Há algum tempo, a intransigência passou a dominar a maioria do povo suíço.
Primeiro foi insólita decisão de proibir a construção de minaretes, típicos da arquitetura religiosa árabe.
Anteontem, deu uma bofetada em sua própria tradição de abrigo a estrangeiros tangidos de suas pátrias pela política ou pelas crises econômicas e praticou um ato de vilania que lembra os tempos do nazismo.
Durante a guerra, muitos fugiam do nazismo escapando para a Suíça,o que até filmes ingênuos, como “A noviça rebelde”, que todos assistimos, registraram eternamente. Num certo momento, o Governo suíço sugeriu marcar com um J os passaportes de judeus para evitar que estes fugissem também.
Agora, por decisão em plebiscito,os suíços tornaram duríssima a lei de imigração, inclusive para seus próprios vizinhos europeus.
Num país com um quarto da população composto de imigrantes e suas famílias, tornaram quase impossível que um estrangeiro tenha trabalho.
Em nome de blindar-se à crise, discriminam gente como a que move sua indústria farmacêutica e a de máquinas, pilares de sua economia.
Só o dinheiro, agora, é bem-vindo na Suíça.