Motos, carros e bolsonaristas. Sob as ordens de Carlos Bolsonaro, que ontem tratou do assunto com o pai, em Brasília, prepara-se uma “recepção triunfal” nos estúdios da Globo do Projac, localizado próximo à Barra da Tijuca – maior concentração de seus apoiadores no Rio – para que não só Jair Bolsonaro entre confiante na entrevista no Jornal Nacional como, também, para que a transmissão se inicie com muitas fotos e vídeos de sua suposta popularidade.
No resto da cidade, não se sabe ainda com que intensidade, bater-se-ão panelas.
Bolsonaro já mandou divulgar vídeos onde está às gargalhadas, dizendo que dará “um beijo no Bonner” e fotos “relaxado” dentro do avião para o Rio, na companhia de Fábio Farias, Paulo Guedes, Flávio 01 e o soturno general Braga Netto.
Na situação em que está, o clima festivo ou é soberba ou é farsa.
Barulho na porta da Globo e nas redes sociais não é prova de força, mas de fraqueza.
Bolsonaro não é mais um desconhecido, como quando, em agosto de 2018, submeteu-se a uma entrevista do JN que, como disse bem a colega Helena Chagas, n’Os Divergentes, é menos um diálogo para a veicular ideias que uma implacável máquina de desconstrução.