“Depois de estancar a queda, pois, Dilma deve voltar a subir. Na marra. Não significa, porém, que a eleição será fácil.”
Perdida, no penúltimo parágrafo do artigo da indefectível Eliane Cantanhêde, esta frase “premonitória” não deve ser desprezada como informação.
Afinal, a “colunista da massa cheirosa” – como dicou conhecida ao definir assim a “massa” de um encontro do PSDB é pessoa que vive próxima aos círculos de poder e, até por razões familiares – do “marquetismo” eleitoral.
O que ela fala traduz, provavelmente, menos uma esperança do lado “dilmista” e mais uma resignação “tucana”.
Claro que Cantanhêde doura esta pílula com afirmações de um inacreditável “beneficiamento” de Dilma na mídia, como se apanhar todo dia hora e minuto fosse positivo para imagem de alguém.
Quando eu passar para o outro lado, vou contar essa ao Brizola, que há de rir muito…
Objetivamente, porém, essa é a lógica – deus me livre de dizer que as pesquisas hão de seguir a lógica – de uma soma de fatores, que , aqui, eu chamei de “Rubicão” a ser atravessado pela Presidenta.
1- O período de aceleração da inflação no início do ano, sobretudo no grupo alimentos, este ano com o auxílio de uma das mais inclementes secas da história recente do Brasil, com o auxílio importante do transporte público, que ficara com reajustes represados desde os protestos de junho de 2013.
2. As pressões do capital internacional, que começou o ano colocando o Brasil na lista dos “Cinco Frágeis” e exercendo uma forte pressão sobre o câmbio, que chegou a R$ 2,43 por dólar, para chegar, hoje, a uma relativa estabilidade em algo ligeiramente superior a R$ 2,20. Pressão cambial que fazia, também, pressão financeira extremamente alta, ao elevar os juros internos, que passavam a embutir o risco de ter de compensá-la aos “investidores”;
3. O período de pressões e chantagens da base político-parlamentar, que começa a ser reduzir à medida em que os barcos eleitorais estão mais definidos e só têm um mês de águas revoltas, até as convenções partidárias.
4. A campanha midiática, que encontrou a cereja de seu bolo no episódio Petrobras, causando um impacto significativo na imagem de austeridade que Dilma, aliás com toda a razão, construíra.
Este “mix” de problemas, entretanto e tardiamente, teve o condão de despertar o Governo de uma passividade que o matava em silêncio e fazer com que recobrasse o enfrentamento político em dois pontos que lhe são vitais: a característica nacional-popular e a transformação real que desde o segundo mandato de Lula vem se operando nas políticas públicas do neoliberalismo, estagnadoras e/ou recessivas, com os baixos níveis de investimento e uma ascensão social das grandes massas, quando muito, apenas em níveis “vegetativos”.
É, por tudo isso, reconhecer que na frases que reproduzi – e apenas nelas – Cantanhêde tem razão.
Não apenas Dilma deve voltar a subir e só isso abalará o que, desde a última leva de pesquisas, a direita deixou de dar como favas contadas: que a piora dos índices de Dilma fosse, ela própria, um elemento de realimentação de futuras quedas.
Subir – , no patamar em que as pesquisas – apesar de tudo – ainda a colocam hoje, é uma situação em que só se discute se será o suficiente para liquidar a fatura já no primeiro turno – mas também que a eleição não será fácil.
Nunca foi e, agora, quando as pressões contra a esquerda se tornam maiores em toda a América Latina se tornam maiores, não é que iria ser.
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A fedorenta,é de uma reaça sem solução,nós a estamos ensinando a ficar na fila de aeroporto,de supermercado,de restaurante,e ela não nos agradece,é muito ingrata a reaça.R
Difícil é saber quem é o mais imparcial desses três: Cantanhêde, JB ou a "TVrevolta".
Para mim, como diz o Mino, é tudo a mesma sopa, azeda.
Sopa de batata e frango, restos das coxinhas...
Já chamaram a moça de Castanhazeda, num comentário aqui. Tem também a Cheirazeda linchadora. E coxinhas azedas... Será essa a massa cheirosa da Catanhede?
A oposição já sabe que perdeu.
Aécio Never, Dudu Traíra e Bla,bla,blarina não são de nada. São três merdas estoliticas. São plastas secas fétidas.
A eleição para o parlamento segue o numero de cadeiras de acordo com a população dos estados e os mais ricos e populosos estão sob controle da oposição.
As forças da casa grande são unidas em ataque ao inimigo comum, a esquerda.
Quando a esquerda começará a ser mais inteligente, combatendo primeiro as forças da casa grande e depois de vencê-las tratar de aparar as arestas internas.
Eu penso do mesmo jeito Paulo. Por incrível que pareça,inclusive os discursos se assemelham em alguns momentos com a da extrema direita. Não é abandonar as bandeiras e sim convergir nas soluções e semelhanças. Quando a possibilidade da ruptura para o socialismo não se avizinha temos que construir o processo.
Toda a atenção deve der focalizada agora na na CGU. Tem lá o presidente, que é um DEM PT fóbico, já tendo sido candidato a Vice do Alkimim, que está ameaçando a Presidenta com sua convocação para depor por sua participação no Conselho de Administração da Petrobras, no caso Passadena. Olho nisso! Esse senhor fez um pronunciamento Há pouco tempo esculhambando todas as obras públicas do governo. Ninguém disse nada, não houve reação. Estarrecedor.
CGU não! TCU!
Quando você passar pro outro lado deixa o endereço que também quero ter a emoção de encontrar o velho Briza...
Inesquecível sua primeira eleição para Governador do Rio quando no velho Lamas começava um burburinho que ia crescendo até que o bar batendo na mesa ecoava Brizola! Brizola! Brizola!
Fico pensando que todos nós tínhamos a esperança que qualquer hora veríamos seu sorriso na porta.
Tenho saudades desse meu Brasil Fernando
Saudações trabalhistas diretas de Teresina
Fernando, o cara que convive com essa desgraça deve ser mais infeliz que o "diabo". Chegou a hora de mostrarmos aos criminosos que incendeiam o Brasil que eles jamais irão vencer um governo do povo, pelo povo e para o povo. Aqui tem café no bule, canalhas de plantão!
É DILMA já reeleita em 1º turno com a benção de DEUS todo poderoso e o oapoio do povo, amem...
Concordo plenamente.
Enquanto isso O Ministro Gilmar Mendes segura o seu voto com relação ao Financiamento Privado nas Campanhas Políticas.
O jornalista Ricardo Kotscho faz uma pergunta no seu blog: Quando Gilmar Mendes vai devolver o processo que veta o financiamento de empresas privadas em campanhas eleitorais, que já foi aprovado por 6 a 1 pela maioria do STF, no momento em que o ministro pediu vista e impediu o final do julgamento no começo de abril? Só depois das eleições para que não possa entrar em vigor já este ano?
Resposta ao Jornalista: É isso mesmo, só após as eleições. E depois alguns Ministros do Supremo Tribunal Federal diz ao PIG que o Mensalão do PT não foi um julgamento político.
A essa altura o Eduardo Azeredo deve estar curtindo numa boa, enquanto o Dirceu e o José Genoino mofam na Papuda.