Amanhã ocorre a segunda eleição primária da sucessão norte-americana e todas as pesquisas apontam para uma vitória folgada de Bernie Sanders em New Hampshire sobre a favorita Hillary Clinton.
É um estado pequeno, com poucos delegados (32) à convenção democrata – 0,75% do total, apenas – e onde a confirmação de vitória de Sanders ainda terá de equilibrar a vantagem apenas entre os 24 que serão eleitos, pois há oito “superdelegados”, da máquina partidária, todos com Hillary.
Mesmo assim, a “onda Sanders” precisa ser quebrada, avaliam os caciques do partido e essa é a razão de, depois de meses recolhido a uma posição discreta, o ex-presidente Bill Clinton tenha partido para cima do desafiante com palavras duríssimas, como registra hoje o The New York Times:
“Bill Clinton desfechou um duro ataque sobre o senador Bernie Sanders , no domingo, criticando duramente o Sr. Sanders e os seus apoiadores, os quais acusou de críticas falsas e e de ataques de “sexistas” a Hillary Clinton .
“Quando você (diz que) está fazendo uma revolução que não pode deixar de ser muito cuidadoso com os fatos”, disse Clinton, ridicularizando chamada convocação frequentemente feita por Sanders para uma revolução política.
O ex-presidente, dirigindo-se a algumas centenas de partidários em uma escola secundária aqui, retratado adversário de sua esposa pela indicação democrata como hipócrita, “hermeticamente fechado” e desonesto.”
O jornal atribui a reação de Clinton á importância emocional que dá a uma vitória em New Hampshire por ter sido lá que, em 1992, começou a reverter uma situação dif´cil nas primárias democratas. abalhado por escândalos sexuais e por uma suposta fuga da prestação de serviço militar no Vietnã;
Um olhar sobre as pesquisas nacionais, numa média consolidada pelo Huffinton Post – que, como pode ser configurada, selecionei para mostrar apenas as pesquisas “bancadas” por jornais e tevês de peso e onde eliminei as via Web e por “robôs telefônicos” basta para ver que há bem mais que razões sentimentais na atitude do ex-presidente.
Pode ser um sinal para que Sanders, tratado até agora como um simpática figura, algo “folclórica” passe a ser tratado como o que é: uma ameaça à ainda favorita, mas não mais favoritíssima, Hillary Clinton.
O gráfico lá de cima vai abaixo, na sua forma interativa.
View Comments (10)
Por que essa fixação nas eleições americanas? O que realmente mudaria para o restante do mundo, principalmente na América Latina? Acredito que qualquer um que vença a disputa lá sempre teremos mais do mesmo. Vejam o caso do Barack Obama. Os presidentes norte americanos são apenas meninos de recado do verdadeiro poder, independente de seu partido e de suas intenções.
É isso aí.
assino em baixo , ninguem peita o sistema financeiro em lugar nenhum do mundo. todos se ajoelham perante o tirano sistema financeiro global , eles mandam e nao pede. eles passam por cima de qualquer um que ficar no meio do caminho. mas se bem que a maioria é covarde natureza e nem precisa o sistema financeiro ameaçar nao , eles faze com o maior prazer. é o nosso caso aqui no brasil , o sistema financeiro nem precisou ameaçar , o fantoche de pres. a traidora dos quintos dos infernos entregou por livre e espontanea vontade.
Um primor de democracia.
-
Se o estadunidense está com o saco cheio dos democratas, na eleição próxima ele "pula" para os republicanos. Eleito um republicano, dali a pouco, não demora muito, ele estará com o saco cheio também dos republicanos.
-
Na eleição seguinte, então, sua opção será... voltar para os democratas; aqueles mesmos que, quatro anos antes, já não tinha mais saco para aturar. Eventualmente, como a coisa muda praticamente nada, seja com republicano seja com democrata, o estadunidense resolve deixar um ou outro no poder por oito anos seguidos.
-
"Y así pasan los dias". Passam também os anos, as décadas. Dos democratas para os republicanos ou vice-versa, os estadunidenses vêm trocando seis por meia dúzia. Realmente, um primor de democracia a que vivem os estadunidenses.
