Inglaterra em 1713 e 1753, sendo os principais colaboradores neste comércio os Bengas, que tinham boas relações com as autoridades coloniais europeias (as quais, por sua vez, não intervinham na política interna do país, o que sem dúvida ajudava).
Nem vou falar que lá há, hoje, outra riqueza negra, como eram os escravos: petróleo. E que por isso tentaram derrubar o senhor Obiang, em 2004, num golpe liderado por mercenários financiados por ingleses, entre eles o filho da finada “Dama de Ferro” Margareth Tatcher, “Sir” Mark, que foi preso por isso.
Um beleza, não é? Como somos bons em dar lições de moral aos outros sem cantar nossas próprias culpas, não é?
Mas deixa o Obiang para lá, que ditadores no mundo não faltam e estes são “bons” ou “maus” de acordo com interesses nada humanitários.
Vamos falar dos “donos” do Carnaval carioca, os bicheiros.
A Globo tem nojo desta ralé, não é? Embora seu principal executivo durante décadas, o Boni, fosse amicíssimo de Castor de Andrade (desfilou como sósia dele na Grande Rio, em 2010) e Anísio Abrãao, que, aliás, comprou o apartamento triplex que pertenceu ao Dr. Roberto Marinho.
Será que o pessoal da CBN, hoje tão cheio de pureza moralista sabe que, antes de transmitir em 860 khz, a CBN nasceu na frequência de 1180 khz, da extinta Rádio Eldorado, uma das compradas por Marinho? Aliás, era a frequência antiga da própria Rádio Globo, esta…
E que a rádio Eldorado – do Sistema Globo, já – transmitir, todos os dias o resultado do jogo do bicho, que normalmente era colado em papeluchos nas paredes e nos postes, obrigando o apostador a ir a rua para sabê-lo.
Vou deixar que quem conte esta história seja Leonel Brizola, num de seus tijolaços, no dia 21 de abril de 1994, quando o jornal fazia escândalo com uma lista apreendida na fortaleza de Castor, que me é trazido pela implacável memória de meu amigo Ápio Gomes:
“(…)A Rádio Eldorado do Rio (agora, transformada em CBN), empresa do Sistema Globo de Rádio, propriedade de Roberto Marinho, consta na lista como beneficiária, durante dois anos, todos os meses, de recebimento de dezenas de milhares de dólares de propina de Castor de Andrade. Nos anos de 90, 91 e 92, a cada mês, esses alegados registros da contravenção, demonstram que a rádio de Roberto Marinho recebia uma mesada do bicheiro, certamente como paga pela divulgação diária que a Rádio Globo faz dos resultados do bicho. Querem ligação maior do que essa, a do dono de uma rádio que funciona como central de divulgação do bicho? Agora compreendo por que, numa das raras entrevistas que dei à Rádio Globo, tiveram a ousadia de interromper o programa, sob os meus mais indignados protestos, para fornecer os resultados da extração dos contraventores. Aí está não uma simples menção a um nome, mas uma ligação concreta, por anos a fio, na qual correspondiam a serviços da rádio de Marinho, ao pagamento que vinha do bicho.
Vejam bem, não estamos mais falando dos espaços generosos que os bicheiros tinham na Globo, até mesmo para questionar, em rede nacional, decisões do Judiciário, como ocorreu com o próprio Castor. Não estamos falando da íntima amizade que liga o contraventor ao braço direito e principal executivo da Globo, Sr. Boni. Não estamos falando dos privilégios e intimidade que a Globo e os bicheiros concediam-se mutuamente nas negociações para a transmissão do Carnaval na Passarela, nem da sua associação para sabotar aquela obra do meu Governo. Estamos falando de um fato concreto, de um concessionário de um serviço público, que não recebeu um canal de rádio, que pertence a toda a população, para fazer negócios com a contravenção, num abuso inominável, que em qualquer país do mundo significaria, imediatamente, a cassação do privilégio que recebeu do Poder Público para informar, educar e entreter a comunidade e não para fazer a apologia da contravenção. E não se diga que o Sr. Marinho de nada sabia: o pagamento mensal durou, pelo menos, dois anos, e as transmissões do bicho eram diárias e só foram suspensas há poucos dias, depois que estourou esse escândalo. Era o comunicador da contravenção, o empresário-bicheiro, que transformou a sua rádio num poste de rua para afixação dos boletins do bicho. “
Então, os coleguinhas que estão embriagados com esse papel em que tolamente se colocam de virgens de bordel, dando lições de moral – logo onde! – sobre o Carnaval, cuidado. Em matéria de Carnaval, jogo do bicho, ditaduras e dinheiro, tem muito bububu no bobobó da Globo…
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Brito, parabéns (mais um) pelo post. Era mais ou menos sobre isso que iria comentar/citar no outro post sobre o carnaval e acabou entrando "boi na linha" vindo me atacar com aquelas idiotices de "Holanda" e afins pra se referir a Pernambuco. Acabei me exaltando e respondendo de forma não muito "delicada" e a discussão acabou, obviamente, morrendo por conta de um troll.
