Não era nada difícil saber que aconteceria. E aconteceu.
Os próximos dias serão de uma disparada de novos casos de Covid e isso ficará evidente quando (e se) os registros do Ministério da Saúde voltarem ao normal.
Os números de fora não deixam dúvidas: os casos registrados nos EUA em 24 horas superaram 1 milhão e as internações hospitalares ficaram acima de 100 mil, segundo a CNN, com taxas “oito vezes maiores para adultos não vacinados e cerca de 10 vezes maiores para crianças não vacinadas com idades entre 12 e 17 anos”.
Aqui, não temos controle estatístico e acabamos sabendo da nova onda por situações esparsas: envios de cruzeiro contaminados e pessoas conhecidas que testaram positivo para a Covid.
A capa de O Globo mostra que a “onda” já começou e tem tudo para ser mais preocupante quando se olham as proporções que tomou em países que, ao contrário do Brasil, não e descuidam nem fazem pouco dos problemas de uma pandemia que, absolutamente, não acabou.
As vacinas para crianças foram criminosamente adiadas, as festas de final de ano tiveram restrições “me engana que eu gosto” e, para o Carnaval, vemos que os foliões dos blocos são mais cuidadosos que as autoridades sanitárias.
O número de pessoas infectadas – ainda que as mortes sejam em quantidade “menor” (seis ou sete mil óbitos diários no mundo não podem ser chamados de “pequenos”) – impacta diretamente a atividade econômica e cria as condições para que novas variantes, talvez menos “piedosas” que a Ômicron, surjam a qualquer momento.