O Poder360 aponta hoje como o movimento recorde de alistamento eleitoral de jovens pode ter sido um golpe forte na candidatura Bolsonaro, que é marcada por um perfil de apoio mais idoso, o único segmento etário que – nos levantamentos do Poderdata, divisão de pesquisas do site, o atual presidente levaria vantagem eleitoral.
Ainda não há números definitivos, mas tomando por base os divulgações feitas pelo tribunal sobre o número de novos inscritos nos primeiros dias de maio e os totais já tabulados de abril, é provável que só o contingente de novos eleitores com 16 ou 17 anos tenha se aproximado de 2,5 milhões ou, vale dizer, um acréscimo de 2% do total de eleitores. Como tudo indica que os eleitores mais jovens, acima desta faixa, também foram os que mais tiraram título, o rejuvenescimento proporcional do eleitorado deve ser maior.
O Poder360 destaca a importância disso ao emparelhar os níveis de preferência por candidatos de acordo com a faixa etária – 52% para Lula ante 33% por cento para Bolsonaro, entre eleitores com 16 a 24 anos, o grupo que mais cresceu – e o absenteísmo no dia de votação (19% entre os jovens e 36% entre os com mais de 60), para dizer que isso “tende a ajudar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano”.
Está, portanto, explicado porque o bolsonarismo criar a onda de fake news sobre um hipotético cancelamento dos títulos de eleitores com mais de 70 anos (62,6% de abstenção em 2018) e a sua irritação contra os apelos de influencers para que os mais jovens fossem alistar-se como eleitores.
Ambos os chiliques, ao que parece, sem efeito.