A declaração do sr. Jair Bolsonaro, transmitida pelos ministros que participaram com ele de renuião, hoje, no Planalto, – “foco na pacificação” e “foco da Previdência” – que dizer, a rigor, absolutamente nada.
Apenas uma manobra para que Rodrigo Maia e os líderes partidários passem, se não seguirem exatamente o roteiro desejado e ponham para andar, sem mudanças, o texto da reforma previdenciária.
Como proponente das mudanças, era ao governo que cabia chamar o parlamento e negociar as mudanças nos pontos com mais resistência. não o fez e, provavelmente, não o fará – a não ser se o seu desgaste se acelerar.
Um analista da “mercadíssima” consultoria Eurásia, no Valor, diz que o importante é Jair Bolsonaro manter “certa popularidade por um período suficiente para aprovar a reforma da Previdência”, explicitando o que se espera de seu governo: nada, exceto a cassação dos direito trabalhistas e sociais.
Bolsonaro está mantendo a caldeira do ódio, classificando as ressalvas às mudanças na Previdência como um simples expediente para o “toma lá, dá cá” parlamentar.
Por mais que Rodrigo Maia pretenda posar de “príncipe da Reforma”, se a Câmara dos Deputados não usar o poder que tem para colocar obstáculos que façam o governo ceder, o papel que lhe ficará será o de bobo da Corte, que tem liberdade para dar alguns “foras” em Sua Majestade porque ela, afinal, não o leva a sério e ainda se diverte com suas “bobagens”.
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Aqueles que se dizem seguidores do ideal integralista, têm a obrigação de abandonar com grande estardalhaço as hostes bolsonaristas. Que diriam Gustavo Barroso ou Plínio Salgado diante de gente que se diz seus discípulos e que prega a submissão completa do Brasil aos Estados Unidos?
Em vez de bater boca com o Bozo, se Rodrigo Mais não fosse um canalha e defensor da destruição da previdência pública, bastaria que ele empurrasse coma barriga e nunca pautasse a "deforma" da previdência social. Renan Calheiros, com menos verborragia, provavelmente faria isso, se presidisse uma das casas e estivesse sendo chantageado como Maia.
Como se diz: é ruim de RM fazer papel de bobo. Essa popularidade do Bozo não vai parar de cair até chegar nos 15% de malucos que você já citou. Eu acho difícil não passar alguma reforma, porque todos eles têm a ganhar, só o povo perde. Mas ela vai deixar mortos e feridos.
Os políticos estão acostumados ao toma lá dá cá e esqueceram que são representantes do povo. Votem da melhor forma, depois se reúnam e mostrem que as suas necessidades são importantes. Tenho certeza que o povo vai começar a ver esses chantagistas de forma diferente.