Em seu mais recente editorial na Carta Capital, Mino Carta, percuciente como sempre, diz o seguinte:
“E estava preparado Aécio Neves com a súbita aparição da ex-senadora, arrepiante talvez, como nos filmes de terror?”
Por que Mino falou em “arrepiante” e “filmes de terror”?
O jornalista, assim como um escritor de ficção, não domina completamente as razões pelas quais usa determinada expressão. No entanto, às vezes ele é ainda mais preciso quando não racionaliza o que diz.
Então me permitam uma breve exegese da expressão de Mino.
A aparição súbita de Marina foi “arrepiante” e lembrou “filme de terror” pelas seguintes razões:
“Aparição súbita”, em política, numa democracia de 200 milhões de pessoas, não é um fenômeno saudável. A última “aparição súbita” que vivemos foram tanques na rua em abril de 1964. Numa democracia, os processos políticos são construídos paulatinamente. Os partidos são criados, com paciência e determinação, consolidados ao longo de várias eleições, forjados em milhares de debates, para os quais todos os segmentos são chamados a participar. A Rede tinha uma trajetória meio apressada, mas legítima. A “fusão” com o PSB, contudo, produziu um híbrido bizarro, sem coerência, e que nasceu com um vício de origem: sem debate e sem democracia.
O adjetivo “arrepiante”, por sua vez, se explica pela maneira como se deu a “aparição” de Marina. De um dia para outro, a ex-ministra de Lula, que surgiu na vida política do país como um quadro importante da esquerda petista aparece na mídia com um discurso raivoso contra o “chavismo do PT” e fazendo acusações levianas contra a justiça eleitoral e contra as redes sociais.
A insistência de Marina em repetir que estava fazendo uma aliança “programática” e não “pragmática” se explica justamente porque era o contrário que acontecia, e de uma maneira forçada, quase brutal. Não era uma aliança formal entre partidos diferentes. Era o aluguel descarado de um partido para comportar os sonhos de poder de uma candidata, que conta com financiadores e apoiadores poderosos, como o banco Itaú e Rede Globo.
Outro fator arrepiante foi o monocratismo solitário e autoritário de uma decisão que afetava toda uma “rede”, todo um campo político. Decisão imperial e súbita, resultado da postura messiânica e arrogante com que Marina encarou o julgamento do caso de seu partido, que não reuniu a quantidade necessária de assinaturas, no Tribunal Superior Eleitoral.
Fosse uma pessoa prudente e democrática, teria discutido com seus correligionários a possibilidade de uma derrota no TSE, e trabalhado um plano alternativo. Com isso, uma decisão como essa, de se juntar ao PSB, teria o respaldo coletivo das forças e pessoas que apostaram nela. A maneira como Marina enfrentou o processo desvela, mais uma vez, a rejeição de Marina ao processo político, ao debate, que implica, necessariamente, em concessões a opiniões divergentes. As decisões são mais lentas e mais difíceis, porém mais sólidas, ricas e coerentes.
Marina faz sucesso com setores da classe média historicamente afeitos a soluções tomadas fora da esfera política, considerada uma coisa vil, suja, plebeia.
Para completar o quadro de “filme de terror”, vemos Marina repetir chavões neoliberais sobre “tripés macro-econômicos”, emulando um discurso tucano já derrotado três vezes, e que agora tenta renascer trajando verde, na pele de uma senhora de ar evangélico.
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Boa.
De defensora da floresta, a Maga Patalogica dos bancos. Numa tacada so. Ei voce ai. Me da um dinheiro ai.
Já fiquei sabendo que o fofo do marido da pastora, esta metido em trambiqui de madeira la na terra natal da santinha.
dizem que na epóca ela dava guarita ao bonitão fofo.
Geeeennnte! Me conta mais desse babado doido! Ai o bonitao escondeu a madeira......
fico com dó da marina. ela fala tantas bobagens que fica dificil ela poder enfrentar num debate eleitoRAL A PREPARADA E INTELIGENTE DILMA.
Acho bom a Dilma ir de capacete, porque ela ja ameacou jogar pedra!
Acho que ela não enfrentaria nem a despreparada e não tão inteligente euzinha...
Marina é um projeto de aiatolá. Essa tipa no governo é capaz de mandar proibir até o carnaval...
Para o!
Pessoa arrepiante, amedrontante está definida em cheio pelos provérbios: Temo gregos, mesmo quando dão presente. Temo gente de um só livro... Pior é quando essa gente finge. Apenas finge ter Cavalo de Tróia. Ou um baita livro do Conselheiro Acácio... Gente tal é peligrosa. Pero, mui peligrosa. Si.Como no.
Com vc, Miguel, acumulo a cada texto,bagagem para luta.
Nada e eterno.