Sempre duvido destas contas de como os deputados vão votar.
Não só porque aquela casa é o paraíso da traição, como porque o jogo não estará jogado sequer depois da previsível vitoria do golpismo na comissão cuidadosamente composta e dirigida por Eduardo Cunha, no seu permanente jogo de cartas marcadas.
A pressão será imensa e à da mídia e do poder econômico, a nossa só pode ser pública, democrática, nas ruas.
De qualquer maneira, dou conhecimento aos leitores do balanço feito por Kennedy Alencar, hoje, em seu blog. É repórter bem informado e equilibrado.
“Após articulações nos últimos dias, o governo contabilizava na noite de domingo 28 votos na comissão especial da Câmara contra o parecer do deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO). O relatório de Jovair é favorável à abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Para a disputa em plenário, o número do governo girava em torno de 206, 207, já incluindo eventuais ausências.
Alguns desses deputados diziam que estavam sofrendo pressões da opinião pública e até da família para votar a favor da abertura de processo de impeachment contra a presidente. O governo tentará aumentar um pouco mais esse número, mas sabe que, nas condições políticas atuais, dificilmente angariará mais apoio. É preciso levar em conta que o clima político favorece o abandono do governo e o embarque na canoa do impeachment.
O governo Dilma trabalha para tentar chegar perto dos 30 votos na comissão do impeachment e não baixar de 200 para a disputa em plenário. No pior cenário na comissão, o governo espera ficar acima de 25, porque seria uma sinalização de força semelhante no plenário. “A comissão é um microcosmo”, diz um ministro.
Nas contas da oposição, pelos menos 35 deputados deverão votar a favor do relatório de Jovair. A intenção é se aproximar ao máximo de 40 votos na comissão, também numa tentativa de mostrar força para a batalha no plenário da Câmara.
A oposição crê que tem algo real por volta dos 315 votos a favor da queda da presidente. Há articuladores da oposição que afirmam já possuir 330, mas nessa conta entra quem também está negociando com o governo. Logo, o número de 315 seria mais confiável. Nesse cenário, faltariam 27. Não é muita gente, mas é um grupo bem disputado.
Nos bastidores da Câmara, o comentário é que há uma fatia de 50 a 60 deputados que decidirá na undécima hora.”
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Verdade João Soares, como foi na época da ditadura civil militar. E só nos governos Lula e Dilma, o Nordeste conseguiu emergir. Me dá calafrios, qnd penso na possibilidade desse golpe passar. Mas muitos brasileiros e nós nordestinos estamos nessa luta, para q está possibilidade ñ se torne realidade.
#NãoVaiTerGolpe.
Long Dong
Se ver que você é mal informado, e só deve assistir a globo.
Vá procurar se informar melhor e veja quem são os bandidos nessa história.
Nem o governo tem 171 votos nem a oposição tem 342 votos.
Vai ser votação apertada, e isso favorece a oposição.
Os deputados indecisos só embarcarão com Dilma se tiverem certeza de sua vitória, caso contrário vão dar pra trás no último minuto.
Penso justamente o contrário. Todos admitem, inclusive a própria oposição que NÃO tem os 342 votos, que é altíssimo. Fato! Na medida em que se aproximar a hora "H" no plenário, e ficar claro que esse quórum não vai se consolidar, a tendência seriam os indecisos votarem contra a abertura do processo do impeachment até porque poderiam negociar em melhores condições sua inserção na nova base parlamentar do governo Dilma. Quem votar "contra" o governo será alijado, ou no mínimo irá para o final da fila. Não dúvida quanto a isso!
O seu ponto faz sentido como a grande chance que esse baixo clero tem de alçar uma maior importância política. Por outro lado, em um cenário sem Dilma, há o receio desses parlamentares de ficarem "marcados" como aqueles que votaram contra e os possíveis reflexos disso em sua futura vida política. O mapa de votação está sendo amplamente divulgado, inclusive com o povo exigindo posicionamento desses indecisos nas redes sociais.
Baixo clero não se elege com voto de opinião, não ficarão marcados. Eles se elegem trazendo obras e verbas para seus redutos eleitorais, e conseguem mais isso aumentando sua importância política. Daí ser tentador demais pegar o espólio do PMDB no governo Dilma. Principalmente em ano de eleições municipais como é este.
Complementando: mesmo para alguns que tem uma parcela do eleitorado com voto de opinião, se o deputado for de centro, tem a desculpa de ter votado pela democracia contra o golpe e não para apoiar Dilma.
Agora, se derrubam Dilma e um governo Temer não dá certo (e não tem chance de dar certo um governo onde a eminência parda será o Eduardo Cunha), quem votou contra o golpe será reabilitado pelo eleitor em 2018, enquanto quem votou a favor "do Temer" será varrido das urnas.
Na verdade existe apenas uma minoria que tem a ganhar de fato com o golpe: os de extrema-direita, os corruptos profissionais e incuráveis (que se lixam até para a reeleição) e os que já não tem nada a perder: a oposição do nível do DEM, políticos em fim de carreira como José Serra e em fim de carreira precoce como Aécio Neves. O resto ruge, mas muitos estão mais é valorizando o passe para conseguir melhores posições no governo Dilma e nas próprias coligações municipais com o PT.
Não desconsidere também o jogo de cena. Tem partido que encena para encorajar a bancada do PMDB queimar o filme com Dilma para tomar o lugar do PMDB no governo Dilma.
Esse é o problema de um congresso fisiológico. Eles não votam de acordo com as suas respectivas ideologias, nem votam de acordo com o que acham que seja mesmo bom ou ruim para o país. Eles votam da forma que ganharem mais para si próprios e dane-se o resto.
Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão satisfeitos. Precisamos de apenas 172 destes aí. Os satisfeitos serão, com certeza, a grande massa trabalhadora e os humildes deste país. Também está na Biblia.: Bem aventurados os humildes porque serão exaltados. Precisamos dizer isto para os Cunhas do Congresso.
Dessa vez eles destroem Furnas para catar dinheiro pros deputos.
Mas NAO PASSARAO.
Reparem a foto de Aécio.
Paulinho faz contas de propina e olha perdido.
Cunha suando e nem vê o que se passa.
Mas o candidato a presidente fake da extrema direita posa para o fotografo amigo com seu sorriso automático.
Vê se eu quero um coiso desse pra presidente......