Aí em cima, a manchete da homepage do The New York Times não podia ser mais explícita: “Convergência entre (variantes) Delta e Ômicron faz EUA quebrarem recorde diário de casos (de Covid-19)”.
267 mil diagnósticos em apenas 24 horas é mais do que se registrou em todos os quase 2 anos de pandemia e, embora as mortes provocadas pela doença estejam estáveis (ainda que num patamar apavorante de 1.300 por dia), está claríssimo um ambiente de emergência que já mudou a vida especialmente nas áreas mais atingidas, a Flórida e a região nordeste do pais, onde fica Nova York.
Pior: na edição impressa, o jornal diz que “vários estados relataram aumentos de cerca de 50 por cento nas internações pediátricas para Covid-19 em dezembro” e que Nova York “teve o aumento mais drástico, com 68 crianças hospitalizadas na última semana, o quádruplo de duas semanas antes”.
Na Europa Ocidental a situação é semelhante, onde os recordes de casos vêm sendo diariamente quebrados. França e Reino Unido já deixaram para trás a casa dos 100 mil casos por dia e Espanha e Itália chegando lá.
Até agora, o crescimento aqui tem sido modesto, mas basta reparar como a Ômicron subiu como um foguete lá fora para ver que isso diz pouco sobre nossa segurança sanitária.
Mas com as barbas dos vizinhos ardendo em fogo e a postura inacreditável de um presidente que exibe a própria filha como um troféu antivacina e cidades, como o Rio, que fazem uma “queima de fogos” achando que só vai ser assistida na TV e pelos turistas das janelas dos hotéis é bom que os que têm juízo ponhamos as nossas de molho.
PS. Por erro meu. escrevi Noroeste em lugar de Nordeste dos EUA para identificar a região mais atingida. A correção foi feita.