Bruno Boghossian, hoje, na Folha, mostra que, apesar de ter sido tratado inicialmente como uma tentativa de Dias Toffoli de adonar-se do sigilo brancário de 600 mil pessoas, o caso dos relatórios do Coaf – agora rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira – começa a ser entendido pelo que verdadeiramente é: um enfrentamento – e tardio – ao poder absoluto que os grupos do Ministério Público atingiram sobre a vida política do país.
E Toffoli, para ter partido para isso, tem a certeza de, nisso, possuir maioria folgada no Supremo: sete ou talvez oito votos. E não se descarte se os quesito comprometedores que dirigiu à Receita e à Procuradoria Geral da República tenham sido inspirados por Alexandre de Morais e o vasto material de quem tem posse, desde que recebeu o material hackeado dos grupos de Telegram dos procuradores da Lava Jato.
Boghossian tem razão ao dizer que, nesta questão, Flávio Bolsonaro desempenha papel de coadjuvante. Ele o beneficiário que vem a calhar para imobilizar o governo nesta questão. E não dá para dizer que a decisão do STF “impede investigações” sobre o caso Queiroz, quando os procuradores passaram meses a fio sem sequer chama-lo a depor, que dirá pedir a quebra, judicial e regular, de seu sigilo bancário.
Na quarta-feira – talvez até um pouco antes – o país vai ficar estarrecido quando se revelar o grau de controle que uma ala do Ministério Público tem sobre uma multidão de brasileiros.
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Muito acertadamente se diz que numa guerra a verdade é a primeira vítima. Agora numa guerra de gângsteres a verdade ainda que seletiva acaba transformando-se numa arma dissuasórias que pode ser usada contra seu enemigo. Mas nessa escuridão todos os gatos são pardos. Nessa guerra como já aprendemos não temos aliados e nem lado. São gângsteres e a única coisa que buscam é proteger-se e cacifar-se junto a seus "contratistas". A única coisa que precisamos é guardar a maior distância possível dessa e de todas as guerras, mesmo porque nós somos os alvos de todas elas. O que mais precisamos não é a guerra, mas a paz, que é o único campo de batalha onde podemos realmente vencer. Não é apenas a democracia e o voto, mas sobretudo a democracia e o voto.
Será ? duvido que o Supremo Tribunal Federal, aliado ao golpe jurídico/parlamentar/midiático de 2016, tenha, em parte de seus membros, escrúpulos, para dar um cavalo de pau e retroceder, recompondo em parte, a destruição institucional que ocorre no Brasil, promovida desde o primeiro momento pela lava jato, aliada a uma mídia conservadora e familiar, destrutiva, antinacional, fascista e escravocrata.
Esses "FASCÍNORAS",quase a totalidade deles,tem o PODER,que A CONSTITUIÇÃO BURGUESA,lhes concedeu.Isso vem,desde GREGOS E ROMANOS,que inventaram o DIREITO,para somente,GARANTIR A PROPRIEDADE PRIVADA,das classes dominantes,até nossos dias.E o MP,é A GUARDA AVANÇADA DESSA REALIDADE.E o JUDISSSSSSSSSSIÁRIO,é mero coadjuvante.Duvido que redunde em algo mais,que BARULHO CARACTERÍSTICO,À TODO CIRCO.Palhaços,não faltam...
Bandidos com poder no funcionalismo. Bandidos. Enorme quadrilha.
"Uma ala"! Esse termo é puro jornalismo isento, jornalismo factual como diria Mino Carta, ou jornalismo responsável como faz o Jornalista Brito.
Na real e no popular, trata-se de uma facção criminosa!
O Nassif publicou umas reflexão sobre a Pesquisa XP em que o PT e apontado como o responsável pela crise que vivemos.
O que tem isso com o que o Tijolaço publicou? Nada e tudo, pois o anti petismo é o WD-40 nas engrenagens de quem tem grana, e destrava tudo.
Como falar de quem tem grana é falar de quem apoia esta zona que virou o Brasil desde abril de 2016 , faz muito sentido ver o MP e o recem empossado Disfarçador Geral da República trabalhando pra poder continuar a mamar e a dar as cartas.
Qualquer promotor esta valendo muito mais que os votos que elegem um Presidente.
E os do PR tem o "mérito" de eleger Presidente.
Logo quero ver quem tem manga pra vender.
Sou mais o MP , mas aposto tudo no STF.
Vamos aguardar pra conferir o que tem de tão grave, se é que existe algo. Talvez o grave aqui seja o oposto do que aparenta: em vez de revelar desvios do MP o que se quer é blindar gente rica e poderosa.
A questão é saber se isso vai orar notícias na grande mídia, que outrora apoiou o lavajatismo. Seria muito promissor se servisse para um movimento inicial para se instituir de fato a república
Apesar de duvidar muito da capacidade cognitiva de nossos "jornalistas" piguentos , acho que foi mau-caratismo mesmo. A onda de acusar Toffoli de devassador mor da república já me parecia reedição duma estratégia, muito utilizada pelos lavajatistas durante a operação, aliás recomendada pelo guru dos bozos; ao bater uma carteira grite: pega ladrão! e saia assobiando tranquilamente como quem não tem nada com isso...
Perdi alguma coisa? O que vai rolar a quarta-feira?
Toffoli vai julgar, dia 20, a liminar que suspendeu as investigações sobre movimentações financeiras suspeitas. Entre elas, a de Flávio Bolsonaro e o laranjal do Queiroz e familícia.