Escrevi, ontem, que ” nada [era] mais parecido a Jair Bolsonaro que a figura de um jogador, destes obcecados pelo desejo de ganhar mais e, por isso, dilapidar irresponsavelmente o que, uma vez, a sorte lhe deu nas apostas. E que punha todas as fichas no Sete de Setembro.
Hoje, num discurso (enigmático só para os bobos) em Uberlândia(MG), no qual chegou a cavalo, triunfante, ele comprovou este diagnóstico:
“A vida se faz de desafios. Sem desafios a vida não tem graça. As oportunidades aparecem. Nunca outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante ou será importante quanto esse nosso próximo 7 de Setembro”.
Não há oportunidade para o povo brasileiro, há oportunidade para ele, Jair Bolsonaro, avançar em algum ato autoritário, sustentado na alegação que as suas falanges reunidas e ferozes, são “o povo” e em nome dele o fará.
A hora da verdade está chegando e vai exigir decência ou capitulação das instituições nacionais, inclusive das Forças Armadas, para saber o que se fará diante de um ato de força presidencial.
A máquina do governo está agindo para dar a Bolsonaro o cenário para este ato.