As vantagens de Gilmar sobre o ministro Barroso. Em tese

Os ministros do Supremo se chamam pares, mas isso não quer dizer que sejam iguais.

Aliás, só numa coisa têm sido iguais: não entender que, quando as páginas de política começam a ser dominadas pelos juízes, não apenas há algo errado com a política como há algo errado com a Justiça.

Agora de manhã o ministro Luís Roberto Barroso, que não participa do julgamento de hoje à tarde por ter trabalhado com advogado que está no caso, deu, não obstante, a sua sentença.

Em tese, claro.

Assim, cumpre formalmente a regra legal de que juiz não fala de um caso fora dos autos. Menos ainda, por óbvio, de um caso em que se acha impedido de ser isento.

Não é o primeiro a falar, sejamos justos. Gilmar Mendes, que também não participa do julgamento, já falou, como, aliás, sempre fala.

Não é o primeiro caso em que Barroso “compete” com Mendes.

E não é a primeira vez que o homem que Joaquim Barbosa disse falar aos pares como quem fala “com os seus capangas lá do Mato Grosso” supera o liberal professor Barroso.

Gilmar foi, é e será tucanérrimo. Não muda

Barroso já prefere a “metamorfose ambulante”: de juiz “garantista” passou a ser defensor do “prende logo este aí”

É um dos nem tão raros casos em que a toga derrete antigas convicções. As de Gilmar, reconheça-se, permanecem as mesmas.

Gilmar topa as paradas  e aceita os desgastes.

Já o seu colega diz que, cumpridas as formalidades como no impeachment de Dilma, as intenções golpistas não vêm ao caso.

Barroso, dando entrevista sobre o julgamento que não lhe cabe, parece estar fazendo o famoso “me incluam fora desta”.

Com o país imerso na crise institucional que está, escolher fazer eu “marketing pessoal” mostra bem o grau de discrição tem Luiz Roberto Barroso.

Fernando Brito:

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  • É o samba do crioulo doido na enésima potência. Tá tudo dominado.

  • É a guera de facções no stf, com ministros desfilando na passarela da plutocracia, a mídia, oferecendo seus préstimos - fim da clt, prisão do lula em segunda instância, comando da segurança pública etc -, e se apresentando como candidatos a presidente indireto, a ser eleito pela corja da assembleia de bandidos do congresso após a perda de serventia do anão temer em 2017.

    São os novos "prostitutos do 1%", agora no judiciário.

  • Na verdade o Brasil nunca foi uma democracia. Toda vez que tentou ousar vôos de distribuição de renda e de autonomia, derrubou-se governos. Os de sempre. Na anterior a essa, usaram servidores militares federais e seus braços nos Estados. Nesta, o judiciário e sua periferia o MP e PF.

  • O que mais impressiona neste caso é a chocante PEQUENEZ de homens que fazem parte do maior tribunal do país. Homens cujo saber não vem acompanhado de uma grandeza fundamental. Dá nisso.

  • Ops! Parece que Barroso foi soltar um barro...
    Em horas assim, vem a certeza absoluta e incontestável de que não temos guardiões da constituição coisa nenhuma, sequer temos constituição...temos pavões com egos inflados no poder!

  • As pessoas precisam compreender que o Judiciário está em outra quadra. Juízes já não estão presos ao processo. Há muito decidiram (protocolo informal) que são o principal poder. E como tal também vão agir fazendo às vezes do legislativo e executivo. Ou alguém tem alguma dúvida?
    Ninguém, doravante, deve se espantar com o ativismo escancarando do Judiciário.

  • Tá bom, mas e descumprir os preceitos constitucionais é o que, grande bosta de ministro do STF.

  • O crime do GOLPE DE ESTADO foi acolhido solenemente pelos membros do STF. Portanto, agora, falar que descumprimento de lei (ordem judicial) é crime ou GOLPE de ESTADO parece conveniente.Aliás, o GOLPE está sendo um CRIME CONTINUADO.

  • Este caos só pode ter sido semeado propositalmente nos mínimos detalhes. É muita loucura para acontecer de modo espontâneo. Se assim foi, devemos tentar entender até aonde irá este plano de destruição do país. Deste nosso entendimento dependerá a organização da reação e da reconstrução nacional.

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