A falência da gigante Abengoa, empresa sediada na Espanha, mas com presença em 80 países,não significa, como alguns estão falando, que a energia produzida pela Usina de Belo Monte não poderá ser escoada até os centros de consumo.
A Abengoa não era a responsável pelo chamado “Linhão de Belo Monte”, como se vem noticiando.
O linhão é outro, que liga a Usina de Belo Monte a Ibiraci (Minas Gerais) e daí à malha Sudeste do Sistema El´trico nacional. Esta obra está em andamento, de 2.100 km e capacidade de 4 GW, e é feita por um consórcio formado pela chinesa State Grid e a empresas brasileiras Furnas e Eletronorte e é suficiente para carregar a energia das primeiras turbinas, porque a Usina de Belo Monte será posta a operar por etapas, com a primeira turbina funcionando a partir de março de 2016. É uma linha de corrente contínua, para evitar perdas de energia, o que obriga à construção de unidades conversoras de alta complexidade.
O que a Abengoa tinha contrato para construir era o ramo Nordeste, que se conecta ao “Linhão” em Tocantins e cruza o Maranhão, Piauí e Bahia, conhecido como “Linha Pré-Belo Monte”, com 1.850 km, para uma carga prevista de 3GW.
As dificuldades construtivas são muito menores que a do “linhão” propriamente dito, porque não há travessia de selva e muito menos cruzamentos de rios de largura expressiva, e é uma linha de corrente alternada, convencional, o que permite um prazo total de construção de apenas um ano e meio. Estaria praticamente pronta se não fosse o atraso na liberação ambiental, feita com um atraso de mais de um ano em relação ao que a empresa tinha assumido obter em março de 2013 e só pôde cumprir em setembro do ano passado.
Belo Monte tem um segundo “linhão”, ainda maior que o primeiro, com 2,8 mil km, que trará também 4 GW de energia até Nova Iguaçu, na periferia do Rio de Janeiro. Esta obra foi ganha no meio deste ano pela State Grid, a chinesa que opera em seu país a maior usina do mundo, a de Três Gargantas.
Há todos as razões técnicas e de economicidade para reunirem-se os chineses e as estatais brasileiras que já são suas sócias no primeiro “linhão”. A Aneel tem direito contratual a intervir na obra e designar quem a faça em caso de descumprimento do prometido pela empresa espanhola. Será um crime, num país que enfrenta tantas dificuldades climáticas na sua matriz energética fortemente assentada em energia hidroelétrica ficar-se com vacilações ao buscar soluções.
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A de Itaipu é de corrente contínua. É considerado o maior linhão e o de maior potência do mundo operado em corrente contínua. Usa-se corrente contínua porque ntem menos perdas de energia e estes linhões são muito longos. Itaipu gera energia em corrente contínua a uma frequência de 50 Hz, porém no Brasil, apenas aqui e na América do Norte a frenquência é de 60 Hz. Após ser gerada a energia em Itaipu é convertida em uma subestação de corrente alternada para corrente contínua e vai pro linhão até o interior de SP. No interior de SP tem outra subestação que faz a conversão de corrente contínua para corrente alternada e desta vez na frequência de 60 Hz, que é o padrão brasileiro.
Começam a soltar fogos e vibrar com extrema euforia logo que se anuncia qualquer notícia que venha a prejudicar o país. Estão declaradamente contra o Brasil e ainda têm o descaramento de se vestir de amarelo.