O fundamento econômico que está por trás desta última – e de várias outras – elevação das taxas de juros não se aprende nas faculdades de Economia.
Aprende-se, talvez, nas de Psicologia, quando se estuda a teoria de Abraham Maslow e a “necessidade de estima”, que trata do desejo humano de ser apreciado.
Já é ocioso falar aqui que não temos uma inflação de demanda ou de investimentos econômicos que a gerassem para que os juros pudessem funcionar como um “resfriador” deste aquecimento econômico excessivo.
Basta olhar os grupos que mais pressionam a elevação de preços – alimentos e serviços – para saber que sobre eles pouquíssimo ou nada influi o aumento das taxas de juros. Ao contrário: a atratividade da remuneração financeira do capital até contribui para que alguns preços se elevem, pela comparação da taxa de retorno que seu emprego produtivo trará frente aquela.
O único fator onde este aumento de juros atua – e não decisivamente – é no fluxo de capitais, pela capacidade de atraí-los com o prêmio pago com nossos títulos. Ainda assim, algo arriscado, pois o fim dos estímulos financeiros norte-americano já encontrará, quando acontecer, os ganhos de capital no Brasil precificados num nível alto.
De alguma forma, surpreendemos, até, dando mais do que, de momento, nos era exigido.
O que o Banco Central fez – vem fazendo há tempos – é procurar demonstrar ao capital que o Brasil vai continuar a se sacrificar e a pagar por ele os maiores – senão o primeiro, o segundo – juro real do planeta.
Este é um processo que não tem fim, enquanto a saúde econômica do país for suficiente para essa drenagem.
Os dirigentes do BC, já que entraram no campo da psicologia de mercado, poderiam conversar com alguns psicólogos como a minha finada avó, para lembrar aquela história do “quem muito se abaixa…”
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Desaprendo mais a cada dia de vida.
Morro e não consigo desaprender tudo!
Com estes caras, há sempre o que desaprender.
Será que não é por isto, que a Educação não vai
para frente...
Não teríamos que DESEDUCAR para poder compreender
o MUNDO!
Bem, terei que continuar com o que meu pai ensinou..
Economizar 20% ao mês no soldo!
Sabe Deus quem virá!!!!!
A inflação no Brasil é resultado da concentração da estrutura produtiva e, consequentemente, da renda.
O plano real foi a forma encontrada de controlar a inflação sem corrigir este problema, através de subsídios (pagos por mecanismos de juros, títulos públicos, isenções de impostos, privatizações, etc) aos controladores da estrutura produtiva. Tudo isso, é óbvio, pago pago pelo povo brasileiro.
Em outras palavras, o Brasil tem poucos donos, que controlam os preços, então a sociedade paga para eles não aumentarem os preços.
Disse tudo, matou a pau, "a sociedade paga para eles não aumentarem os preços".Parabens.
Este pessoal do BC já foi cooptado há muito pelo mercado. Como todos foram anteriormente. Este negócio de BC independente é uma maravilha para o mercado. Quer dizer então que votamos para presidente para que ele exerça sua autoridade, pelos votos conseguidos,faça uma política monetária para o interesse da nação e seu povo e aí se cria um BC " independente " para formular a política monetária. O ministério da fazenda vai para um lado e o BC e sua política monetária para o outro. Seria cômico se não fosse trágico.
Nesse instante, em alguns restaurantes finos de São Paulo e Rio de Janeiro, a turma está brindando ... É uma lástima! Até quando?
O que os bancos vão colocar de grana na campanha deste ano não está escrito ...
O Bc defende seus interesses, a Policia tambem, as Igrejas... Ou seja formam-se no Pais grupos de poder. Nao temos respeito a Cidadania. Vale a forca.
Tombini continua sendo o canalha que sempre foi.
Que maldade pessoal,o aumento claramente é necessário para garantir a GOVERNABILIDADE.
Se voce precisar garantir um direito, so se for atendido pelo Lewandowysk. Senao, so recorrendo ao Yacov. Espinafra por conta Yacov!,,
Legal que os jornais gastam folhas e horas explicando quanto a Presidenta Dilma gastou com diárias de hotel, com mordomos, com jantar e com almoço.
Mas não dão uma linha, não informam (a função do jornal não seria informar?) quantos reais equivalem um 0,5% numa elevação de juros dessa.
Porque, ai sim, o povo poderia entender que elevara 0,5% nesses juros, equivaleria a DOBRAR o Bolsa Família.