Barroso chegou tarde. Só tem vaga de “sub do Moro” ou de ministro do Bolsonaro

Luís Roberto Barroso é um destes personagens que, de tão lamentável, não se sabe se é apenas um tolo vaidoso ou um ambicioso à procura de ser visto como  o “bastião da moralidade” por interesses inconfessáveis.

Hoje, no Rio, disse que os seis ministros que votaram pelo fim das ilegalíssimas conduções coercitivas, que fazem com que qualquer pessoa possa ser tirada de casa pela polícia  e levada como prisioneira a depor, sem mesmo ser intimada antes, foram ” uma manifestação simbólica daqueles que são contra o aprofundamento das investigações” sobre corrupção.

Felizmente, no Supremo, o ambiente é de “vossa excelência” para cá e para lá, porque na vila do subúrbio onde fui criado é caso de tomar satisfações. Sim, porque Barroso está acusando Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes de cúmplices do acobertamento de roubos ao dinheiro público.

Este cidadão consegue descer mais baixo que Gilmar Mendes no convívio com seus pares e, certamente, é um dos responsáveis por aquela Corte, em lugar de julgar com madura serenidade os processos, tenha se tornado um “Fla-Flu” onde o placar é inevitavelmente 6 a 5, apenas mudando o lado para o qual Rosa Weber se inclina.

Barroso, de certa forma, chega a quase sugerir que, não podendo conduzir de surpresa qualquer pessoa a um interrogatório, os juízes passem mesmo logo a prender sem motivo. Ou melhor, como forma de burlar a decisão judicial tomada pelo STF:

— Do ponto de vista da efetividade processual, não acho que seja uma diferença muito grande. Pelo contrário, pode até produzir um efeito inverso ao pretendido, porque a condução coercitiva é uma alternativa menos gravosa do que a prisão temporária. De modo que você proibir a condução coercitiva, você dá um incentivo à adoção de uma medida mais drástica. 

Com este grau de grosseria e ofensa, Barroso  parece querer se habilitar a ser Ministro de Jair Bolsonaro, porque não é possível achar que, dentro do Supremo, este tipo de agressão vá ficar sem um interpelação duríssima de quem está sendo chamado de protetor de corruptos.

Barroso, porém, não merece uma solução à moda suburbana.  Nem mesmo o lugar de pretendente a  Sérgio Moro vai ocupar. Chegou tarde, Doutor.

Fernando Brito:

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  • Faz algum tempo, num bate papo entre amigos, alguém elogiou barroso. Claramente era o jeitinho mauricinho de meia idade e a fala mansa que impressiovam a pessoa que fez elogios. Eu alertei: "ele é mais perigoso que gilmar, porque o gilmar é explicíto, é grosseirão e está há mais tempo em evidencia." Vejo que estive certo em minhas observações.

  • Será que o ministro supremo até agora não parou para pensar nas maldades que fizeram com o reitor? Não, não parou, porque só enxerga a sua imagem de belo no espelho e a querer ser o arauto da moralidade política. Deve perguntar todos os dias: espelho meu, existe alguém mais lindo do que eu? O espelho responde: sim, o Lula. Então, o vaidoso começa a fazer maldades jurídicas, junto com o seu parça, o Moro.

  • ESSE MINISTRO É UM VERDADEIRO BOÇAL, DÁ CERTINHO COM O BOLSALIXO.

  • Esse Orlando Lero Barroso é um daqueles sujeitos difícil de se suportar. De fala empolada e rebuscada, o cara consegue fazer com que a gente aceite até o Zé Plenário Mendes, um canalha que pelo menos não esconde pra quem serve.

  • Um canalha que chegou ao STF querendo se destacar desde o princípio. Iniciou divergindo dos demais com aquele "ponto fora da curva", aparentemente querendo se tornar o paladino do garantismo. Quando percebeu que a direita estava com as cartas na mão, mudou o jogo e agora tem pretensões de ser o "grande legislador" da República.

  • Como já ouvi ou li nalgum lugar:"ele entrou do STF como Constitucionalista e vai sair Delegado...."

  • É muito desencorajador ver as pseudo autoridade destilando seus venenos sobre uma massa que se acha cultura, mas não sabe nem mesmo o que é cultura. A sensação que fica é que se fosse nos tempos imperiais, o povo tomaria esses embustes pelo colarinho e assumia o comando. Ah quanto mal nos faz a ideia de que somos pacíficos e ordeiros por natureza.

  • Antes de se tornar Ministro, Luís Roberto Barroso já era considerado o maior constitucionalista brasileiro, titular de uma banca prestigiadíssima atuando basicamente na área pública.

    Assim como o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) Luciano Coutinho, assume um cargo público mas mantém a banca – mesmo que tenha formalizado se desligado dela.

    Pelo Twitter começaram a circular mensagens mostrando contrato entre as Centrais Elétricas do Norte e o escritório de Luis Roberto Barroso. São R$ 2.050.000,00 com inexigibilidade.

    Muito certamente em nada esse contrato está interferindo no julgamento. Mas desperta o velho ditado sobre a mulher de César.

    https://jornalggn.com.br/noticia/barroso-e-a-dificil-convivencia-entre-o-ex-advogado-e-o-ministro

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