O colunista Marcelo Coelho, da Folha, faz, no texto “As tentações de Joaquim Barbosa”,um pequeno exercício – que não esconde certa simpatia – e assume, por algumas linhas, o papel de Joaquim Barbosa.
E o resultado é um exercício de autoritarismo que choca pelo cinismo.
É o Barbosa imperial, com o cetro como chicote.
Barbosa é apresentado como equânime ou esquizofrênico.
Uma antevisão de uma aventura autoritária, um “seja a feita a vossa vontade”…
Veja só:
“Ponho-me no lugar de Joaquim Barbosa. Como não acalentar a ideia de, um belo dia, nomear sozinho os futuros membros do STF? Vingar-se de Barroso, Teori e Lewandowski a partir de um lugar com muito maior poder de fogo?
A conjuntura eleitoral parece favorável a esse tipo de pretensão. Todo o clamor das manifestações de junho, contraditório como era, desapareceu sem ter sido atendido.
Eduardo Campos e Aécio Neves podem ser tão oposicionistas quanto desejem, mas não expressam aquele tipo de impaciência, de revolta, presente nas ruas. Mesmo porque, qualquer o partido a que se pertença, sempre há mensalões parecidos no fundo de alguma gaveta.
Isso é um movimento de direita ou de esquerda? Perguntava-se isso a propósito das manifestações. Havia as duas coisas. Também as duas coisas estão presentes, provavelmente, no ímpeto de Barbosa.
Violento contra o PT, ele não é menos antipático com relação aos erros ou hábitos da “mídia burguesa”. Quer figurões petistas na cadeia, não porque sejam ou tenham sido de esquerda, mas porque se recusa a aceitar que na cadeia só fiquem os pobres, os pardos, os negros.
Está desvinculado dos partidos. Parece disposto a condenar tucanos e petistas com a mesma fúria dos muitos manifestantes que rejeitavam Feliciano, Dirceu, Alckmin e Haddad num único, amplo e vago movimento.
Falta-lhe tempo na televisão (mas como ele teve tempo ao longo deste julgamento!); falta-lhe um partido de tamanho conveniente (mas é por ter achado um que Marina Silva esvaziou-se de seu potencial expressivo); falta-lhe capacidade de negociação política (mas é disso que tanta gente está cansada).”
Coelho fala da “possibilidade” de, candidato, Joaquim vir a assegurar um segundo turno e de que venha a se repetir o ” conhecido fenômeno que abala a política brasileira, a cada duas ou três décadas: primeiro Jânio Quadros, depois Collor de Mello, representaram a impaciência com os partidos e com a corrupção”.
E antecipando o que planeja Joaquim Barbosa ao inviabilizar sua continuidade no Supremo, já admite a aventura eleitoral.
Não é impossível, entretanto, que a função — ou o drama — que todos esses protagonizaram venha a repetir-se com seu nome.
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A democracia custa caro e é demorada. A nossa democracia ainda é uma criança e os "sem paciência" já querem matá-la. Corrupção é ruim? sim é mto ruim. Executivo sem poder de lidrança é ruim? sim é muito ruim. Congresso manipulativo é ruim? sim é muito ruim. Porém, judiciário sem credibilidade é o pior dos "ruim". Infelizmente a AP 470 deixou de ser julgamento de corruptos ou corruptores e virou um "circo midiático" agora estamos convivendo com o resultado nefasto disso tudo. Portanto, não tentem acabar c/ a democracia por causa disto. Temos, sim, de refazer o Judiciário. Cobrar mais atitudes, firmes e corajosas, do Executivo (seja quem for) e fazer o Congresso trabalhar por justiça e não por cargos. Entre todos os "ruins", a ditadura é o pior ruim que existe.
Resumo da Opera.
A democracia custa caro e é demorada.
Por Irineu A. Baptista.
… Um [pífio] enredo Kafkiano!… Resta saber as motivações que levaram o atual presidente do STF a conduzir esta ópera-bufa, peça política transvestida de Ação Penal! Creio que não foi um suposto ódio figadal! Talvez, chantagens inconfessáveis, ‘as [golpistas/fascistas] mãos invisíveis [de sempre]‘!…
… [Mais uma vez] Estão ‘Abertas as Veias da América Latina’ sucursal Brasil!…
Saudações democráticas, progressistas, civilizatórias, nacionalistas, antigolpistas e antifascistas,
República de ‘Nois’ Bananas
Feira de Santana, Bahia
Messias Franca de Macedo
Fernando, já lhe passou pela cabeça que, se JB eleito senador, poderá
fazer aquilo que ainda não fizeram com ele: pedir impeachment de seus
"inimigos" no STF ou ainda impedir a nomeação de quem ele não queira
no tribunal. Ou seja, travar no Congresso possíveis avanços na Corte?
Abs.
Duvido que barbosa ganhe eleição para senador, mas se isso ocorrer ele vai conhecer o que é a política e vai ser contrariado e vai perder de forma que ele não está acostumado. Vai enlouquecer e tornar-se um palhaço que propiciará o riso constrangido das pessoas. Mas antes disso, ele terá que descer à planície, voltar ao mundo real e pedir votos na rua. Vai ter que, nos programas eleitorais, enfrentar democraticamente os seus adversários. Por esta razão eu digo que ele não ganha.
Barbosa não é louco. E não é neutro em sua loucura, já que não é louco. Barbosa encaixou-se dentro de um plano que beneficiou diversas pessoas com altos benefícios. Mas era plano ousado demais, mesmo para país com a opinião pública escravizada pela mais espetacular operação de lavagem cerebral da história da imprensa mundial. Um fiozinho de pequenas dúvidas se foi formando e se foi estendendo e por fim fez ruir toda a estrutura pseudojurídica que serviu de andaime para construir esta mentirona que aproveitou a tantos, da mídia e de partidos políticos também. Mas se o andaime ruiu, deixou construído um prédio sinistro que ainda cabe à democracia demolir. Barbosa ia ser o maior beneficiário de toda esta trama. Felizmente para o país, não deu tempo.
Para derrubar de vez esse edifício sem estrutura moral, os cidadão deveriam é chamar a Assembléia Nacional Constituinte!
Quando a mídia se proclamou líder da oposição começou, sem que ainda desconfiasse, o inferno astral de Marcelo Coelho.
Quando OFF encomendou-lhe artigos sobre o julgamento da AP470 e aceitou cantar afinado ao coro dos contentes, despiu o melhor Marcelo Coelho ainda respirando, trocando-o de vez pelo mundo da seletividade monopolista e do rolabostismo terceirizado. Mergulhou fundo
Hoje todo melado, não tem mais como recuperar o passado distante, resta-lhe apenas o afundar da credibilidade com OFF, Joaquimori e todas as demais almas penadas, do jornalismo tapuia, condenadas a vagarem pela planície da desinformação e do domínio do fato, por toda a vida. Uma pena, até que o ex-jornalista levava jeito, antes de se deixar levar pelo OFF.
Só tem um jeito do mané cheio de vontades realizar seu sonho: a globo dando o golpe e nomeando o dito cujo presidente do Brasil "Democrático". Até antevejo o editorial do Globo: Dilma é escorraçada do Palácio do Planalto...Foge covardemente...Renasce a Democracia...