Só os bobos acham que o capital estrangeiro toma decisões de investir de acordo com a “austeridade” que um país impõe a seus gastos públicos.
Claro que eles gostam de governos privatistas, como este e o anterior, mas isso só é meia-verdade.
O Brasil é muito diferente do que são países pequenos, onde só lhes importa o controle de suas riquezas naturais.
Com toda a exclusão social que temos, ainda somos um imenso mercado e, se este mercado é continuamente submetido a políticas recessivas, contraindo o consumo e reduzindo o poder de compra da população, o capital estrangeiro não-financeiro – ou apenas parcialmente financeiro – não põe e até tira o capital que investiu aqui quando éramos uma economia em ascensão.
Não é surpresa, portanto, o que publica o G1 sobre os dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), registrando a queda dos investimentos estangeiros no Brasil: caíram 12% em 2018 e levaram nosso país da 4ª para a 9ª colocação entre os principais destinos do capital no mundo.
Mas a mídia bocó deste país continua acenando com a tal “enxurrada de dólares” que nos viriam, primeiro com a queda de Dilma Rousseff, depois com o teto de gastos, a seguir com a reforma trabalhista e, mais recentemente, com Bolsonaro e sua reforma previdenciária.
Não vieram, claro, e não virão.
Não há lugar de interesse para o Brasil na economia mundial como país atrasado, miserável, onde uma diplomacia sabuja nos faz cair no ridículo com a bajulação a Donald Trump e Benjamin Netanyahu e desprezo pelos parceiros mais promissores de nosso comércio exterior: China, árabes e África.
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O que o miliciano Bozo está fazendo é o desejo dos EUA e outros países que querem apequenar ou implodir o Brasil em várias republiquetas de bananas. Na condição de várias republiquetas de banana fica mais fácil a exploração das riquezas do antigo país chamado Brasil. É, portanto, dever de todos nós impedirmos que ocorra essa implosão do Brasil, evitando e barrando o discurso separatista que pode surgir da cabeça de reacionários, bolsominions e outros insanos.
Essa é a meta dos capitalistas. Fragmentar o Brasil em várias republiquetas sem nenhuma força no cenário mundial. E, pelo andar da carruagem, não duvido que tenham êxito nesta empreitada. Com parte do povo imbecilizado por esta trupe do mal, não será muito difícil. Já conseguiram nos dividir em "nós" contra "eles". O resto será fácil.
Tipo IUGOSLÁVIA!
Inclusive os analistas políticos chamam isso de "balcanização", em referência à região dos Bálcãs, onde ficava a Iugoslávia.
O problema é que os bolsominions não sabem "ler" gráficos. Gráficos e história são coisas de comunistas.
eu me pergunto se é só burrice
se até eu entendo, como eles - os que tudo sabem e informam (aff) - não?
diante disso tendo acreditar que tem algo a mais nessa mixórdia
Eles esquecem que um dos maiores atrativos para investimentos externos, a nossa grande população, só é eficaz se unida a um razoável poder de compra. Em um quadro em que perda de poder de compra e incertezas quanto ao futuro — tanto o da nação, dada a conjuntura, quanto o pessoal, pela perda de direitos — forçam o Brasileiro a reduzir seu consumo, o Brasil se torna muito menos atrativo a investimentos estrangeiros.
Quanto maior o fracasso econômico, mais rápida será a transformação que se faz necessária e urgente. Custe o que custar.
Enxurrada de dólares em investimentos no país, com essa estagnação toda, não vai acontecer nunca. Os bilionários não compram navios afundando. No máximo, entrarão alguns dólares para a especulação financeira, o chamado capital volátil, que circula nas bolsas, realiza lucros e vai embora, mais rápido do que veio. Desses dólares, nenhum país do mundo precisa.
Penso que estão preparando o assalto final.
Já destruíram tudo que o PT e o Lula criaram em oito anos de governo. A ÚNICA coisa que ainda temos daquela época são as reservas cambiais.
É por aí que se dará o golpe final contra o Brasil.
Estão se preparando para o assalto.
Há notícias de que muitas multinacionais estão fazendo as malas e se preparando para deixar o Brasil. O dinheiro não circula, o mercado encolhe para todos os produtos, a infraestrutura deu o prego, a Lavajato continua firme com o pé no pescoço das grandes construtoras, a gloriosa Petrobras é um fantasma arquejante com um louco brincando de bem-me-quer, mal-me-quer enquanto joga ao lixo pétalas de refinarias e outros ativos, os trabalhadores que perfaziam uma antiga e sólida classe média baixa agora não têm mais a célebre carteirinha que lhes dava acesso ao crédito. Melhor sair enquanto não vem o dilúvio final.
Entrevista com o economista José Luis Oreiro no ElPais:
"Na minha avaliação, na verdade, a situação que chegamos agora foi pensada pelo próprio Governo. A equipe econômica quis criar um cenário de caos para dizer à população e ao Congresso que não há outra alternativa a não ser fazer a reforma da Previdência do jeito que o Governo encaminhou, sem muita discussão. Isso foi uma estratégia deliberada do Governo.
P. Mas o senhor acredita que eles colocariam propositalmente o país em um cenário de catástrofe econômica para conseguir aprovar a Previdência?
R. Aí tem um pouco da personalidade do Paulo Guedes, que é jogador de poker. Ele trucou, fez essa estratégia arriscada, que não vingou, mas que se funcionasse ele conseguiria aprovar a reforma dos sonhos deles. Mas não funcionou..."
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/23/economia/1558624603_216267.html
A reforma da previdência e o próprio Paulo Guedes são uma colher de chá que os olavistas/lavajatistas estão dando ao mercado financeiro. Ela só tem interesse para os propósitos ideológicos das fascistas-entreguistas enquanto causa o caos entre a população que tinha um direito que julgava sagrado, e que vai perder este direito como quem perde a casa onde mora em um incêndio sem seguro. A desgraça máxima é o objetivo.
"Jogador de poker" foi a melhor definição que já vi para o Guedes. Para ele e todos os rentistas da mesma laia.
E, com o arrocho feroz sobre escolas, pesquisas, conhecimento, nem podemos nos dar ao luxo de substituir a "presença/investimento" dos estrangeiros por produtos, serviços, tecnologias nacionais. Tendências muito negativas.
Olhem que interessante o gráfico: os anos de Lula e Dilma foram os que tiveram mais investimento estrangeiro! Ou seja, os “comunistas” s?o mais confiáveis que os capitalistas! Na verdade o socialismo, mesmo em sua forma mais homeopática, é muito mais eficiente em produzir riqueza - por dividir tarefas e responsabilidades por toda a sociedade - e criar e manter uma classe consumidora, via controle do valor do trabalho. O financismo-rentismo, o desejo de nossa oligarquia e nossa mídia, se deixado livre leve e solto, vai nos vender como escravos à fabricas chinesas em quest?o de uma década. Pobreza n?o passa de trabalho que n?o pago de forma justa a quem efetivamente produziu. Se fosse humano, Paulo Guedes seria como um vampiro, para ele você n?o passa de um pescoço a ser sugado.