Jair Bolsonaro disse ontem o que pensa: é a contaminação, e não a vacina, quem vai imunizar os brasileiros contra a Covid.
Já temos, neste momento, meio milhão de mortos, que entrarão na contabilidade macabra que será divulgada, amanhã. Já nesta noite, serão quase 499 mil, oficialmente, e o relógio da morte sempre aparece com a hora atrasada.
O presidente genocida está alcançando todos os seus objetivos.
Somos o país onde mais pessoas estão morrendo, em termos absolutos: deixamos para trás nada menos que a Índia e seus 1,3 bilhão de habitantes.
30% das mortes de todo mundo ocorrem aqui, e temos menos de 3% da população mundial.
Mesmo com mísera quantidade de testes, também temos o maior número de novos contaminados.
O neurocientista Miguel Nicolellis prevê que logo passaremos os EUA como país com mais mortos pela pandemia.
Não é para menos: com mais de 14 mil óbitos por semana, sete vezes mais, quase, dos norte-americanos, em três meses ultrapassaremos a sua marca, hoje de 616 mil mortes.
O ex-capitão, aqui, vai agora em uscar de ser mais mortal que seu ex-mentor, Donald Trump.
Nós, brasileiros, temos um compromisso com os 500 mil que se foram por esta doença: ajudar a por um freio no monstro que ajuda, todo dia, a promover esta mortandade e os atos públicos de amanhã são uma oportunidade que não se pode perder para isso.
Mas não somos só nos. O mundo, que protesta com razão contra a devastação no meio-ambiente, não pode mais silenciar diante de quem, além das árvores, abate seres humanos.