Como a gente anda muito fixado nesta história do sumiço do processo de sonegação da Globo, é bom fazer uma pausa e pensar em outras coisas. Que tal, por exemplo, um filme de ação? Por isso, republico o divertido – se não fosse com o dinheiro público – episódio descrito por Paulo Henrique Amorim, em seu Conversa Afiada. Claro que qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência, embora a vida seja cheia de coincidências não é?
Uma fábula: crime da Baixada
Era uma vez um grupo de vendedores de processos na Receita e na Previdência.
Eles se denominam “advogados tributaristas”.
Era uma vez um outro grupo que queria comprar um processo na Receita.
O primeiro grupo será aqui denominado “Vendedor”.
O segundo, “Comprador”.
O grupo Vendedor pediu R$ 15 milhões pelo processo a ser sumido.
O grupo Comprador aceitou.
Marcaram um encontro numa casa na Baixada Fluminense, no Rio.
O grupo Vendedor, metido a esperto, deixou o processo na mala de um carro, com o motorista dentro, num ponto afastado.
O grupo Comprador, metido a esperto, entrou na casa com policiais da banda podre de uma unidade policial federal.
O grupo Comprador deu voz de prisão ao grupo Vendedor.
O objetivo dos espertos Compradores era meter a mão no processo sem gastar um tusta.
Foi um Deus nos acuda.
Tiro para todo lado.
Morreu um do grupo Vendedor.
Saiu todo mundo correndo.
E o processo ?
O processo estava no porta-mala do carro.
Quando motorista viu a confusão, pernas para que te quero.
Fugiu com o processo.
Cadê o motorista ?
Cadê o processo ?
É o que se verá em próximo capítulo.
Paulo Henrique Amorim, notável roteirista de cenas de suspense e aventura.
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Como a propria escreve, "os fatos descritos nada haver com a vida real", kkkkkkkk rir para não chorar.
Como a propria escreve, "os fatos descritos nada haver com a vida real", kkkkkkkk rir para não chorar.
Plausível...É esperar o próximo capítulo.
Plausível...É esperar o próximo capítulo.