Bob Fernandes e a dança da moralidade cansada

O comentário de Bob Fernandes, no Jornal da Gazeta (vídeo, ao fim do texto), sobre a tragicômica moralidade destes tempos:

Moro homenageado em Nova York. Segundo o Painel, da Folha, ao menos sete bancos patrocinaram a festa. Também a Petrobras. US$ 26 mil cada cota de patrocínio.

João Doria, candidato ao governo pelo PSDB, discursou em homenagem a Moro. Que posou para fotos com Doria. Criticado Moro disse: “Isso é uma bobagem”.

Em Nova York, Moro palestrou em evento do Lide. Grupo fundado por Doria, que, prefeito, passou o controle acionário para os filhos.

O Lide tem 1.700 empresas associadas. Associados pagam R$ 10 mil por ano. Sócio “Gold” paga 16 mil.

Doria foi fundador do “Cansei”. Movimento opositor do governo Lula. Doria não cansou de chamar Lula de “corrupto”.

Durante anos do governo Lula o Lide, então comandado por Doria, promovia eventos na Ilha de Comandatuba. Empresários pagavam para frequentar tais eventos…

…Onde se reuniam com governadores.. E com ministros. Do governo petista que Doria chamava de “corrupto”.

Para evento em Roma, Doria mandou avião buscar Fernando Pimentel, do PT. Que estava em Sófia, na Bulgária, com a presidente Dilma.

Pimentel era o ministro do Desenvolvimento. Hoje governa Minas.

A propósito de Moro: vendido em leilão o tríplex que o juiz diz ser de Lula. Comprado pelo empresário Fernando Costa Gontijo, de Brasília.

Nesta quarta a Rede Paraibana de Notícias, RPN, noticiou em seu site:

-Empresário que arrematou triplex de Lula teve pendência judicial na Paraíba. (..) “Condenação por improbidade no âmbito da Operação Confraria, em 2005”.

Diz a RPN: Gontijo alega ter sido “vítima de uma confusão”. E que “sua versão foi encampada no final do processo”.

Outros processos caminham. Mas 91% dos deputados envolvidos na Lava Jato disputarão reeleição, relata o Estadão.

Com a nova regra do Supremo, se reeleitos serão julgados na 1ª instância.

Ou seja: feito o serviço, agora todos, como Aécio e Alckmin do PSDB, serão investigados nos seus biomas. Nos territórios onde construíram alianças e Poder.

E Paulo Preto, solto, por ora desistiu da delação…

 

Fernando Brito:

View Comments (8)

  • Alguém da "grande mídia" comentou o fato de Paulo Preto ter desistido da delação???

    Os Tucanos são os "bandidos de estimação" da imprensa brasileira!!!

    O PSDB faz o que bem entender... e os jornalistas fingem que não vêem... garantindo impunidade Tucana!

    SERÁ QUE OS JORNAIS E REVISTAS FAZEM ISSO DE GRAÇA??? OE SERÁ QUE FAZEM PARTE DO ESQUEMÃO???

    PAULO PRETO TERIA 113 MILHÕES NA SUÍÇA SE A GLOBO, VEJA, FSP, JOVEM PAN NÃO BLINDASSEM O PSDB POR DÉCADAS???

    Corrupção só é possível com apoio de dois setores: IMPRENSA e BANCOS... até agora nenhum deles apareceu nas investigações!

    • Os tucanos são bandidos de estimação... moro incluso... carminha idem... (veja que ninguém viu que o judissiário que adora seguir a opinião pública em suas decisões, deveria ser toda impichada segundo opinião do povo)...

    • Francamente Rei, vc acha que a mídia (porta voz oficial da turma da bufunfa) iria torpedear seus patrões???Tucanos e o pessoal do mercado financeiro vivem um relacionamento amoroso há décadas (praticamente um casamento de papel passado....). E o Sr. Moro, é o empregado competente que foi receber um prêmio (por serviços prestados) ao ilustre casal. O que pensa o povo a esse respeito é só "uma bobagem" (como explicou o meretíssimo juiz).

  • o "herói" da Republica Neo-Nazista de Curitiba é premiado pelos patrões
    !! Normal! Pior foi nós (durante 13 anos de PT) darmos emprego e salário
    com nosso dinheiro para essa corja fascista. Que fique a lição!!

  • E os coxinhas são os bichinhos de estimação dos bandidos tucanos.

  • Mais um da série:"A imoralidade dos baluartes da ética e da "moral". Nojo!

  • O Brasil vive, nos campos da política, da Justiça e do Direito, tempos medievais.
    Nenhum "Valor Republicano" prevalece nessa barafunda Terra dos Tupiniquins.
    Apenas os poderosos mandam e desandam.
    E o povo é mero componente de mão de obra barata a preencher as lacunas desse cassino da barbárie.

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