Eu comentei no outro post, ou iria completar, que o carnaval do Rio é o caos que é, ou virou, justamente pela mercantilização e faltou citar o envolvimento do crime organizado (bicheiros) na coisa usando essas escolas pra lavagem de dinheiro e outros ilícitos, tudo com conivência explícita, aberta, da Globo, que filmava tranquilamente, pra quem quisesse ver, todos esses bicheiros (bandidos) dando ares a eles de "lordes", como na atual novela do plim-plim (que não assisto, mas sei do que passa pois sai em portal de notícia ou o povo comenta) que há uma ode a um bicheiro na mesma, sem qualquer "crise de consciência" da Globo.
Esta organização lesa-pátria (a Globo) que metralha, bombardeia a Petrobras pra especuladores e pra privatizar a mesma dando aos norteamericanos, não tem escrúpulos ou vergonha em exaltar bicheiros (criminosos).
Se não fosse pela questão clubista (pois sei que quando se mete futebol no meio a paixão cega as pessoas e o assunto relevante fica de lado), eu citaria a briga de 1987 do campeonato brasileiro e o jogo, quase tragédia, que rolou na Ilha na época com o Bangu e a atuação do bandido Castor de Andrade que só não saiu num caixão do estádio porque o Bangu perdeu. Curioso que a Globo jamais mencionou esses fatos, como outros que não vou adentrar porque algum torcedor de outro clube vai desviar a discussão pra coisas menores sem querer saber dos bastidores (mais imundos) que esta emissora fez e que a partir daquele ano passou a ser odiada em Pernambuco, em que pese PE, ao lado de Minas e SP serem os únicos estados com filiais diretas da Globo (Roberto Marinho, a raposa, sempre soube desse lado belicoso de PE e sempre tentou domar as feras, só que nunca conseguiu, colocando inclusive o nome da filial de Nordeste em vez do nome do Estado, pra atacar nossa identidade, toda raposa política no Brasil conhece esses fatos e são conhecedores de história, coisa que bato sempre na esquerda de que a mesma precisa conhecer a história do país pra contra-atacar a direita).
O que citei no outro post é que este mercantilismo, banditismo, destruíram o carnaval do Rio. Não vou citar a questão dos blocos pois isso ocorre de uns anos pra cá, como reação, pois as escolas (já vi imagens e fotos) desfilavam no meio do povo e era, sempre foi, símbolo do carnaval do Rio e virou isso aí, uma horda de bicheiros lavando dinheiro no carnaval e uma emissora de TV usando o evento pra lucro fácil mesmo pasteurizando o mesmo.
A Globo falar de ditador da Guiné Equatorial tendo sempre protegido bicheiros (bandidos da pior espécie, mafiosos) e exibindo os mesmos na tela, num festival de promiscuidade da pior espécie, soa escárnio mesmo. Post muito pertinente e feliz. Essas rameiras da Globo deveriam calar a boca e pedir desculpas à população por todos os crimes cometidos até hoje, um dia ainda verei isso.
Mas pra finalizar, o que disse no outro post é que, a duras penas, Pernambuco sempre resistiu a esta intromissão nojenta/bandida da Globo (a quem pensa que é fácil resistir, não é), o que causa ódio pesado dessa emissora bandida e dos comparsas dela ao estado, pois sempre tentaram fazer a mesma coisa em PE e não conseguiram e isso sempre foi motivo de orgulho. Mas prestem também atenção aos blocos, a Globo tentará pasteurizar (dominar) aquilo também pois já viram o "potencial" ($$$$) que aquilo pode dar com marcas de cerveja etc, tirando o caráter popular da coisa.
Espero que não apareça aquele troll idiota citando a idiotice da Holanda de novo, se o cidadão soubesse o quanto é ofensivo idolatrar invasor, ele nem teria citado aquilo. Invasor é e sempre será invasor, o culto que existe em PE é a Nassau e não a holandeses, apesar de um bando de idiotas de uns tempos pra cá, influenciados pela mídia (como sempre) andarem idolatrando holandeses por ignorarem a história do estado. Na letra do hino de PE tem um trecho bem explicativo do que eu digo, sobre o banho de sangue que fizemos contra os holandeses, é a letra de hino mais "sanguinária" (no bom sentido) do Brasil, e modéstia à parte, o hino é bonito e voltou a ser tocado e cantado pelo povo.
