Bob Fernandes: O presidente-zumbi e a cassação do futuro

O comentário de Bob Fernandes, ontem à noite, no Jornal da Gazeta.

O governo Temer acabou. O que ainda se move e fala são zumbis. Os que há um ano deram vida a isso aí estão divididos.

Uns pretendem manter os zumbis; ainda querem a entrega do serviço contratado.

Outros, até pra escapar à contaminação, querem se livrar dos zumbis. Esse zumbinato nasceu de uma Farsa.

Presidente do Supremo quando das condenações no “Mensalão”, Joaquim Barbosa definiu essa Farsa como “Impeachment Tabajara”…
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Um conjunto de gambiarras para mascarar como “legal” a junção de interesses econômico-financeiros, e ressentimentos. Ressentimentos de classes e por sucessivas derrotas eleitorais.

Políticos também corruptos, obscuros e notórios “Movimentos” -que agora se escondem- instigaram e arrastaram multidões.

Sempre com fundamental apoio midiático nessa Cruzada, parcial, contra a “corrupção”.

Enfim exposta amplamente a corrupção, não apenas porções selecionadas, pergunte-se: onde estão aquelas multidões e helicópteros?

Onde editoriais pela queda imediata dos governantes corruptos? Temer ocupou redes de rádio e Tv: onde estavam as panelas?

Por cinco anos cansamos de repetir aqui: “a corrupção político-partidária-empresarial é ‘Sistêmica’, envolve todos os grandes”.

Agora, à revelia de Curitiba, Joesley&Friboi entregou: doou R$ 600 milhões para 1.829 candidatos de 28 partidos. Contaminados Ministério Público e Tribunais.

O DNA dessa corrupção estava nos dados das empreiteiras. Escolheu-se o que investigar e o que não enxergar.

Escolhas com profundas, graves consequências econômicas, sociais, político-eleitorais.

Ainda sem provas conhecidas, Joesley&Friboi entregou megaorganização criminosa. Joesley, segundo sua própria delação, portava-se como gangster.

E, segundo Temer, Joesley acrescentou mais um aos seus muitos bilhões; ao especular na Bolsa com os efeitos da sua explosiva delação.

Perdoado pela Justiça, Joesley mudou-se com empresas e bilhões para os EUA.

Com citações, loas ao onipresente “mercado”, seguem brados, basicamente, contra… “us puliticus”. Ainda não entenderam: “us puliticus” são os serviçais, os capatazes…

Vasta porção do topo do capitalismo brasileiro, o mesmo que ora patrocina, ora caça “corruptos”, é a cabeça deste “Sistema” podre.

Expostos intestinos, brandindo legalidade que estupraram, os cabeças buscam agora pilotar o futuro pós-Zumbis.

 

Fernando Brito:

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