No Brasil onde defensores dos indígenas, como Bruno Pereira, são perseguidos e até assassinados, temos um presidente da Funai, órgão que deveria proteger nossos próprios povos originários que NUNCA sequer foi a uma reserva, nos três anos em que está no cargo.
A revelação, dos repórteres Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes, da Coluna do Estadão, deveria ser o suficiente para que ele fosse demitido imediatamente, por desídia.
Desde que assumiu o comando da Funai, em julho de 2019, Marcelo Xavier não visitou terras indígenas nenhuma vez, segundo registros do Portal da Transparência. Na última década, todos os titulares do cargo foram a locais onde a entidade atua. Antecessor de Xavier, Franklimberg de Freitas, indicado no governo Temer, visitou terras indígenas ao menos 12 vezes durante os 15 meses em que esteve à frente do órgão. Já o delegado da Polícia Federal escolhido por Bolsonaro preferiu permanecer em Brasília, com exceção de duas viagens em que deu palestras. Em junho, ele foi a Cuiabá a convite do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), defensor da exploração de potássio em áreas demarcadas.
Marcelo Xavier só teve duas reuniões com indígenas em 2022, segundo apuração da BBC News Brasil: das 89 agendas oficiais, ele só recebeu indígenas pessoalmente em seu gabinete uma vez, quando foi visitado por membros do povo Kayapó, no dia 31 de maio. O outro encontro ocorreu fora, em uma feira agropecuária em Brasília, em 20 de maio, quando Xavier esteve com indígenas que participaram do evento.
Pensando bem, é preferível mesmo que um sujeito destes nem ponha o pé em terra indígenas. Falta pouco para ele ser tirado de lá e é melhor mesmo que ele não leve seus amigos da mineração para lá.