Eu ia tb citar, mas o comentário tá bem grande (de novo), que triste história do sambódromo, o mesmo que foi feito por Leonel Brizola pra dar uma estrutura decente as escolas e fazer os CIEPS, se subverteu em local de exploração desta emissora criminosa. É incrível a capacidade da Globo em promiscuir tudo que toca.
E os CIEPS, obviamente, foram pelo ralo. É esta a ideia de país/nação que esse lixo midiático tem pro Brasil. Que a Dilma pare de paralisia e de se esconder como tatu e entenda que a situação é crítica (vide os ataques na Argentina e Venezuela), o ataque à Petrobras é algo coordenado com Washington, não é um ataque aleatório apenas da Globo. Que ela corte as verbas dessa emissora criminosa o quanto antes, antes que seja tarde (depois ela vai querer fazer e pode não conseguir).
Comprovar que a Globo convive, se alimenta e promove a corrupção é semelhante a comprovar que a Terra é redonda ou que o céu é azul. O problema é que ela faz a "cabeça" de milhões de brasileiros devido ao seu oligopólio de comunicação - o que já é uma contravenção que não é permitido em outros países-. Sem uma lei de imprensa, estaremos sujeitos a destruição do Brasil como nação para servir a interesses financeiros.
Fernando Brito.
Que tal iniciar uma campanha em todos os "blogs sujos" para pagar a injusta condenação de Miguel do Rosário? Só divulgar a conta para doações já valeria.
A única coisa que a rede Globo e seus associados não conhecem é dinheiro honesto.
Tá na mão...
É POR ISSO QUE A GLOBO TEM QUE MUDAR DE NOME,SERÁ AGORA CHAMADA DE : GLOBOSTA.
Quando a PF estourou o apartamento triplex do Anísio na Av. Atlântica, com toda a cobertura do JN, inclusive com descida de helicóptero mostrando a piscina com um Beija-Flor desenhado no fundo, se não me falha a memória foi publicado em alguns órgãos de imprensa que o imóvel havia sido vendido ao Anísio pelo Jornalista Roberto Marinho,então seu proprietário, que só o utilizava para ver a festa de Ano Novo
Parabéns Fernando pelo belo rsgate do texto do Leonel.
Mas fica no ar uma questão importante, provavelmente este não foi o único dinheiro sujo que as organizações da famiglia Marinho recebeu e recebe irrigando seus negócios , negócios estes que se especializaram em denegrir o Brasil , seu governo democraticamente eleito e seu povo, espezinhando dia após dia a alma nacional. Então segue a questão:
Onde está o Governo que através de seus órgãos fiscalizadores e de investigação não levantam estas informações e a divulgam ? E sobretudo, com base nessas mesmas informações , que creio não serem difíceis de levantar, não pune a empresa e seus proprietários e dirigentes ?
Ou vivemos num País sem governo ? Até quando o PT deixará transparecer que ganhou mas que quem governa é a elite que o surra cotidianamente ?
Coisas do Brasil !
Muito além do cidadão Roberto Marinho.
Vídeo sempre muito atual.
https://www.youtube.com/watch?v=gWJbpONS9xU
Globo mente para sacralizar Moro
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:
A manchete da página três de O Globo desta quinta-feira (19), "Moro denuncia ‘interferência’ ", é mentirosa. Para desmascará-la não é preciso muito esforço: basta ler a própria matéria. Os demais jornalões e veículos da mídia hegemônica, com poucas nuances, repetem a mesma mentira.
A manchete de O Globo diz que Moro “denuncia interferência”. A interferência em questão seria a reunião de advogados de presos na operação Lava a Jato com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Mas a própria matéria informa que o juiz Moro declarou que a reunião foi, em sua opinião, “uma indevida, embora malsucedida, tentativa dos acusados e das empreiteiras de obter uma interferência política em seu favor”.
Ou seja, o que Moro denunciou foi o que ele considera “uma tentativa de interferência”, que ele mesmo confessa ter sido malsucedida. Aí cabem duas indagações. O que leva um juiz a se queixar publicamente de uma interferência que não existiu, usando para isso um despacho que, em tese, só deveria tratar de assuntos ligados diretamente ao processo? A segunda indagação é: qual o objetivo de O Globo e da mídia hegemônica ao repercutir uma notícia tão destituída de conteúdo?
Ação combinada
Fica clara a existência de uma ação combinada. Talvez não explicitamente, mas tacitamente. O juiz divulga um documento onde aborda, no despacho de um processo (!), temas da conjuntura política, citando inclusive as declarações do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa contra o Ministro Cardoso. A mídia hegemônica repercute dando a falsa impressão ao público de que o juiz Sérgio Moro é um paladino da justiça, que resiste às pressões do “poder”. Está construída uma armadura emocional em torno do juiz, indubitavelmente no papel de um super-herói, e super-heróis não erram.
