Que o bolsonarismo e o armamentismo atraem e reúnem umsem número de mentecaptos, não é novidade.
Mas não deixa de ser espantoso o desfecho da história do deputado federal bolsonarista Loester Trutis, “vítima” de um suposto atentado a tiros quando seguia , no dia 16 de fevereiro, para o município de Sidrolândia, vizinho à capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, em que seu carro, um Toytota alugado com dinheiro da Câmara dos Deputados, foi alvejado por cinco disparos.
Trutis, registrado como atirador e colecionador de armas, e proprietário de pelo menos nove armas, parece que não estava satisfeito com a fama que conseguiu vendendo, em sua lanchonete, sanduíches que homenageavam figuras da ditadura militar e resolveu posar de vítima de perseguições, quem sabe de comunistas chineses baseados no Paraguai.
Investigações e provas periciais mostram que o “atentado” foi produzido assim: ele e o motorista – também homem do armamento – pegaram uma estrada vicinal à BR-o60, que liga Campo Grande a Sidrolândia, pararam num local isolado, dispararam contra o carro e, em seguida, de dentro para fora do veículo, para forjar a “valente reação do deputado” voltaram para a estrada principal e chamaram a polícia.
Cartuchos de uma Glock, o rastreador do veículo e pedaços de vidros temperados na estradinha, porém, denunciaram a armação e Loester está denunciado no Supremo, hoje, por falsa comunicação de crie e disparos de armas de fogo em via pública.
Espera-se que a denúncia seja aceita pela Câmara dos Deputados e se comece já o processo ético que leve à perda de seu mandato.
Será mais um “mártir da liberdade de expressão” do bolsonarismo, o que deve ser lido, hoje em dia, como picareta e mentiroso.