-
Neste terreno estéril de ideias e posturas novas, Bernie Sanders é, sem dúvida, uma novidade. Isto, apesar de ser Democrata. A verdade é que, se não o fosse teria que ser republicano, uma vez que o mui democrático sistema eleitoral estadunidense foi montado para minar qualquer tentativa de uma outra força pelo menos tentar chegar ao poder central.
Conversando com seu grande amigo, o historiador Arthur Schlesinger, John Kennedy afirmou quase com lágrimas nos olhos: "Eu quis tanto ser presidente dos EUA. E agora descubro que sou simplesmente um teleguiado dos serviços de Informação e dos órgãos de Inteligência. Só sei o que eles querem que eu saiba. E só vou onde eles querem que eu vá". Parou, disse o que era mais elucidativo, explicativo e definitivo: "E o mais grave, o mundo inteiro está convencido que eu mando de verdade".
…”o presidente dos Estados Unidos é apenas um relações-públicas graduado que passa o dia bajulando, beijando e chutando as pessoas, para que elas cumpram suas obrigações".
Harry Truman - 33. Presidente dos Estados Unidos.
Para muitos, o melhor exemplo de democracia são os EUA. Bem, lá, dois partidos se alternam no poder e podem ser considerados um partido só. São duas faces de uma mesma moeda. De quatro em quatro anos montam aquele teatrinho e mandam para a Casa Branca alguém eleito pelo voto indireto. De vez em quando, uma fraude aqui, outra ali(caso G.Bush), às vezes a Máfia entra no meio(J.Kennedy foi eleito com apoio dos mafiosos). Eles se gabam de que lá "não há golpes". E precisa? Eles preferem assassinar seus presidentes. Já mataram quatro: Lincoln, Garfield, McKinley, Kennedy. Outros quatro sofreram atentados durante o mandato: Andrew Jackson, Harry Truman, Gerald Ford, Ronald Reagan. Puxa, seriam OITO!! Sem falar em Franklin Roosevelt, que sofreu um atentado em Miami em fevereiro de 1933, pouco antes de assumir a presidência. E Bob Kennedy, em campanha presidencial em 1968. Convenhamos, é um currículo respeitável.
Além dos motivos citados, existe outro motivo, nos Estados Unidos não existe embaixada norte-americana.
É... Parece que os tempos estão de fato mudando.
Não tiro a razão de quem desconfia de Sanders depois da tremenda decepção Obama. Mas parece que Sanders possui algo que faz com que se tenha uma pontinha de esperança que com ele,dias melhores virão para os EUA e pro Mundo.
As ideias do Bernie Sanders são interessantes. Mas só isso. Lá nos USA o negócio é complicado. Primeiro que ele não leva as primárias. Socialismo lá é crime. Se ameaçar levar as Primárias (Porque o indicado do partido Democrata, com certeza ganha as eleições) os caras dão um fim nele. Então nem sonhemos.
Ninguém sabe. Até pouco tempo atrás era impensável Sanders ser candidato e muito pouco ter alguma chance real de ser o indicado dos Democratas.
Vencer as eleições,então nem se fala. Impossível.
Mas hoje,as chances de Sanders ser o indicado dos Democratas e ser eleito Presidente não são nada desprezíveis. Tanto é verdade que Bill Clinton nem iria vir a publico pra cima dele se não tivesse sentido que Sanders seria de fato e direito uma ameaça as chances de Hillary ser a candidata dos Democratas.
Mas entendo o que você diz e não acho nada absurdo. Os EUA é o berço do capitalismo e um socialista sair candidato e com chances reais de ser eleito é algo impensável e inadmissível pra estes.
se o sanders nao passar das primarias , tanto faz tanto fez , se votar num democrata como num republicano . é tudo da mesma laia, nao ter diferença nenhuma , tudo vai ser serviçal do capitalismo financeiro dominador. e a politica de guerra, de dominaçao , de achaque , de saque vai ser a mesma coisa. a diferença e esse sanders e mesmo assim ta correndo risco de ser enganado. é so olhar o traidor negro serviçal da casa grande ,o obama.