Todo mundo já percebeu que a “próxima vítima” da oposição é o BNDES.
Será mais difícil, porém, porque o papel do BNDES na era tucana foi tão podre, tão medíocre, tão antinacionalista, que pode ser um grande tiro no pé.
Além disso, a comunicação do BNDES mostrou que, à diferença da comunicação do Planalto, dos ministérios, da Petrobrás e do PT, tem verve.
Responder com verve significa misturar inteligência, classe, muita informação, humor.
Com esses ingredientes, se vence qualquer debate.
E a função dos departamentos de comunicação de qualquer empresa, pública, mista ou privada, é vencer debates.
Que sirva de lição.
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No site do BNDES.
Ilações, equívocos e omissões em reportagem da BRIO sobre o BNDES
10/06/2015 – É parcial e equivocada a reportagem de BRIO sobre os financiamentos do BNDES a exportações brasileiras para obras no exterior. O veículo afirma ter iniciado a apuração do conteúdo em 2013, mas procurou o Banco com pedido de informações para a reportagem apenas na segunda-feira, 1º de junho de 2015, após as 22h.
Mais que o prazo exíguo frente ao fôlego da apuração, chama a atenção o fato de que, mesmo antes de o Banco enviar suas respostas, já estavam sendo disseminados na internet trechos da reportagem. Ficou evidente, assim, que as respostas do BNDES teriam pouca ou nenhuma influência sobre o teor do conteúdo.
Não bastasse a postura heterodoxa, BRIO apresentou como caso exemplar da presença da “mão invisível do BNDES na América Latina” um projeto de uma estrada no Peru que não foi sequer financiado pelo Banco. Neste caso, a atuação é realmente invisível, uma vez que inexistente. O fato objetivo não impediu o site de fazer um extenso relato, lançando suspeitas sobre a ação do Banco em episódios com os quais ele não teve qualquer relação.
Os textos são repletos de ilações, equívocos e omissões. Os relatos não trazem informações básicas sobre a atuação do BNDES, que seriam úteis para que os leitores pudessem, ao menos, conhecer a versão do Banco.
Os recursos do BNDES não são usados para “bancar projetos em outros países”, mas se restringem às exportações de bens e serviços utilizados nestas obras, gerando emprego e renda no Brasil. BRIO afirma que o financiamento à hidrelétrica San Francisco, no Equador, foi “o primeiro aprovado na política de internacionalização das empresas, em 2003”, enquanto que a verdade é que o BNDES financia exportações de bens e serviços brasileiros para obras de engenharia desde 1997. O texto sobre os financiamentos ao metrô de Caracas omite o fato de o primeiro contrato de apoio do BNDES às exportações de bens e serviços para a obra ter sido firmado em 2001.
Outro ponto importante é que, no conjunto destes financiamentos, a inadimplência é zero. Esse é um dado objetivo que comprova a eficiência dos procedimentos adotados na análise de projetos pelo BNDES, que são impessoais e envolvem dezenas de técnicos concursados e órgãos colegiados.
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Lembro-me do "Petrobras, Fatos e Dados", da época de Lula, quando o presidente da empresa era Gabrieli. Quando Dilma inaugurou no governo e naquela empresa a política de apanhar calada e até mesmo "colaborar" com os acusadores (vide: Pasadena), o site acabou. E deu no que deu.
O que é essa tal de "brio"? Uma revista, um órgão? Fui ao Oráculo (Google) e não achei nada...
Estou na mesma situação tua Roberto. Fiquei louco para repassar a matéria, mas não sei o que é BRIO.
Pelo amor de Deus, o que é BRIO?
Achei o que é BRIO:
BRIO, a melhor notícia do nosso jornalismo nos últimos tempos - Virta
http://www.grupovirta.com.br/.../brio-melhor-noticia-nosso-jornalismo-nos-ultimos -tempos/?Em cache
5 dias atrás ... “BRIO é uma nova plataforma de reportagens multimídia, feita por jornalistas
independentes, para leitores ávidos por grandes histórias”.
A plataforma de reportagem Brio pertence ao jovem jornalista e empresário Felipe Seligman. Ex-repórter da Folha de S.Paulo, Felipe é filho de Milton Seligman, que ocupou vários cargos no governo Fernando Henrique Cardoso: foi, sucessivamente, Secretário Executivo e Ministro da Justiça (entre 1995 e 1997), Presidente do Incra (entre 1997 e 1998), Secretário Executivo do Programa Comunidade Solidária (em 1999) e Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (entre 1999 e 2000). Mas antes de culpar o DNA tucano do jornalista-empresário, talvez seja o caso de lembrar que ele aprendeu a fazer jornalismo na Folha de S.Paulo – ou seja, não aprendeu a fazer Jornalismo, e sim essa coisa híbrida entre a desinformação e o golpismo.
Ou seja, Brio é um nada criado para entreter tucano desempregado, kkkkkkkk.
Pelo amor de Deus alguém leva essa equipe de comunicação para o Planalto!!!