A ação combinada para a construção do mito é um (mau) sinal de que os rumos da Operação Lava a Jato parecem estar traçados a priori, independente de detalhescomo a verdade e a justiça. Detalhes que podem ser ignorados por quem tem superpoderes. Defender a democracia é fundamental neste momento, pois golpe não se faz apenas com tanques. Membros do poder público, representando interesses reacionários em postos chaves do estado, em determinados momentos históricos, são instrumentos mais eficazes. E ficam extremamente envaidecidos por fotos coloridas em páginas nobres de jornais convenientes.
Mídia hegemônica quer a volta da Alca
Como a nossa mídia hegemônica é monolítica, não é coincidência o fogo cerrado que tem sido feito tentando pressionar o governo Dilma a renunciar a uma política externa soberana. Para os capachos de sempre é fundamental, por exemplo, ressuscitar a Alca, o que já é proposto abertamente. Em editorial desta quarta-feira (18) o jornal O Estado de S. Paulo é explícito. Para o veículo, é preciso negar o “terceiro-mundismo instalado no governo em 2003, início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
O Estadão usa, principalmente, argumentos no campo econômico para justificar sua posição: “Chile, Colômbia e México, assim como o Canadá, têm acordos de livre-comércio com os Estados Unidos, a maior economia do mundo”. Segue o mantra: “O Brasil continua fora desse clube. A decisão foi tomada pelo presidente Lula, quando resolveu, com o colega Néstor Kirchner, impedir a formação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca)”. O jornal gasta longas 125 linhas para defender o “abandono do legado diplomático” do presidente Lula. O professor Marcelo Pereira Fernandes, doutor em economia pela UFF e professor da UFRRJ, precisou de apenas vinte para humilhar oEstadão, em contribuição exclusiva ao Notas Vermelhas.
Marcelo reduz a pó argumentos do Estadão
Com a palavra o professor Marcelo Fernandes: “em 1994, quando a Alca foi anunciada, a hegemonia dos Estados Unidos era avassaladora. A abertura comercial e financeira dos países entrava no rol das políticas neoliberais que estavam sendo executadas com afinco na América Latina. Em 2005, quando a Alca foi enterrada, a conjuntura política e econômica era outra. Os Estados Unidos já não desfrutavam de tamanha hegemonia, o neoliberalismo fracassara como modelo de desenvolvimento e as duas principais economias latino-americanas, Brasil e Argentina, já não eram governadas por autoridades subservientes como nos anos 1990. Vale lembrar que no governo Fernando Henrique foi registrada uma das maiores humilhações da diplomacia brasileira quando em 2002 o ministro das relações exteriores, Celso Lafer, foi obrigado a tirar os sapatos em aeroportos norte-americanos em três ocasiões, em uma delas justamente quando buscava resolver um conflito comercial sobre exportações siderúrgicas. Evidentemente, a não concretização da Alca não teve qualquer efeito negativo sobre o Brasil que tanto a mídia alardeava. Por outro lado, durante o governo Lula o Brasil buscou diversificar seu comércio externo melhorando suas relações na África e Ásia e fortalecendo seus laços na América Latina. Esta política foi importante para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008. De fato, o Brasil saiu-se razoavelmente bem da crise. O México, incrivelmente citado como exemplo pelo Estadão, no auge da crise em 2009 viu seu PIB retrair 4,7%. No Brasil o recuo foi de 0,3%. Em 2012 o Investimento Externo Direto no Brasil foi de US$ 76 bi. E no México??? US$ 15,5 bi! O México vive uma crise estrutural, econômica e social sem paralelo com o Brasil. Quando o Estadão usa o México como exemplo, só nos dá uma amostra do que tem em mente como projeto de nação”.
Não lembro o ano em que a escola financiada por Castor de Andrade ganhou o carnaval e nem mesmo lembro o nome da escola do amigo de Roberto Marinho. O que me recordo é do longo tempo - considerando o veículo televisão - que a Globo deu à dança comemorativa de Castor de Andrade pelo sucesso de sua escola. Ele, impecavelmente de branco, chapéu da mesma cor à mão, rodando como um autêntico mestre-sala ao redor de uma imaginária porta-bandeira. Merecedor de exultantes comentários dos especialistas repórteres da Globo. Também pela vitória, Castor de Andrade mereceu uma capa de Veja. Naquele tempo a Globo - e o PIG em geral - chamava Castor de Andrade de banqueiro ou empresário, da mesma forma como se referia a Olavo Setúbal ou Ermírio de Moraes.