Dias atrás, o mercado financeiro estava satisfeito com a previsão de subida de 1% na taxa pública de juros, a Selic, subindo o índice para 7,25% ao ano.
Não está mais.
Alta da inflação, alta do dólar e os conselhos públicos de Paulo Guedes para que o BC “corra” um pouco mais com os juros elevaram a demanda do capital para acréscimos de 1,25% ou 1,5% na taxa (há quem fale até em 2%, o que é improvável).
O mesmo mercado que se diz apavorado com a quebra do teto de gastos exige tanto ou mais de gasto público com o serviço e a rolagem da dívida pública, nos juros.
E, como o governo não tem política para a economia e está frágil politicamente, a chantagem funciona.
Ao contrário do que parece, há uma torcida pelo sucesso da votação da PEC dos precatórios, porque é preciso manter o governo Bolsonaro vivo e respirando.
Mas, para isso, é preciso manter o terror financeiro e é isso que vai alimentar mais uma montanha russa no dólar.